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Papel dos sitemas serotoninérgico e noradrenérgico do Núcleo Mediano da Rafe no desenvolvimento de tolerância ao estresse crônico (2016)

  • Autores:
  • Autor USP: SANTOS, ADRIANA COLSERA PEREIRA DOS - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 594
  • Assuntos: DEPRESSÃO; ESTRESSE; FÁRMACOS
  • Idioma: Português
  • Resumo: A exposição repetida a um mesmo estressor leva ao desenvolvimento de tolerância ao estresse, o que parece envolver o sistema serotoninérgico que parte do Núcleo Mediano da Ral`e (NMnR) em direção ao Hipocampo Dorsal (HD). A lesão dos ncuronios serotoninérgicos do NMnR prejudica o desenvolvimento de tolerância ao estresse repetido efeito atenuado pelo tratamento com Imipramina (bloqueados não seletivo da recaptação de serotonina e noradrenalina). Entretanto. nao fica claro se os efeitos observados devem-se ao papel do sistema serotoninérgico ou noradrenérgico. Portanto este estudo teve o objetivo de investigar os efeitos comportamentais no labirinto em cruz elevado (LC E) do tratamento crônico com desipramina ( DES I, bloqueador seletivo de recaptaçao de noradrenalina) ou fluoxetina (FLX, bloqueador seletivo da recaptação de serotonina) em ratos com lesão dos neurónios serotoninérgicos do NMnR submetidos ao estresse crônico repetido. Para tanto, Ratos Wistar com lesao ou não dos neurónios serotoninérgicos do NMnR foram submetidos ou não ao estresse de restrição agudo (2 horas/ 1 dia) ou crônico (2 horas/dia/7 dias) e testados no LCE. Estes animais receberam duas injeções com intervalo de 12 horas cada de FLX (10 mg/Kg) ou DFSI (10 ing/Kg) ou salina ( I mL/Kg) por 7 dias consecutivos para o tratamento crônico, ou no último dia de restrição 24 horas antes do LCE para o tratamento agudo. O LHE foi realizado 24 horas depois do tratamento. Os animais foram perfundidos e seus encéfalos crioportegidos para a realização da imunohistoquímica para serotonina para detecção de neurónios serotonérgicos no NMnR ou seus hipocampos e estriados l`oram dissecados c preparados para dosagem de noradrenalina (NA). serotonina (5-HT) e seu metabólito (5HIIA) em HPLC. Os dados foram expressos em média+ erro padrão da média da porcentagem de frequência (%FA) e tempo (%I(%I'A) despendido nos braços abertos e frequência de entrada nos braços fechados (FF) dos animais ou ngimg de tecido para analise neuroquímica. Os animais que receberam o tratamento agudo ou crônico foram analisados separadamente por MANOVA seguida do pós- teste de Duncan separados também por condição (SEM ESTRFSSE, ESTRESSE AGUDO E ESTRESSE CRÔNICO). considerando os fatores lesão (LESÃO ou VEICULO) e fármaco (SAI. DESI ou FLX) e p<0005 como significativo. Este estudo foi aprovado pela CEUA PUSP-RP' (12.1.354.53.1). Somente foram observadas diferenças na condição SEM ESTRESSE, para o tratamento agudo foram observadas diferenças em LESÃO [%FA 91.66=5,14; p,0,050, 5TA 9F1,66=4,98; p,0,005]. FÁRMACO [%TA F2,66=7,57;p,0,05)] e interação LESÃO X FÁRMACO [%FA (F2,66=6,67; p<0,05)], FÁRMACO (2,66=6,67; p<0,05)], com diminuição da %FA dos animais LESÃO+SAL (25,8=5,2) e CONTRO[ F+DESI (i 31.9+2,8) em relaçao ao grupo CONTROLE+SAL (46,5=3,7). A FL X promoveu aumento da %TA (CONTROI E+FLX=31=3) em relação ao aos demais controics (SAL=15,6=1,3: DESI=20,5+2,99) e aos lesionados (SAL=15,4+3: DESI=17.5+2.9: FLX=20+2,9) sugerindo um eleito tipo ansiolítico. No ESTRESSE AGUDO para o tratamento crônico foram observadas dil`erenças na %FA [LESÃO FF1,66=5.77: P<() 05) e FÁRMACO (F2,66=6,93; P<0,005) e %TA [FÁRMACO (F2,66=5,32;P<0.05) evidenciando o aumento da %FA em CONTROLE+DESI (36,5+4,2), LESÃO+L)ESI (41.3=3.6) e LESÃO+FLX (39,213) se comparados ao CONTROLE+SAI (21.6=3) e %TA do grupo LESÃO+DESI (20,2+3) comparado ao CONTROLE SAL (7,6=1). No ESTRESSE CRÔNICO observou-se diferenças em %TA [LESÃO (F1,66=15,3 p<0.05) e LESÃO X FÁRMACO (F,2,66=4,27; p<0,05)], com aumento significativo na %TA (F, 66=4,85: p<0,05) dos grupos lesionados DESI (28,5+3,9) e FLX (28 SI6.1 ) em relação aos controles DESI (10,5+1,8) e FLX (10,3+2,3). No tratamentocrônico foram observadas dil`erenças em LESÃO X FÁRMACO [%FA (F2,66=5,96: p<0,05), %'TA (F2,66=10,7; p<O OS)] com diminuição da %FA de LESAO SAL (22,7=3) se comparado ao CONTROLE-SAL (31.1=3.2) e o tratamento com FLX promoveu aumento da %FA no grupo LESÃO+FLX (40,2= 2,1) comparado aos LESÃO+SAL (22,723) e CONTROLE+FLX (27,2~ 2). Também houve aumento da %TA (Fé 66=4 SÃ p<0,05) em LESÃO+DESI (18,2+1,8) e LESÃO+FLX (19 D2.6) se comparados ao grupo LESÃO+SAL, (7,4=1,7) e diminuição deste parâmetro se compararmos ao CONTROLE+SAL ( 17.3=2). A análise neuroquímica do tratamento crônico nao revelou diferenças dos niveis de monoaminas no Estriado, bem como nos níveis de noradrenalina no Hipocampo e de todas as variaveis no ESTRESSE CRÔNICO. Para a condição SEM ESTRESSE a MANOVA indicou diferença em LESÃO [5-HT (F1,35=37.9; p<0.05), [5-l IIIA (F1,35=27,3; p<0,05)] e interação LESÃO e Fármaco [5-HIIA ( F2,35=7. 17; P<O,O5) com diminuição de 5-HT nos grupos lesionados (F, 35=9,1 1; pcO.05) se comparados a todos os controles. Em LESÃO+FLX (0,09+0,04) também houve diminuição dos niveis de 5-HIIA (F5,35=8.33: p<0.()5) quando comparado aos demais grupos e o grupo CONTROLE+FLX (0.56 = 0.07) apresentou aumento de 5-HIIA (F5,35=8.33; p<0.05) se comparado ao CONTROLE+SAL (0,34+(),05). Na condição ESPRESSE AGUDO houve diferenças em LESÃO [5-HT (F1,36=9,14; p<0.05), 5-HIIA (F, 36=9.14; p<O.05), 5-HIIA/5-HT (F, 36=8,82; P<0,05)] com diminuição dos níveis de 5-HT nos grupos lesionados (SAL=0,12=0,07. DESI=0,12=5,36, independente do tratamento (F5,36=2,65; p<0.()5) se comparados aos grupos controles (SAL=0.38~0,05) e diminuição de 5-HIIA (F5,36=3.19; p<O,05) e 5-HIIA/5-llT (F5,36=2,47; p<0.05) no grupo LESÃO+ DESI= (0,06+0,03) se comparado aos grupos controles (0,19+0,02). Portanto o tratamento crônico coma DESI foi mais eficaz em prevenir os efeitos do estresse agudo no LC`E. ressaltando o papel da noradrenalina, enquanto a FLX foi mais eficaz em atenuar os efeitos da lesão no estresse crônico, permitindo aos animais desenvolver tolerancia ao estresse repetido sem, no entanto, alterar os níveis de NA, 5-HT c 5-HIIA no Hipocampo. Em conclusão na ausência dos neurônios serotonérgicos do NMnR o tratamento crônico com DESI e FLX foi capaz de atenuar os eleitos do estresse crônico e, neste caso a integridade da via NMnR- lIipocampo não foi essencial para os eí`eitos antidepressivos destes fármacos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 13.09.2016

  • Como citar
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    • ABNT

      SANTOS, Adriana Colsera Pereira dos. Papel dos sitemas serotoninérgico e noradrenérgico do Núcleo Mediano da Rafe no desenvolvimento de tolerância ao estresse crônico. 2016. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2016. . Acesso em: 30 set. 2024.
    • APA

      Santos, A. C. P. dos. (2016). Papel dos sitemas serotoninérgico e noradrenérgico do Núcleo Mediano da Rafe no desenvolvimento de tolerância ao estresse crônico (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Santos ACP dos. Papel dos sitemas serotoninérgico e noradrenérgico do Núcleo Mediano da Rafe no desenvolvimento de tolerância ao estresse crônico. 2016 ;[citado 2024 set. 30 ]
    • Vancouver

      Santos ACP dos. Papel dos sitemas serotoninérgico e noradrenérgico do Núcleo Mediano da Rafe no desenvolvimento de tolerância ao estresse crônico. 2016 ;[citado 2024 set. 30 ]


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