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Da magnificência da didática a um ensino não-todo: um ensaio de psicanálise e educação (2013)

  • Authors:
  • Autor USP: BATISTA, DOUGLAS EMILIANO - FE
  • Unidade: FE
  • Sigla do Departamento: EDF
  • Assunto: PSICANÁLISE
  • Keywords: Comênio; Comenius; Foundations of education; Freud; Freud; Fundamentos da educação; J.A; J.A; Psicanálise e educação; Psychoanalysis and education; S; S; Transmissão; Transmission
  • Language: Português
  • Abstract: O percurso teórico desta tese se inicia por uma reflexão de teor psicanalítico sobre a Didática Magna de Comênio, reflexão por meio da qual se pretende dar a ver as muitas "ressonâncias" que há entre o comeniano "ensino de tudo a todos" (ensino esse que, a despeito das aparências, não chega de fato a ser "totalizante", "completo", ou "acabado") e o "ensino não-todo", tal como é pensado no âmbito da Psicanálise e Educação. E ora, um ensino não-todo é precisamente o que contempla as hiâncias estruturais ao conhecimento (uma vez que este é, necessariamente, inacabável, inconcluso, não-findo etc.). Nesses termos, na medida em que um professor veicula um ensino "inacabável e inacabado" ou um ensino que coloca em ato o não-saber o aluno pode então encontrar espaço para se interrogar e, logo, para se implicar subjetivamente com o que lhe é ensinado (e de tal forma que se constitua para ele - muito embora em negativo ou latentemente - um saber singular a partir da transmissão de conhecimentos socialmente validados). Em outras palavras: no avesso do imprescindível ensino escolar de conhecimentos, de conteúdos, de enunciados relativos ao que é já-sabido, é crucial que tanto o professor quanto o aluno sejam invocados - a partir de diferentes posições discursivas - ao nível mesmo do desejo inconsciente que os habita, isto é, que sejam invocados em sua estrutural falta-em-saber, em suas enunciações, em sua irrepetibilidade, e sem o que a reprodução de conhecimentosmanifestos - seja por parte de quem ensina ou de quem aprende - não passaria senão de massificação, de mera universalização uniformizante. Eis, assim, que um ensino não-todo demandará que o professor não se posicione como um replicador de conhecimentos públicos, já que deve ele colocar em tal ensino algo de singular, algo de seu, de sua irrepetível enunciação. Ou como diz Comênio: a erudição e os instrumentos já preparados não dispensam a viva voz do professor. E é, precisamente, essa viva voz que, em princípio, pode dar vida aos conhecimentos livrescos (os livros são nossos mestres mudos, disse Comênio), e de modo que se suscite o desejo do aluno de vir a despertar para uma nova vida tais conhecimentos públicos. Eis que nisso é que se encontra cifrada a transmissão
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 25.03.2013
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      BATISTA, Douglas Emiliano. Da magnificência da didática a um ensino não-todo: um ensaio de psicanálise e educação. 2013. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23052013-145751/. Acesso em: 19 set. 2024.
    • APA

      Batista, D. E. (2013). Da magnificência da didática a um ensino não-todo: um ensaio de psicanálise e educação (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23052013-145751/
    • NLM

      Batista DE. Da magnificência da didática a um ensino não-todo: um ensaio de psicanálise e educação [Internet]. 2013 ;[citado 2024 set. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23052013-145751/
    • Vancouver

      Batista DE. Da magnificência da didática a um ensino não-todo: um ensaio de psicanálise e educação [Internet]. 2013 ;[citado 2024 set. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23052013-145751/


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