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Consumo de carnes e aminas heterocíclicas como fatores de risco para câncer (2016)

  • Authors:
  • Autor USP: CARVALHO, ALINE MARTINS DE - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HNT
  • DOI: 10.11606/T.6.2017.tde-04012017-104250
  • Subjects: CONSUMO DE ALIMENTOS; CARNES E DERIVADOS; AMINAS; COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS; ESTRESSE OXIDATIVO; DANO AO DNA; POLIMORFISMO; MODO DE VIDA; DEMOGRAFIA EM SAÚDE PÚBLICA; ESTUDOS TRANSVERSAIS
  • Keywords: Adutos de DNA; Aminas Heterocíclicas; Câncer; Polimorfismo Genético
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução. O alto consumo de carne, principalmente vermelha e processada, tem sido relacionado com aumento de risco de doenças crônicas, especialmente o câncer. Uma das explicações possíveis são os métodos de preparo culinário a altas temperaturas, que acarretam na formação aminas heterocíclicas. Estes compostos são detoxificados no nosso organismo, passando por um processo, no qual podem ser geradas espécies reativas, relacionadas ao estresse oxidativo e ao dano ao DNA. Entretanto, os indivíduos apresentam respostas diferentes à mesma exposição dietética, podendo ter diferentes níveis de risco ou benefício com a mesma ingestão de alimentos. O código genético individual pode ser uma das causas dessa variação interpessoal. Objetivo. Investigar a relação entre o consumo de carnes e aminas heterocíclicas com estresse oxidativo e dano no DNA, considerando polimorfismos genéticos, fatores demográficos e de estilo de vida em residentes do Município de São Paulo. Métodos. Foram utilizados dados dietéticos, genéticos, bioquímicos e estilo de vida de um estudo transversal com amostra probabilística de múltiplo estágio chamado Inquérito de Saúde de São Paulo (ISACapital). Os dados de carne e aminas heterocíclicas foram obtidos a partir de um recordatório alimentar de 24 horas e questionário sobre métodos de cocção e graus de cozimento das carnes. A extração do DNA ocorreu pelo método por sal e utilizou-se a técnica PCR em tempo real para determinação dos seguintes polimorfismos de nucleotídeo único:CYP1A1 (rs1048943), CYP1A2 (rs762551, rs35694136), CYP1B1 (rs1056836, rs10012), NAT2 (rs1208, rs1041983, rs1799929, rs1801280, rs1799931, rs1799930, rs1801279), NAT1 (rs4986782, rs5030839, rs56379106, rs56318881, rs6586714), SULT1A1 (rs928286), UGT1A9 (rs3832043), SOD2 (rs4880), CAT (rs7943316), GSTA1 (rs3957357), GSTP1 (rs1695), e deleção dos genes GSTM1 e GSTT1. Foram utilizados os biomarcadores malonaldeído (MDA) no plasma para estimar o estresse oxidativo e o 8-OHdG no plasma para estimar dano ao DNA. As associações foram examinadas por meio de modelos de regressão múltipla linear e logística ajustadas por sexo, idade, IMC, consumo de frutas e calorias, atividade física e fumo. Resultados. O consumo médio de aminas heterocíclicas foi de 437ng/dia e a carne de boi foi a que mais contribuiu para o consumo de aminas. Participantes que consumiram carne de boi grelhada muito bem passada apresentaram maiores concentrações de MDA do que os demais. Encontrou-se associação positiva entre consumo de aminas heterocíclicas com estresse oxidativo e dano ao DNA, isto é, indivíduos que consumiram maiores teores de aminas heterocíclicas apresentaram maiores chances de ter elevados concentrações de MDA (OR=1,17; P=0,04) e maiores concentrações de 8-OHdG (=1,62; P=0,04). Observou-se também que esta associação pode ser modificada pelas características genéticas individuais, sendo que polimorfismos nos genes das enzimas de detoxificação NAT2 e CYP1B1 interagiram com o consumo de aminas, diminuindo o estresse oxidativo.Conclusão. Verificou-se que o alto consumo de aminas heterocíclicas contribuiu para maiores níveis de estresse oxidativo e dano ao DNA independente de fatores demográficos e de estilo de vida, aumentando o risco de doenças crônicas. Observou-se também que esta relação pode ser alterada na presença de polimorfismos genéticos individuais.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 21.10.2016
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2017.tde-04012017-104250 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

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    • ABNT

      CARVALHO, Aline Martins de. Consumo de carnes e aminas heterocíclicas como fatores de risco para câncer. 2016. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2017.tde-04012017-104250. Acesso em: 28 dez. 2025.
    • APA

      Carvalho, A. M. de. (2016). Consumo de carnes e aminas heterocíclicas como fatores de risco para câncer (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2017.tde-04012017-104250
    • NLM

      Carvalho AM de. Consumo de carnes e aminas heterocíclicas como fatores de risco para câncer [Internet]. 2016 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2017.tde-04012017-104250
    • Vancouver

      Carvalho AM de. Consumo de carnes e aminas heterocíclicas como fatores de risco para câncer [Internet]. 2016 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2017.tde-04012017-104250


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