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Estudo transcultural Brasil-Portugal: representações maternas e suas associações com apego infantil (2019)

  • Authors:
  • USP affiliated authors: LAMONICA, DIONISIA APARECIDA CUSIN - FOB ; RIBEIRO, CAMILA DA COSTA - FOB ; TEODORO, ANA TERESA HERNANDES - FOB
  • Unidade: FOB
  • Subjects: TRANSCULTURAÇÃO; RELAÇÕES MÃE-CRIANÇA; BRASIL; PORTUGAL
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: Nos países ocidentais, o cuidado pós-parto e a responsividade materna aos interesses e necessidades das crianças, durante o primeiro ano de vida, são considerados fortes preditores do apego seguro. Embora Brasil e Portugal compartilhem uma língua e cultura semelhante, eles se diferem em outras dimensões, por exemplo: sociais, parentais e politicas. Pensando nesta dimensões culturais o objetivo do estudo foi comparar as representações perinatais de mães brasileiras e portuguesas 48 horas após o nascimento dos bebês, e avaliar a associação com a segurança do apego infantil aos 12 meses. Métodos: Cumpriram-se os princípios éticos (27875614.3.0000.5417). A amostra foi constituída por 51 díades mãe bebês, sendo 25 Portuguesas e 26 Brasileiras. Todos os procedimentos realizados foram idênticos em ambos os países. O processo de avaliação iniciou-se nas primeiras 48 horas após o parto, por meio de Entrevista Materna semiestruturada, com objetivo de coletar as representações das mães sobre gravidez, trabalho de parto, expectativas sobre o papel parental, o humor de seu bebê e os futuros resultados de desenvolvimento da criança. Para análise das entrevistas utilizou-se o Método de Análise de Conteúdo de Bardin. Após o recrutamento inicial, aos 12 meses as mães foram contatadas para retornar ao hospital, para realizar a avaliação do comportamento de apego do bebê, por meio da Situação Estranha (Ainsworth et al., 1978). Este procedimento consiste em um paradigma laboratorial de 21 minutos envolvendo uma sequência de oito episódios, projetados para provocar níveis leves, mas crescentes de estresse no bebê (por exemplo, ser apresentado a uma sala de jogos desconhecida, interagir com um estranho adulto desconhecido e breves separações e reuniões com a mãe).Para classificação do apego infantil, as filmagens foram analisadas por dois cotadores treinados e confiáveis (confiabilidade de 90%), utilizando a classificação proposta por Ainsworth et al., 1978. A escala possui a categoria segura (B) e insegura (junção de A: Evitante e C:ambivalentes/resistente). A classificação proposta por Mary Main e Solomon (1986), também foi utilizada para classificar os desorgonizados/desorientados (D). A análise estatística foi realizada por meio do testes t de amostras pareadas. Resultados: Como esperado, em ambas as amostras, o número médio de mães com representações perinatais positivas e negativas foi negativamente associado entre si. Quanto a classificação do apego na amostra Portuguesa, obteve-se o seguinte resultado: 60% foram classificadas como seguras e 40% como insegura, na amostra Brasileira 48% eram seguras e 53,9% inseguras. Nenhuma classificação (D) desorganizada/desorientada foi identificada em ambas amostras.Na amostra brasileira, as mães de bebês classificadas como seguros, apresentaram maior media de representações perinatais positivas do que as mães de crianças classificadas como inseguras (p <0,001). Da mesma forma, na amostra portuguesa, as mães de bebês classificadas como seguras, apresentaram maior número médio de representações perinatais positivas, do que as mães de bebês classificados como inseguros (p <0,05). Conclusão: Os resultados obtidos foram semelhantes em cada país, corroborando pesquisas anteriores em países ocidentais, que indicam que as mães com representações perinatais mais positivas foram mais propensas a ter bebês classificados como apego seguro aos 12 meses.
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  • Conference titles: Congresso Internacional de Fonoaudiologia

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    • ABNT

      RIBEIRO, Camila da Costa et al. Estudo transcultural Brasil-Portugal: representações maternas e suas associações com apego infantil. 2019, Anais.. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2019. Disponível em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/ea871d08-6141-4868-9f0f-e0fdc663254e/3087937.pdf. Acesso em: 27 dez. 2025.
    • APA

      Ribeiro, C. da C., Fuertes, M., Santos, P. L., Gonçalves, J. L., Rodrigues, C., Teodoro, A. T. H., et al. (2019). Estudo transcultural Brasil-Portugal: representações maternas e suas associações com apego infantil. In Anais Científicos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Recuperado de https://repositorio.usp.br/directbitstream/ea871d08-6141-4868-9f0f-e0fdc663254e/3087937.pdf
    • NLM

      Ribeiro C da C, Fuertes M, Santos PL, Gonçalves JL, Rodrigues C, Teodoro ATH, Beeghly M, Lamônica DAC. Estudo transcultural Brasil-Portugal: representações maternas e suas associações com apego infantil [Internet]. Anais Científicos. 2019 ;[citado 2025 dez. 27 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/ea871d08-6141-4868-9f0f-e0fdc663254e/3087937.pdf
    • Vancouver

      Ribeiro C da C, Fuertes M, Santos PL, Gonçalves JL, Rodrigues C, Teodoro ATH, Beeghly M, Lamônica DAC. Estudo transcultural Brasil-Portugal: representações maternas e suas associações com apego infantil [Internet]. Anais Científicos. 2019 ;[citado 2025 dez. 27 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/ea871d08-6141-4868-9f0f-e0fdc663254e/3087937.pdf


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