Doenças infecciosas e perda auditiva (2019)
- Authors:
- USP affiliated authors: AGOSTINHO, RAQUEL SAMPAIO - FOB ; GARCIA, TATIANA MANFRINI - FOB ; ALVARENGA, KATIA DE FREITAS - FOB
- Unidade: FOB
- Subjects: PERDA AUDITIVA; DOENÇAS INFECCIOSAS
- Language: Português
- Abstract: Introdução: As doenças infecciosas são as causas mais frequentes de perda auditiva adquirida. Infecções virais são responsáveis por 3% das perdas auditivas sensorioneurais súbitas, sendo geralmente unilaterais. Os mecanismos de instalação da perda auditiva viral incluem: infecções das vias aéreas superiores com posterior comprometimento da orelha média, gerando perda auditiva condutiva e/ou incursão virótica da orelha interna, causando lesão da cóclea e/ou do nervo auditivo. Objetivo: Descrever um caso de perda auditiva em decorrência de doenças infecciosas. Metodologia: Análise obtida por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente e revisão da literatura de um caso atendido em um serviço público de saúde auditiva. Resultados: Homem branco, 39 anos, desempregado, classificação socioeconômica baixa inferior. Os sintomas surgiram há 8 meses com início de fortes dores de cabeça. Durante a investigação médica foi diagnosticado inicialmente a neurotoxoplasmose, e durante o tratamento o paciente descobriu que era portador do HIV. Em relação à queixa auditiva, paciente refere dificuldade auditiva à direita, sensação de eco e desconforto para sons de forte intensidade, concomitante à queixa vestibular de vertigem postural. Avaliação otorrinolaringológica, membranas timpânicas normais. No processo da avaliação audiológica, foram realizados procedimentos comportamentais, eletroacústicos e eletrofisiológicos. A audiometria tonal limiar apresentou perda auditiva sensorioneural de grau moderado, configuração ascendente à direita e à esquerda entalhe na frequência de 3.000Hz. A logoaudiometria apresentou achados incompatíveis no Índice de Reconhecimento de Fala à direita. Nas medidas da imitância acústica, observamos curva Tipo A bilateralmente, reflexos acústicos ipsilateral direito e contralateral esquerdo ausentes; ipsilateral esquerdo presentes em 500 e 1.000Hz econtralateral presente em 500Hz, sugerindo decrutamento. A pesquisa das EOE-t obtivemos presença nas bandas de frequência de 1.000 e 1.500Hz à direita e 1.000 a 2.000Hz à esquerda; EOE-PD presença em 1.000 a 6.000Hz bilateralmente. Na pesquisa do PEATE à direita obteve-se presença da onda V com latência absoluta aumentada e à esquerda presença das ondas I, III e V com latências absolutas aumentadas das ondas III e V, na intensidade de 90 dBNA. Ressalta-se que o paciente já faz acompanhamento com infectologista e tratamento para ambas doenças infecciosas. A conduta médica foi incluir o uso do aparelho de amplificação sonora individual no processo de reabilitação auditiva. Conclusão: Especificamente sobre o vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV), há correlação entre AIDS e perda auditiva. Os sintomas otológicos podem resultar da combinação dos efeitos da infecção do HIV com as infecções oportunistas e/ou dos possíveis efeitos ototóxicos de certos medicamentos, inclusive a terapia antirretroviral. Destas doenças, a toxoplasmose é a afecção oportunista que mais causa dano auditivo aos pacientes, podendo haver concomitante acometimento do sistema vestibular.
- Imprenta:
- Publisher: Academia Brasileira de Audiologia
- Publisher place: São Paulo
- Date published: 2019
- Source:
- Conference titles: EIA - Encontro Internacional de Audiologia
-
ABNT
AGOSTINHO, Raquel Sampaio e GARCIA, Tatiana Manfrini e ALVARENGA, Kátia de Freitas. Doenças infecciosas e perda auditiva. 2019, Anais.. São Paulo: Academia Brasileira de Audiologia, 2019. Disponível em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/1ba03581-c94a-4ce7-8270-213c1ababf97/3106705.pdf. Acesso em: 30 dez. 2025. -
APA
Agostinho, R. S., Garcia, T. M., & Alvarenga, K. de F. (2019). Doenças infecciosas e perda auditiva. In Anais. São Paulo: Academia Brasileira de Audiologia. Recuperado de https://repositorio.usp.br/directbitstream/1ba03581-c94a-4ce7-8270-213c1ababf97/3106705.pdf -
NLM
Agostinho RS, Garcia TM, Alvarenga K de F. Doenças infecciosas e perda auditiva [Internet]. Anais. 2019 ;[citado 2025 dez. 30 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/1ba03581-c94a-4ce7-8270-213c1ababf97/3106705.pdf -
Vancouver
Agostinho RS, Garcia TM, Alvarenga K de F. Doenças infecciosas e perda auditiva [Internet]. Anais. 2019 ;[citado 2025 dez. 30 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/1ba03581-c94a-4ce7-8270-213c1ababf97/3106705.pdf - Diagnóstico audiológico ainda é tardio
- Panorama do crescimento da sífilis congênita na última década em um programa de saúde auditiva infantil
- Fonoaudiólogos cadastrados em estabelecimentos de saúde do Cadastro Nacional de Estabelecimentos Saúde
- Audição bimodal: indicação e acompanhamento
- Encaminhamento para a triagem auditiva neonatal fundamentado nos indicadores de risco para deficiência auditiva
- Perda auditiva unilateral na criança com síndrome do aqueduto vestibular alargado: relato de caso
- Comportamento auditivo em crianças com perda auditiva condutiva nos dois primeiros anos de vida
- Potencial evocado auditivo de longa latência para estímulo de fala apresentado com diferentes transdutores em crianças ouvintes
- Saúde auditiva infantil: desafio na rede pública do Brasil
- Questionário para monitoramento auditivo nos primeiros anos de vida
Download do texto completo
| Tipo | Nome | Link | |
|---|---|---|---|
 |
3106705.pdf |
How to cite
A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas
