Propriedades antioxidantes da sinvastatina em modelo de sepse experimental (2017)
- Authors:
- Autor USP: CATALÃO, CARLOS HENRIQUE ROCHA - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: RNP
- Subjects: ANTIOXIDANTES; DOENÇAS CEREBRAIS; HIPOCAMPO; CÓRTEX PRÉ-FRONTAL
- Language: Português
- Abstract: Apesar dos consideráveis avanços terapêuticos as infecções sistêmicas, incluindo sepse e suas complicações, ainda são a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva em todo o mundo. Diversos estudos tem demonstrado que durante a sepse a produção de mediadores inflamatórios sistêmicos podem atingir o SNC e ativar células gliais. Considerando que esses fatores podem influenciar a bioenergética mitocondrial e induzir estados de estresse oxidativo desencadeando apoptose das células cerebrais, torna-se imprescindível o uso de fármacos que intervenham nessas vias. Nosso objetivo foi investigar as propriedades antioxidantes da sinvastatina e seu possível efeito neuroprotetor em animais sobreviventes à sepse polimicrobiana induzida por ligadura e punção cecal (CLP). Ratos Wistar submetidos à CLP ou não manipulados (naive) foram divididos em três grupos. No primeiro, sinvastatina (20 mg/Kg) ou salina (NaCI 0,9 %, 0,15 M - 5 mL/Kg), foram administradas por gavage, diariamente às 14:00, durante 4 dias antes e por 48 horas após a CLP. Posteriormente, os animais foram decapitados para a coleta de sangue e cérebros. O sangue foi usado para quantificar o nitrato e as citocinas pró-inflamatórias; os cérebros para preparação imunohistoquímica. No segundo grupo, utilizando o mesmo protocolo de tratamento, os animais foram anestesiados e perfundidos para dissecção do córtex pré-frontal e hipocampo a fim de determinar os níveis de peroxidação lipídica e a atividade das enzimas antioxidantes. No terceiro grupo, os animais receberam a droga ou veículo por 10 dias consecutivos e, ao final do tratamento, foram submetidos a testes comportamentais para avaliação da memória de habituação, discriminativa e aversiva. O tratamento com sinvastatina preveniu o aumento dos níveis de nitrato, IL-1β e IL-6, além de diminuir os níveis de TBARS e aumentar a atividadeda enzima CAT no córtex pré-frontal e hipocampo dos ratos sépticos. Já a atividade da enzima citrato sintase aumentou apenas no hipocampo e a razão das enzimas GSH/GSSG foi normalizada em ambas as estruturas. A análise imunohistoquímica revelou redução na astrogliose e apoptose tanto no córtex pré-frontal como no giro denteado e região CA1 do hipocampo; o que de fato comprovamos através dos resultados positivos obtidos nos testes comportamentais dos animais sépticos tratados com sinvastatina. A análise conjunta desses resultados indica que inibidores da HMG-CoA redutase, como a sinvastatina, possuem efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes e são capazes de atuar como neuroprotetores em estruturas responsáveis por processos cognitivos relacionados à memória e aprendizagem
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2017
- Data da defesa: 17.04.2017
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ABNT
CATALÃO, Carlos Henrique Rocha. Propriedades antioxidantes da sinvastatina em modelo de sepse experimental. 2017. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2017. . Acesso em: 09 out. 2024. -
APA
Catalão, C. H. R. (2017). Propriedades antioxidantes da sinvastatina em modelo de sepse experimental (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Catalão CHR. Propriedades antioxidantes da sinvastatina em modelo de sepse experimental. 2017 ;[citado 2024 out. 09 ] -
Vancouver
Catalão CHR. Propriedades antioxidantes da sinvastatina em modelo de sepse experimental. 2017 ;[citado 2024 out. 09 ] - Efeitos de um derivado polifenólico da Camellia sinensis na hidrocefalia experimental induzida em ratos Wistar
- Microglial activation modulates neuroendocrine secretion during experimental sepsis
- HSP-target of therapeutic agents in sepsis treatment
- Hyperbaric oxygen therapy associated with ventricular–subcutaneous shunt promotes neuroprotection in young hydrocephalic rats
- Simvastatin prevents long-term cognitive deficits in sepsis survivor rats by reducing neuroinflammation and neurodegeneration
- Kaolin-induced hydrocephalus causes acetylcholinesterase activity dysfunction following hypothalamic damage in infant rats
- Neuroprotective action of Eicosapentaenoic (EPA) and Docosahexaenoic (DHA) acids on Paraquat intoxication in Drosophila melanogaster
- Sepsis-induced encephalopathy impairs descending nociceptive pathways in rats
- Experimental sepsis induces sustained inflammation and acetylcholinesterase activity impairment in the hypothalamus
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