Curva timpanométrica com sonda de 1000 Hz: análise comparativa de dois métodos de classificação (2012)
- Authors:
- USP affiliated authors: ALVARENGA, KATIA DE FREITAS - FOB ; FENIMAN, MARIZA RIBEIRO - FOB ; PESSE, RAQUEL SAMPAIO AGOSTINHO - FOB
- Unidade: FOB
- Subjects: IMITANCIOMETRIA; ORELHA MÉDIA (ANÁLISE;AVALIAÇÃO)
- Language: Português
- Abstract: Introdução: a medida da imitância acústica fornece informações sobre a integridade do sistema tímpano-ossicular e vias auditivas. Na população neonatal tem sido recomendada a utilização da sonda de 1000 Hz, porém, não há consenso quanto a interpretação e classificação dos padrões de curvas timpanométricas com esse tom de sonda. Objetivo: analisar a configuração da curva timpanométrica com sonda de 1000 Hz de acordo com dois sistemas de classificação, confrontando as curvas obtidas com os achados da otoscopia e com a pesquisa do reflexo acústico. Metodologia: Análise do prontuário de 30 crianças na faixa etária de zero a seis meses, que haviam realizado timpanometria, uni ou bilateral, com sonda de 1000 Hz. Foram analisados os resultados das orelhas separadamente, totalizando 55 timpanogramas, A casuística foi dividida em dois grupos: 36 orelhas apresentavam descrição dos resultados da otoscopia realizada pelo otorrinolaringologista no mesmo dia (grupo 1) e 19 não possuíam tal descrição, sendo considerado os resultados da pesquisa do reflexo acústico como marcador da timpanometria (grupo 2). Utilizou-se o sistema de classificação visual proposto por Baldwin (2006), uma adaptação de Marchant et al. (1986) (Método A) e a classificação de Jerger/Liden (Liden, 1969; Jerger, 1970) (Método B). Resultados: Para o grupo 1, 34 orelhas (94%) apresentaram otoscopia indicando normalidade de orelha média e destas, 21 (62%) apresentaram timpanograma classificado como “normal” (pico positivo), oito (24%) como “anormal” (pico negativo) e cinco (15%) indeterminado (Método A). De acordo com o Método B, 47% foram classificados como “normal” (Tipo A), sete (21%) “curva plana” (Tipo B), três (9%) disfunção tubária (Tipo C) e oito (24%) indeterminadoDuas orelhas apresentavam otoscopia alterada, indicando membrana timpânica opaca, destas, um timpanograma foi classificado como “anormal” (pico negativo) e o outro como indeterminado (Método A) e com o Método B, um foi classificado como Tipo B e o outro como indeterminado. Em relação ao grupo 2, observou-se que 11 orelhas (58%) apresentaram presença de reflexo acústico ipsilateral e destas, oito (73%) apresentaram pico positivo e três (27%) indeterminado (Método A), por outro lado, utilizando o Método B 100% foram classificados como indeterminado. Oito orelhas apresentaram ausência de reflexo acústico ipsilateral, e destas, duas (25%) apresentaram timpanograma classificado como “normal” (pico positivo), três (37,5%) “anormal” (pico negativo) e três (37,5%) indeterminado (Método A). Por outro lado, utilizando o Método B, das oito orelhas, uma (12,5%) apresentou timpanograma Tipo A, três (37,5%) Tipo B, uma (12,5%) Tipo C e três (37,5%) indeterminado. Conclusão: A análise da condição da orelha média de crianças nos primeiros meses de vida ainda é desafiador, uma vez que os achados obtidos na timpanometria, mesmo com sonda de 1000 Hz, muitas vezes não possuem concordância com o exame clínico otorrinolaringológico ou reflexo acústico. Comparativamente, a classificação proposta por Baldwin (2006) se mostrou mais adequada, resultando em um menor número de timpanogramas classificados como “indeterminado”, entretanto, ressalta-se a importância do desenvolvimento de outros estudos que visem o estabelecimento de classificações para os padrões de curvas timpanométricas com sonda desta frequência
- Imprenta:
- Source:
- Conference titles: Encontro Internacional de Audiologia
-
ABNT
OLIVEIRA, Luciana Cristina de et al. Curva timpanométrica com sonda de 1000 Hz: análise comparativa de dois métodos de classificação. 2012, Anais.. Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, 2012. . Acesso em: 06 maio 2025. -
APA
Oliveira, L. C. de, Araújo, E. S., Zucki, F., Funayama, F. S., Alvarenga, K. de F., Feniman, M. R., et al. (2012). Curva timpanométrica com sonda de 1000 Hz: análise comparativa de dois métodos de classificação. In Anais. Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. -
NLM
Oliveira LC de, Araújo ES, Zucki F, Funayama FS, Alvarenga K de F, Feniman MR, Lopes RCF, Agostinho-Pesse RS. Curva timpanométrica com sonda de 1000 Hz: análise comparativa de dois métodos de classificação. Anais. 2012 ;[citado 2025 maio 06 ] -
Vancouver
Oliveira LC de, Araújo ES, Zucki F, Funayama FS, Alvarenga K de F, Feniman MR, Lopes RCF, Agostinho-Pesse RS. Curva timpanométrica com sonda de 1000 Hz: análise comparativa de dois métodos de classificação. Anais. 2012 ;[citado 2025 maio 06 ] - Fonoaudiólogos cadastrados em estabelecimentos de saúde do Cadastro Nacional de Estabelecimentos Saúde
- Audição bimodal: indicação e acompanhamento
- Encaminhamento para a triagem auditiva neonatal fundamentado nos indicadores de risco para deficiência auditiva
- Perda auditiva unilateral na criança com síndrome do aqueduto vestibular alargado: relato de caso
- Comportamento auditivo em crianças com perda auditiva condutiva nos dois primeiros anos de vida
- Potencial evocado auditivo de longa latência para estímulo de fala apresentado com diferentes transdutores em crianças ouvintes
- Saúde auditiva infantil: desafio na rede pública do Brasil
- Questionário para monitoramento auditivo nos primeiros anos de vida
- Achados audiológicos em crianças com Síndrome de Down no primeiro ano de vida
- Telessaúde: avaliação de websites sobre triagem auditiva neonatal na Língua Portuguesa
How to cite
A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas