Correlação de fatores virais e do hospedeiro com a gravidade da doença e diferentes apresentações clínicas em pacientes com dengue (2013)
- Authors:
- Autor USP: CASTRO, LUÍZA ANTUNES DE - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: RBI
- Subjects: DENGUE; FEBRE HEMORRÁGICA DA DENGUE; CARGA VIRAL; CITOCINAS; TIPAGEM E REAÇÕES CRUZADAS SANGUÍNEAS
- Language: Português
- Abstract: O vírus da dengue (DENV) é um desafio significaste para a saúde pública em países tropicais e subtropicais. A patogênese da dengue é complexa e a relação entre fatores virais e do hospedeiro envolvidos na forma grave da doença ainda não são totalmente compreendidos. No intuito de identificar os fatores mais relevantes para o agravamento da doença, 316 pacientes foram avaliados entre 2007 a 2011. Testes sorológicos, ensaio de detecção da NS1 viral e detecção do genoma viral foram utilizados para confirmar o diagnóstico de infecção por dengue e categorizar as infecções como primária ou secundária. Os pacientes foram classificados como tendo apresentado dengue clássica (DC), dengue com complicações (COMP) (Recomendação do Ministério da Saúde Brasileiro) ou febre hemorrágica da dengue (FHD). Os pacientes de DC foram subdivididos em hospitalizados e não hospitalizados, e, os pacientes graves (FHD/COMP) foram subdivididos em sobreviventes e não sobreviventes. DENV-1 e 2 foram relacionados a hospitalização e FHD respectivamente, enquanto infecções por DENV-3 foram menos graves. DENV-3 circulou por mais de seis anos quando DENV-1 e 2 foram reintroduzidos na região. As sequências das proteínas prM-E, NS1 e NS4B não se correlacionaram com a gravidade da doença. Foram detectados os genótipos V (DENV-1), Asiático/Americano (DENV-2) e m (DENV-3). Infecções secundárias foram mais prevalentes em pacientes com FHD e COMP. Infecções primárias apresentaram maior carga viral, e pacientes com FHD apresentaram maior carga viral somente no início da infecção. Não houve diferença entre a carga viral dos pacientes hospitalizados e não hospitalizados, e nem entre sobreviventes e não sobreviventes. As citocinas IFN-‘gama’, TRAIL, ENA78, EGF, MDC, PDGF-AA/BB, TARC, SCD40L e RANTES apresentaram um papel protetor, enquanto que IL-10, IL-6, IL-8, BCA-1, I-309, TNF-‘alfa’, IL-1‘beta’ e IP-10foram correlacionadas com um aumento da gravidade. Os HLAs -A, -B, -Cw, -DQ e -DR foram tipados e todos os grupos foram comparados com os respectivos controles. HLA-DQ*02, -DR*07, e -B*14 contribuíram para a gravidade da doença, enquanto que -DQ*05 apresentou um papel protetor. Estes resultados indicam que o tipo de infecção, o padrão de citocinas e a genética do hospedeiro exercem mais influencia no desenvolvimento das formas graves de dengue do que fatores virais, porém mudanças na dinâmica de circulação dos sorotipos em regiões endémicas agravaram a doença
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2013
- Data da defesa: 03.04.2013
-
ABNT
CASTRO, Luiza Antunes de. Correlação de fatores virais e do hospedeiro com a gravidade da doença e diferentes apresentações clínicas em pacientes com dengue. 2013. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. . Acesso em: 27 dez. 2025. -
APA
Castro, L. A. de. (2013). Correlação de fatores virais e do hospedeiro com a gravidade da doença e diferentes apresentações clínicas em pacientes com dengue (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Castro LA de. Correlação de fatores virais e do hospedeiro com a gravidade da doença e diferentes apresentações clínicas em pacientes com dengue. 2013 ;[citado 2025 dez. 27 ] -
Vancouver
Castro LA de. Correlação de fatores virais e do hospedeiro com a gravidade da doença e diferentes apresentações clínicas em pacientes com dengue. 2013 ;[citado 2025 dez. 27 ] - Avaliação da detecção da proteína NS1 no diagnóstico da infecção pelo vírus dengue-3 em comparação a outros métodos laboratoriais utilizados no diagnóstico da dengue
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