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Um "clique" de maternidade: contato pele a pele na construção de sentidos da maternidade (2022)

  • Authors:
  • Autor USP: PECCIA, LAÍS FOLHA - FSP
  • Unidade: FSP
  • DOI: 10.11606/D.6.2022.tde-07062022-170752
  • Subjects: NARRATIVA; EMOÇÕES; NASCIMENTO; SAÚDE MATERNO-INFANTIL; MATERNIDADE
  • Keywords: Emoções Manifestas; Narrativa Pessoal; Nascimento a Termo; Salas de Parto
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: A prática do contato pele a pele (CPP) deve respeitar o parto e nascimento como fenômeno cultural, psíquico e social, o direito humano de mãe e filho se reconhecerem e estarem juntos podendo modificar positivamente a experiência materna do nascimento. Baseado em alguns conceitos da obra Fenomenologia da Percepção de Merleau-Ponty, acredita-se que a vivência corporal desse contato em momento oportuno seja importante também para a consciência do mundo através do corpo e então a produção de sentidos sobre a maternidade. O objetivo deste trabalho foi descrever narrativas maternas da vivência com ou sem CPP logo após o nascimento e analisar a contribuição desse momento para a construção de sentidos da maternidade em acordo com essa obra de Merleau-Ponty. Propôs-se um estudo qualitativo, exploratório e descritivo, baseado na história oral temática da vivência com ou sem CPP das mães com seus recém-nascidos saudáveis, que foram elegíveis para esse contato logo após o nascimento. Essa experiência foi relatada por meio de entrevista em profundidade, realizada por telefone com dez mães, que tiveram gestação de feto único e parto ocorrido há, no mínimo, 3 meses. As unidades de sentido foram organizadas segundo proposta temático-categorial em 11 subcategorias, que foram agrupadas em 4 categorias: interação mãe-filho como linguagem; modelo instituído de maternidade e do ato de dar à luz; temporalidade, e local de parto e a vivência do nascimento.A primeira categoria apontou a vivência do nascimento como singularidade de perceber e ser percebido, mãe e filho simultaneamente vivendo em uma generalidade comum. com aproximações e distanciamentos na vivência com e sem CPP, respectivamente. Na vivência sem CPP prevaleceu o sentimento de alívio, comunicado principalmente pelo choro do recém-nascido, centrado na certeza da sobrevivência. A frustração do desejo de permanência devido à interação breve e distanciada, marcada pela mediação do profissional de saúde, indicou a sujeição da mãe ao modelo instituído de assistência. Com CPP, a duração da interação foi considerada suficiente pelas mães, supriu o desejo de permanência e possibilitou a interação de reciprocidade do ato comunicativo. O sentimento de deleite emergiu no CPP como ápice da interação e o desempenho da autonomia relativa em que mãe e filho protagonizam o encontro. As segunda e terceira categorias explicitam o mundo imanente no qual o sujeito se insere, de modo que a intersubjetividade se dá temporalmente, sobre uma estrutura também social. A última categoria indicou que o local de parto - tradicionalmente organizado - impôs limitações ao CPP, enquanto as práticas humanizadas atuaram para superá-las. Como conclusão, as narrativas maternas do nascimento indicaram que o CPP pode ser tratado por diversas dimensões sem se excluírem, ampliando a dimensão histórica e singular na vivência materna do nascimento para emergir sentidos sobre a maternidade, de maneira peculiar.Diante das subjetividades do mundo percebido por um sujeito histórico em constante transformação na interação com o mundo, permanecer em CPP, com duração suficiente de tempo e sem interrupções respeitou, tangente e tangível, essa primeira interação como um momento privilegiado de comunhão participativa da percepção do mundo
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 24.02.2022
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/D.6.2022.tde-07062022-170752 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      PECCIA, Laís Folha. Um "clique" de maternidade: contato pele a pele na construção de sentidos da maternidade. 2022. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.6.2022.tde-07062022-170752. Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Peccia, L. F. (2022). Um "clique" de maternidade: contato pele a pele na construção de sentidos da maternidade (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/D.6.2022.tde-07062022-170752
    • NLM

      Peccia LF. Um "clique" de maternidade: contato pele a pele na construção de sentidos da maternidade [Internet]. 2022 ;[citado 2024 abr. 18 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.6.2022.tde-07062022-170752
    • Vancouver

      Peccia LF. Um "clique" de maternidade: contato pele a pele na construção de sentidos da maternidade [Internet]. 2022 ;[citado 2024 abr. 18 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.6.2022.tde-07062022-170752

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