Encaminhamento para a triagem auditiva neonatal fundamentado nos indicadores de risco para deficiência auditiva (2017)
- Authors:
- USP affiliated authors: AGOSTINHO, RAQUEL SAMPAIO - FOB ; ALVARENGA, KATIA DE FREITAS - FOB
- Unidade: FOB
- Subjects: TRIAGEM; FONOAUDIOLOGIA; DEFICIENTE AUDITIVO; INDICADORES DE SAÚDE
- Language: Português
- Abstract: De acordo com as Diretrizes de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal (DATAN), a qual visa uma adequada atuação no cuidado da saúde auditiva infantil, se faz necessário à correta identificação de neonatos com indicadores de risco para a deficiência auditiva (IRDA), a fim de estabelecer procedimentos e condutas adequados. Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi verificar se os encaminhamentos de neonatos com IRDA de dois municípios do Estado de São Paulo para a realização da TAN estão de acordo com o que preconiza as DATAN. Paralelamente, visou-se analisar a correlação entre o resultado “falha” e os IRDA. Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado por meio da análise dos prontuários de 173 neonatos com IRDA, sendo 90 do sexo feminino e 83 do sexo masculino, que foram encaminhados pelos municípios de Avaré e Jaú, entre janeiro de 2012 a dezembro de 2016. A escolha destes municípios foi determinada pelo fato de que estas cidades realizam a TAN utilizando as emissões otoacústicas evocadas, sendo que os neonatos identificados com IRDA, segundo os critérios da DATAN, são encaminhados para um serviço público de referência, para a realização do potencial evocado auditivo do tronco encefálico (PEATE). Foram analisados os dados da anamnese fonoaudiológica, a fim de identificar os IRDA, bem como os resultados do PEATE. Os resultados evidenciaram que dos 173 neonatos encaminhados para a TAN, 42(24,28%) não apresentaram quaisquer IRDA. Desta forma, 131(75,72%) neonatos apresentaram IRDA, sendo que destes, 130(99,24%) “passaram” na TAN e apenas um (0,76%) “falhou”, o qual apresentava malformação unilateral da orelha externa. Dos 131 neonatos com IRDA, 22(16,79%) apresentaram ao menos dois indicadores.Os IRDA encontrados foram: antecedente familiar de surdez permanente, com início desde a infância (55,72%); hiperbilirrubinemia (22,90%); permanência na unidade de terapia intensiva por mais de cinco dias (12,21%); exposição a drogas ototóxicas (12,21%); infecções congênitas (8,39%), ventilação extracorpórea (6,87%); ventilação assistida (5,34%); preocupação dos pais com o desenvolvimento da criança, da audição, fala ou linguagem (1,52%); anóxia peri-natal grave (1,52%); peso ao nascer inferior a 1.500 gramas (1,52%) e anomalias craniofaciais envolvendo a orelha e o osso temporal (0,76%). Em relação à prevalência dos IRDA por cidade, destaca-se que 51(69,86%) dos neonatos de Avaré apresentaram o IRDA antecedente familiar e em Jaú, 28(48,27%) hiperbilirrubinemia. Concluiu-se que 42(24,28%) dos neonatos encaminhados para a realização da TAN não apresentavam quaisquer IRDA, o que ressalta a importância sobre o conhecimento dos IRDA baseado nas DATAN por parte dos profissionais que atuam nas maternidades. Os relatos relacionados aos casos de deficiência auditiva na família devem ser melhores investigados para que sejam encaminhados apenas os casos de antecedente familiar de surdez permanente, com início desde a infância. O único IRDA que apresentou correlação com o resultado “falha” na TAN foi o de anomalias craniofaciais envolvendo a orelha e o osso temporal. Contudo, salienta-se a importância da identificação de todos os IRDA, bem como do monitoramento audiológico, visto a possibilidade do aparecimento tardio da deficiência auditiva e/ou de sua progressão.
- Imprenta:
- Publisher: Academia Brasileira de Audiologia
- Publisher place: São Paulo
- Date published: 2017
- Source:
- ISSN: 1983-179X
- Conference titles: EIA - Encontro Internacional de Audiologia
-
ABNT
SILVA, B. C. S. e AGOSTINHO, Raquel Sampaio e ALVARENGA, Kátia de Freitas. Encaminhamento para a triagem auditiva neonatal fundamentado nos indicadores de risco para deficiência auditiva. 2017, Anais.. São Paulo: Academia Brasileira de Audiologia, 2017. . Acesso em: 08 jun. 2025. -
APA
Silva, B. C. S., Agostinho, R. S., & Alvarenga, K. de F. (2017). Encaminhamento para a triagem auditiva neonatal fundamentado nos indicadores de risco para deficiência auditiva. In . São Paulo: Academia Brasileira de Audiologia. -
NLM
Silva BCS, Agostinho RS, Alvarenga K de F. Encaminhamento para a triagem auditiva neonatal fundamentado nos indicadores de risco para deficiência auditiva. 2017 ;[citado 2025 jun. 08 ] -
Vancouver
Silva BCS, Agostinho RS, Alvarenga K de F. Encaminhamento para a triagem auditiva neonatal fundamentado nos indicadores de risco para deficiência auditiva. 2017 ;[citado 2025 jun. 08 ] - Fonoaudiólogos cadastrados em estabelecimentos de saúde do Cadastro Nacional de Estabelecimentos Saúde
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