Risco de quedas em idosos que vivem no domicílio com avaliação de três escalas de fragilidade (2019)
- Authors:
- Autor USP: GIACOMINI, SUELEN BORELLI LIMA - EERP
- Unidade: EERP
- Sigla do Departamento: ERG
- Subjects: IDOSOS; ACIDENTES POR QUEDAS; ENVELHECIMENTO; SAÚDE DO IDOSO; ENFERMAGEM GINECOLÓGICA
- Keywords: Idoso fragilizado; Aged; Accidental Falls; Frail Elderly; Aging; Health of the Elderly; Geriatric Nursing
- Language: Português
- Abstract: O aumento da população idosa no mundo deve-se a mudanças demográficas e epidemiológicas. No processo de envelhecer, ocorrem mudanças fisiológicas que aumentam o risco dos idosos de sofrer limitações físicas que podem ocasionar quedas ou até mesmo acarretar a síndrome da fragilidade. O presente estudo teve como objetivo estimar o risco de queda e a predição das Atividades instrumentais da Vida Diária em idosos, que vivem no domicílio, através da avaliação de três escalas de fragilidade. Trata-se de um estudo observacional, transversal e de abordagem quantitativa, realizado com 261 idosos, com idade igual ou superior de 65 anos, de ambos os sexos e que residiam na zona urbana do município de Ribeirão Preto, São Paulo. A coleta de dados foi realizada durante o segundo semestre de 2017 e o primeiro de 2018. Foram utilizados os seguintes instrumentos para a coleta de dados: Instrumento de informações pessoais e perfil social; o Mini Exame do Estado Mental; Fall Risk Score; Edmonton Frail Scale; Indicador de Fragilidade de Tilburg e o Indicador da Fragilidade de Groningen. Para a análise dos dados foi utilizado o Programa estatístico SPSS v. 22 e software Stata, versão 13.2. Para a estatística descritiva, nas variáveis quantitativas, empregamos medidas de tendências centrais (média) e dispersão (desvio padrão), já para as categóricas utilizamos as porcentagens e frequência. Ademais, para as análises estatísticas bivariadas foi utilizado o teste de Qui-quadrado de Pearson, e para comparar as médias o Teste não paramétrico de Mann-Whitney. Razões de prevalências, brutas e ajustadas foram calculadas, bem como seus respectivos intervalos de confiança (95%). Levando em consideração as curvas ROC (Receiver Operating Characteristics) para cada indicador de fragilidade em relação aos desfechos. Foram também calculados os indicadores: acurácia (AUC - area under curve), sensibilidade, especificidade e seus respectivosintervalos com 95% de confiança, e para responder ao objetivo principal foi realizada a Regressão Logística. O nível de significância adotado para os modelos finais foi α = 5%. Foram avaliados 261 idosos, com predomínio do sexo feminino, viúvas, com 1 a 4 anos de estudo e que moravam com os familiares. A prevalência do risco de queda foi de 51,7%, sendo que em todas as escalas de fragilidade utilizadas houve a associação com o risco de quedas (p<0,001). Na análise de regressão logística o idoso considerado frágil pela Escala de Tilburg tem 6,05 vezes mais chances de cair do que idoso dito não frágil. Na Escala de Groningen a chance do idoso frágil cair foi de 5,55 vezes. Enquanto na Escala de Edmonton o idoso que apresenta risco de queda tem um aumento na média do escore de 1,53 na escala de fragilidade. Em relação ao desfecho da ocorrência de quedas, as taxas de exposição em idosos apresentaram magnitudes semelhantes, não sendo possível identificar nenhuma associação entre os fatores elencados. Entretanto, ao considerarmos a dependência de idosos no desenvolvimento das Atividades instrumentais da Vida Diária, todos os fatores elencados apresentaram associação comprovada estatisticamente através de números Dignificantes em relação ao desfecho. Na avaliação das escalas de fragilidade e da ocorrência de quedas, verificamos que as áreas sob as curvas ROC são de pequena magnitude. No entanto, ao avaliar a dependência para a realização das Atividades instrumentais da Vida Diária, as escalas de fragilidade apresentaram acurácia superior a 0,75. Ademais, as três escalas de fragilidade em relação a ocorrência de queda apresentaram valores de baixa magnitude para sensibilidade, especificidade e foram corretamente classificados. Porém, ao analisar a dependência para realização das Atividades Instrumentais da Vida Diária, todas as escalas de fragilidade apresentaram indicadores preditivos superiores a 60%, sendo aescala da fragilidade de Edmonton a que apresentou o melhor desempenho em relação às duas outras escalas. O risco de quedas foi estimado com maior precisão e significância quando associado com a fragilidade utilizando três escalas distintas. O uso de escalas mais assertivas e de fácil uso devem ser adotadas para atender clinicamente o idoso frágil e prevenir o risco de queda, promovendo uma velhice segura, com qualidade de vida e saúde
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2019
- Data da defesa: 05.07.2019
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ABNT
GIACOMINI, Suelen Borelli Lima. Risco de quedas em idosos que vivem no domicílio com avaliação de três escalas de fragilidade. 2019. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2019. . Acesso em: 20 maio 2025. -
APA
Giacomini, S. B. L. (2019). Risco de quedas em idosos que vivem no domicílio com avaliação de três escalas de fragilidade (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Giacomini SBL. Risco de quedas em idosos que vivem no domicílio com avaliação de três escalas de fragilidade. 2019 ;[citado 2025 maio 20 ] -
Vancouver
Giacomini SBL. Risco de quedas em idosos que vivem no domicílio com avaliação de três escalas de fragilidade. 2019 ;[citado 2025 maio 20 ]
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