Indicadores de risco para deficiência auditiva: Qual a influência no resultado da Triagem Auditiva Neonatal realizada com Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes? (2016)
- Authors:
- USP affiliated authors: PESSE, RAQUEL SAMPAIO AGOSTINHO - FOB ; CORTELETTI, LILIAN CÁSSIA BORNIA JACOB - FOB ; ALVARENGA, KATIA DE FREITAS - FOB
- Unidade: FOB
- Subjects: DEFICIÊNCIA AUDITIVA; TESTES AUDIOLÓGICOS; EMISSÕES OTOACÚSTICAS
- Keywords: Triagem Auditiva Neonatal; Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes
- Language: Português
- Abstract: Introdução: Apesar da publicação das Diretrizes para implantação da triagem auditiva neonatal (TAN) do Ministério da Saúde ter sido publicada em 2012, a maioria dos programas ainda está se ajustando para cumprir a recomendação de utilizar os potenciais evocados auditivos de tronco encefálico como procedimento na TAN de neonatos que apresentam indicadores de risco para deficiência auditiva (IRDA). De uma certa forma, estes serviços estão condizentes com a Lei Federal 12.303, que torna obrigatória a realização da TAN utilizando as emissões otoacústicas evocadas transientes (EOE-t). Assim, conhecer os resultados de programas que utilizam EOE-t em neonatos de risco pode auxiliar os profissionais, que atuam na área, no momento da devolutiva para a família. Os objetivos deste trabalho foram descrever a ocorrência dos diferentes IRDA em um programa de TAN e verificar se existe correlação entre o IRDA e o resultado falha na TAN (teste e reteste) com EOE-t. Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (FAPESP 2003-06415-6), realizado por meio da análise de prontuários de neonatos com IRDA em um programa de TAN de uma maternidade, durante o período de dez anos. Dos 1.632 prontuários analisados, 260 falharam na TAN e 1.372 passaram, sendo que a presença de EOE-t foi observada no teste em 1.166 e em 206 no reteste. A ocorrência de cada IRDA foi caracterizada pelo número total em que este foi constatado, uma vez que 25% dos neonatos apresentavam dois ou mais IRDA simultaneamenteO IRDA mais frequente foi o histórico familial de perda auditiva (n=830), seguido pelos indicadores de permanência na UTI por mais de 5 dias (n=292), hiperbilirrubinemia (n=247), uso de medicamentos ototóxicos (n=222), prematuridade (n=205), Apgar abaixo de seis no primeiro minuto e abaixo de quatro no quinto minuto (n=154), peso abaixo de 1500g (n=101), uso de ventilação por mais de cinco dias (n=83), consanguinidade (n=60), Sífilis (n=38), Toxoplasmose (n=28), síndromes (n=21), Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (18), anomalias craniofaciais (n=12), anóxia (n=8), Rubéola (n=6) e Citomegalovírus (n=4). Os resultados do teste e do reteste foram correlacionados com os IRDA por meio do teste de Pearson (nível de significância: 5%). Na etapa teste, os neonatos com anóxia, Toxoplasmose, Citomegalovírus, Sífilis, anomalias craniofaciais e síndromes apresentaram maior número de ausência de EOE-t, justificando a realização do reteste. No reteste, esta correlação não se manteve apenas para a Toxoplasmose e adicionando o IRDA de ventilação mecânica. Dos neonatos que falharam na TAN, quatro foram diagnosticados com deficiência auditiva, sendo que dois apresentavam um IRDA (prematuridade e consanguinidade) e os outros dois apresentavam mais de um IRDA (um com permanência na UTI por mais de cinco dias, com uso de ventilação mecânica e anóxia, enquanto o outro fez uso de ototóxicos, teve anóxia e era de baixo peso). Assim, concluímos que determinados IRDA levaram a um maior resultado de ausência de EOE-t na etapa teste e reteste da TAN. Este dado é relevante, pois o profissional deve considerar a possibilidade do falso-positivo na devolutiva do exame, mesmo havendo a presença de IRDA
- Imprenta:
- Publisher: Academia Brasileira de Audiologia
- Publisher place: São Paulo
- Date published: 2016
- Conference titles: EIA - Encontro Internacional de Audiologia
-
ABNT
MELO, Alana Ribeiro de et al. Indicadores de risco para deficiência auditiva: Qual a influência no resultado da Triagem Auditiva Neonatal realizada com Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes? 2016, Anais.. São Paulo: Academia Brasileira de Audiologia, 2016. . Acesso em: 28 dez. 2025. -
APA
Melo, A. R. de, Vicente, L. C., Agostinho-Pesse, R. S., Costa, F. B. A. da, Jacob-Corteletti, L. C. B., & Alvarenga, K. de F. (2016). Indicadores de risco para deficiência auditiva: Qual a influência no resultado da Triagem Auditiva Neonatal realizada com Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes? In . São Paulo: Academia Brasileira de Audiologia. -
NLM
Melo AR de, Vicente LC, Agostinho-Pesse RS, Costa FBA da, Jacob-Corteletti LCB, Alvarenga K de F. Indicadores de risco para deficiência auditiva: Qual a influência no resultado da Triagem Auditiva Neonatal realizada com Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes? 2016 ;[citado 2025 dez. 28 ] -
Vancouver
Melo AR de, Vicente LC, Agostinho-Pesse RS, Costa FBA da, Jacob-Corteletti LCB, Alvarenga K de F. Indicadores de risco para deficiência auditiva: Qual a influência no resultado da Triagem Auditiva Neonatal realizada com Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes? 2016 ;[citado 2025 dez. 28 ] - Potencial evocado auditivo de tronco encefálico: caracterização na população idosa
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