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Efeito da miostatina no metabolismo proteico em diferentes tipos de fibras musculares de roedores (2015)

  • Authors:
  • Autor USP: MANFREDI, LEANDRO HENRIQUE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RFI
  • Subjects: PROTEÍNAS MUSCULARES; MÚSCULO ESQUELÉTICO; METABOLISMO DE PROTEÍNA; ATROFIA MUSCULAR
  • Language: Português
  • Abstract: A miostatina é uma proteína identificada em 1997 por Se-in Lee e colaboradores que pertence à família dos fatores de crescimento de transformação β. Ela é expressa em grande quantidade no tecido muscular esquelético e em menores proporções no tecido cardíaco e adiposo. A deleção gênica da miostatina mostrou que ela tem um papel importante na regulação da musculatura esquelética, uma vez que animais nocaute para esta proteína apresentam um notório crescimento muscular. Sabe-se que o balanço entre os processos de síntese e degradação proteica é responsável pela manutenção da massa muscular esquelética e cardíaca. A miostatina pode estar envolvida tanto na inibição da síntese quanto no aumento da degradação de proteínas em músculos esqueléticos e/ou cardíacos, apesar de não haver um consenso no papel da miostatina interferindo nestes dois processos. O efeito na síntese e/ou na proteólise seriam parcialmente explicados pelo fato da miostatina impedir a fosforilação da Akt, proteína-chave na via de sinalização intracelular da insulina e responsável pelos efeitos deste hormônio na regulação do metabolismo de proteínas. Já se sabe, entretanto, que a miostatina deflagra uma série de eventos deletérios na fibra muscular, como por exemplo, a mitofagia. Acredita-se que a miostatina esteja envolvida em várias condições de atrofia muscular, como a caquexia induzida pelo câncer, distrofia de Duchenne, atrofia induzida por glicocorticóides, infarto do miocárdio, entre outros. Apesar do aumento da expressão da miostatina nestes quadros atróficos, ainda fica difícil compreender a extensão e o grau de participação desta proteína na instalação e progressão do quadro atrófico. No intuito de compreender melhor os efeitos da miostatina, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos diretos da miostatina nos processos metabólicos de síntese e degradaçãoproteicos em diferentes tipos de fibras musculares, assim como identificar os mecanismos envolvidos. Em músculos soleus de ratos, a miostatina aumentou a degradação de proteínas, sem alterar a síntese. Por outro lado, em músculos EDL e em linhagens de células C2C12 foi observada uma redução tanto na proteólise quanto na síntese. Em cardiomiócitos, a miostatina foi capaz de aumentar a proteólise e reduzir a síntese proteica. Esses resultados mostram que, dependendo do tipo de fibra muscular, a miostatina pode exercer seus efeitos atróficos atuando somente no aumento da proteólise ou em ambos os processos de síntese e degradação de proteínas. Um outro aspecto recém descoberto que tem sido um dos fatores principais para atrofia mediada pela miostatina é a perda tanto da função quanto do número de mitocôndrias na célula muscular. Nos últimos anos, a função da GRK2 tem sido limitada a dessensibilizar GPCR e a maioria dos estudos tem sido voltados para o coração, que possui uma atividade simpática pronunciada. No entanto, descobertas recentes têm atribuído a esta quinase um papel importante na biogênese e função mitocondrial. Esta proteína pode localizar-se dentro da mitocôndria e estimular a síntese de ATP. Apesar destas novas descobertas, o papel da GRK2 permanece pouco compreendido, especialmente no músculo esquelético. Como a miostatina leva à perda da função e do número de mitocôndrias e a GRK2 teria uma ação contrária, isto é, protegendo esta organela, este estudo buscou uma relação entre o excesso de miostatina e a função da GRK2 neste cenário. A miostatina leva a uma redução do conteúdo da GRK2 por meio da ativação da SMAD3 e do sistema dependente de ubiquitina e proteassoma. A superexpressão da GRK2 não é suficiente para recuperar os efeitos deletérios da miostatina sobre a mitocôndria, apesar de uma melhoria ter sido observada em células controle.No entanto, células que superexpressam a GRK2 e incubadas na presença da miostatina apresentam um aumento da expressão de genes da cadeia de transporte de elétrons e uma redução da mitofagia que se encontra aumentada. Estes dados podem sugerir que a GRK2 tem uma ação compensatória, apesar de não influenciar positivamente na função mitocondrial
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 22.09.2015

  • How to cite
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    • ABNT

      MANFREDI, Leandro Henrique. Efeito da miostatina no metabolismo proteico em diferentes tipos de fibras musculares de roedores. 2015. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. . Acesso em: 09 out. 2024.
    • APA

      Manfredi, L. H. (2015). Efeito da miostatina no metabolismo proteico em diferentes tipos de fibras musculares de roedores (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Manfredi LH. Efeito da miostatina no metabolismo proteico em diferentes tipos de fibras musculares de roedores. 2015 ;[citado 2024 out. 09 ]
    • Vancouver

      Manfredi LH. Efeito da miostatina no metabolismo proteico em diferentes tipos de fibras musculares de roedores. 2015 ;[citado 2024 out. 09 ]


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