Análise acústica e auditiva das vozes de crianças infectadas pelo HIV (2016)
- Authors:
- Autor USP: SILVERIO, KELLY CRISTINA ALVES - FOB
- Unidade: FOB
- Subjects: ACÚSTICA; CRIANÇAS; VOZ; INFECÇÕES POR HIV
- Language: Português
- Abstract: Introdução: A epidemia do HIV se mantém como um dos principais problemas de saúde pública do mundo, e tem como principal consequência o dano ao sistema imunológico. A avaliação médica de rotina inclui o exame de cavidade orofaríngea e do sistema nervoso, frequentemente acometidos. Quanto às manifestações em região de cabeça e pescoço destacamse as infecções de faringe e laringe, candidíase orofaríngea e laríngea, estridor laríngeo e Sarcoma de Kaposi em vias aéreas superiores. Tais alterações podem acometer a voz, sendo esta pouco descrita na população pediátrica. OBJETIVO: Comparar parâmetros vocais e acústicos de crianças infectadas e não infectadas pelo HIV. MÉTODOS: Foram analisadas amostras da vogal sustentada /e/ de 74 crianças entre 6 e 11 anos, divididas em dois grupos: 37 crianças infectadas pelo HIV (GHIV) e 37 crianças não infectadas pelo HIV (Grupo Controle=GC), pareadas por idade e sexo. Todas as crianças eram prépúberes pelos Critérios de Tanner (MS, 2014). As crianças tiveram suas vozes gravadas em notebook Acer, por meio do programa VoxMetria 5.1 e microfone unidirecional Headset Plantronics®. A coleta de dados do GHIV foi realizada em ambulatório de infectologia pediátrica e do GC em ambulatório de dermatologia pediátrica, no período de 2014 a 2015. A avaliação acústica constou da análise da distribuição da amostra vocal no Diagrama de Desvio Fonatório (DDF). Para a análise perceptivoauditiva foi utilizada a escala analógico visual (EAV) de 100 pontos, transformada em escala numérica de 4 pontos (0ausência de desvio e 4desvio intenso), com o objetivo de avaliar o desvio geral da qualidade vocal. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da instituição de origem sob o número 122.746RESULTADOS: Quanto à distribuição das amostras vocais no DDF, não houve diferença significante em relação aos grupos GHIV e GC; a maioria das crianças localizouse na área de normalidade estabelecida pelo programa (GHIV: 23, 62,1%; GC: 26, 70,2%; p=0,62); ambos os grupos apresentaram distribuição de densidade ampliada (GHIV: 36, 97,2%; GC: 34, 91,8%; p=0,61), forma vertical (GHIV: 26, 70,2%; GC: 22, 59,4; p=0,57) e localizaramse no quadrante 1 (GHIV: 26, 70,2%; GC: 29, 78,3%; p=0,68). Em relação à análise auditiva, a maioria das crianças foi avaliada como apresentando vozes sem desvio, grau 0 na escala numérica (GHIV: 30, 81%; GC: 33, 89,1%; p=0,62). CONCLUSÃO: A análise acústica e auditiva de crianças infectadas pelo vírus HIV é semelhante às mesmas análises de crianças não infectadas. A distribuição das amostras vocais no diagrama de desvio fonatório corresponde à distribuição de vozes sem desvio, localizadas na área de normalidade. Quanto à análise auditiva as vozes foram avaliadas como sendo adaptadas para a idade
- Imprenta:
- Publisher: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
- Publisher place: São Paulo
- Date published: 2016
- Source:
- Título: Anais
- Conference titles: Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia
-
ABNT
PEREIRA, E. C. et al. Análise acústica e auditiva das vozes de crianças infectadas pelo HIV. 2016, Anais.. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2016. . Acesso em: 02 dez. 2025. -
APA
Pereira, E. C., Rodrigues, C. O., Silvério, K. C. A., Madazio, G., & Behlau, M. (2016). Análise acústica e auditiva das vozes de crianças infectadas pelo HIV. In Anais. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. -
NLM
Pereira EC, Rodrigues CO, Silvério KCA, Madazio G, Behlau M. Análise acústica e auditiva das vozes de crianças infectadas pelo HIV. Anais. 2016 ;[citado 2025 dez. 02 ] -
Vancouver
Pereira EC, Rodrigues CO, Silvério KCA, Madazio G, Behlau M. Análise acústica e auditiva das vozes de crianças infectadas pelo HIV. Anais. 2016 ;[citado 2025 dez. 02 ] - USP de Bauru seleciona voluntárias para projeto de reabilitação vocal em Bauru [Entrevista]
- Análises perceptivo-auditiva e acústica das vozes de crianças infectadas pelo HIV
- Eletroestimulação como recurso terapêutico na clínica vocal
- Vozes de crianças infectadas pelo HIV
- Há relação de hábitos orais deletérios com a tipologia facial e a oclusão dentária?
- Efeito imediato de técnicas vocais em mulheres sem queixa vocal
- Relação de escolaridade, faixa etária e profissão de mães com a oferta de chupeta e mamadeira a seus filhos
- Videofluoroscopic evaluation of mastication and swallowing in individuals with TMD
- Uso da eletroestimulação na clínica fonoaudiológica: uma revisão integrativa da literatura
- Dor musculoesquelética em professores disfônicos e não disfônicos
How to cite
A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas
