Os efeitos da urocortina 2 no metabolismo de proteínas em músculos esqueléticos de roedores (2018)
- Authors:
- Autor USP: SILVA, NATALIA LAUTHERBACH ENNES DA - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: RFI
- Subjects: FISIOLOGIA; MÚSCULO ESQUELÉTICO; PROTEÍNAS
- Keywords: Urocortin 2 ; Muscular hypertrophy ; Intracellular signaling ; Autophagy; Urocortina 2 ; Hipertrofia muscular ; Sinalização intracelular ; Autofagia
- Agências de fomento:
- Language: Português
- Abstract: A urocortina 2 (Ucn2) é um peptídeo que pertence à família dos fatores liberadores de corticotrofina (CRF) e, assim como seu receptor específico CRF2R? (corticotropin releasing factor receptor type 2?), encontram-se expressos no músculo esquelético. Embora tenha sido demonstrado que o tratamento sistêmico com Ucn2 seja capaz de induzir hipertrofia e prevenir a perda de massa muscular, nada se conhece acerca dos mecanismos moleculares através dos quais a Ucn2 desempenha suas ações biológicas. O principal objetivo deste trabalho foi investigar o mecanismo de ação da Ucn2 no músculo esquelético de roedores para o aparecimento da resposta hipertrófica e a possível participação das vias de sinalização Akt/mTOR, Akt/Foxo e ERK1/2 neste efeito anabólico. Para isto foi utilizado o modelo de transfecção in vivo da Ucn2 pelo método da eletroporação em músculos tibialis anterior de camundongos. Nestes músculos foram quantificados: 1) o estado de fosforilação de componentes efetores destas vias; 2) moléculas sinalizadoras da via autofágica; 3) a taxa de síntese proteica in vivo e 4) a expressão de genes relacionados à atrofia muscular (atrogenes). Outra metodologia utilizada para verificar o efeito direto da Ucn2 na musculatura esquelética foi a incubação in vitro de músculos soleus e EDL isolados de roedores com este peptídeo a fim de investigar a taxa de degradação proteica total, bem como a atividade dos sistemas proteolíticos lisossomal¸ ubiquitina-proteassoma e dependente de Ca+2A superexpressão in vivo da Ucn2 por 14 dias promoveu hipertrofia e preveniu a atrofia em músculos tibialis anterior de camundongos normais e submetidos ao modelo de desnervação motora isquiática.Resumo Este crescimento muscular induzido pela Ucn2 in vivo foi associado a ativação das vias de sinalização AMPc/PKA/CREB, AMPc/Epac, Akt/mTOR/S6, Akt/mTOR/4E-BP1 e ERK1/2/eIF4E com consequente estimulação da síntese proteica. Em concordância, utilizando uma técnica de manipulação genética in vivo, demonstramos que a hipertrofia promovida pela Ucn2 é dependente da estimulação das cascatas de sinalização ativadas por Akt e ERK1/2. Ademais, essa alteração fenotípica promovida pela Ucn2 induziu melhora da resistência à fadiga muscular, sendo este impacto funcional dependentente de ERK1/2, mas não de Akt. Além disso, a superexpressão da Ucn2 induziu \"shifting\" para o tipo de fibra oxidativa (tipo I), sendo esta plasticidade possivelmente mediada por PGC-1?, o que pode ter contribuído pelo menos em parte, para o efeito benéfico promovido pela Ucn2 na função muscular. O efeito antiatrófico da Ucn2 in vivo foi associado à estimulação da via Akt/Foxo1,3 concomitante com a redução da atividade transcricional de Foxo, resultando na diminuição da expressão da E3-ligase atrogin-1 e do gene autofágico LC3. Em paralelo, a Ucn2 in vivo promoveu inibição do fluxo autofágico, inferido pelo acúmulo das proteínas LC3-I, LC3-II e p62 nestes músculos. Corroborando os achados in vivo, os efeitosantiproteolíticos da Ucn2 in vitro parecem ser mediados pelo AMPc e envolvem a supressão da atividade do sistema lisossomal/autofágico em músculos EDL de ratos normais. Portanto, além da participação de efetores dowsntream do AMPc, como PKA e EPAC, diferentes quinases participam dos efeitos biológicos da Ucn2 na musculatura esquelética. Esses resultados são importantes para caracterizar novas estratégias terapêuticas capazes de atuar no combate à atrofia muscular em diversas situações catabólicas
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2018
- Data da defesa: 30.08.2018
-
ABNT
SILVA, Natalia Lautherbach Ennes da. Os efeitos da urocortina 2 no metabolismo de proteínas em músculos esqueléticos de roedores. 2018. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2018. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-22112018-084729/. Acesso em: 05 nov. 2024. -
APA
Silva, N. L. E. da. (2018). Os efeitos da urocortina 2 no metabolismo de proteínas em músculos esqueléticos de roedores (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-22112018-084729/ -
NLM
Silva NLE da. Os efeitos da urocortina 2 no metabolismo de proteínas em músculos esqueléticos de roedores [Internet]. 2018 ;[citado 2024 nov. 05 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-22112018-084729/ -
Vancouver
Silva NLE da. Os efeitos da urocortina 2 no metabolismo de proteínas em músculos esqueléticos de roedores [Internet]. 2018 ;[citado 2024 nov. 05 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-22112018-084729/ - O efeito do tratamento com sinvastatina no metabolismo de proteínas em coração de ratos Wistar
- Glucocorticoids decrease the thermogenic capacity and increase the triacylglycerol synthesis by glycerokinase activation in brown adipose tissue of rats
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