A lógica medicalizante nas políticas públicas de educação (2018)
- Authors:
- USP affiliated authors: ANGELUCCI, CARLA BIANCHA - FE ; SILVA, KELLY CRISTINA DOS SANTOS - FE
- Unidade: FE
- DOI: 10.5902/1984686X
- Subjects: MEDICALIZAÇÃO; EDUCAÇÃO ESPECIAL; POLÍTICA EDUCACIONAL; POLÍTICAS PÚBLICAS
- Language: Português
- Abstract: São inúmeros os avanços das políticas educacionais brasileiras, entretanto, é possível observar a permanência da lógica medicalizante no ideário educacional e no espaço escolar, ao serem reduzidas questões de ordem social, econômica, política e educacional para o campo biomédico. O presente trabalho buscou compreender indícios dessa lógica medicalizante na política brasileira de Educação Especial a partir da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2008), do Plano Nacional de Educação (2010) e do documento final da Conferência Nacional da Educação (2014), utilizando, para tanto, o paradigma indiciário de Ginzburg (1989). Os resultados revelam a existência de importantes discussões e a criação de estratégias de superação do preconceito contra grupos historicamente marginalizados, inclusive no concernente ao público-alvo da Educação Especial. Contudo, observa-se que a permanência da lógica medicalizante nos documentos analisados, dá-se, sobretudo, em relação às terminologias emprestadas do campo da Saúde, sendo inadequadas para definir aspetos relativos ao processo de escolarização. Assim, perpetua-se o deslocamento de questões de ordem política e institucional para aspectos individuais, medicalizando alunas/alunos, inclusive as/os que frequentam a Educação Especial. Entende-se como necessária a reconfiguração das relações entre os campos da Saúde e da Educação, permitindo a construção de práticas coletivas que possam discutir as problemáticas escolares a partir do diálogo e não da sobredeterminação da Saúde pela Educação. Isso implica, também, esforço da Educação para produzir formas de compreender as/os estudantes e seus processos ensino-aprendizagem fora do eixo patologia/normalidade, afirmando radicalmente a diversidade humana como princípio, meio e fim do trabalho educativo.
- Imprenta:
- Publisher place: Santa Maria, RS
- Date published: 2018
- Source:
- Título: Revista Educação Especial
- ISSN: 1984-686X
- Volume/Número/Paginação/Ano: v. 31, n. 62, jul./set. 2018
- Este periódico é de acesso aberto
- Este artigo é de acesso aberto
- URL de acesso aberto
- Cor do Acesso Aberto: gold
- Licença: cc-by-nc
-
ABNT
SILVA, Kelly Cristina dos Santos e ANGELUCCI, Carla Biancha. A lógica medicalizante nas políticas públicas de educação. Revista Educação Especial, v. 31, n. 62, 2018Tradução . . Disponível em: https://doi.org/10.5902/1984686X. Acesso em: 04 out. 2024. -
APA
Silva, K. C. dos S., & Angelucci, C. B. (2018). A lógica medicalizante nas políticas públicas de educação. Revista Educação Especial, 31( 62). doi:10.5902/1984686X -
NLM
Silva KC dos S, Angelucci CB. A lógica medicalizante nas políticas públicas de educação [Internet]. Revista Educação Especial. 2018 ; 31( 62):[citado 2024 out. 04 ] Available from: https://doi.org/10.5902/1984686X -
Vancouver
Silva KC dos S, Angelucci CB. A lógica medicalizante nas políticas públicas de educação [Internet]. Revista Educação Especial. 2018 ; 31( 62):[citado 2024 out. 04 ] Available from: https://doi.org/10.5902/1984686X - Marcas da medicalização na política educacional brasileira: a educação especial como situação emblemática
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- Estado da arte da produção sobre escolarização de crianças diagnosticadas com TEA
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Informações sobre o DOI: 10.5902/1984686X (Fonte: oaDOI API)
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