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Efeito da exposição ao frio no metabolismo de proteínas em músculos esqueléticos de ratos (2011)

  • Authors:
  • Autor USP: MANFREDI, LEANDRO HENRIQUE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RFI
  • Subjects: MÚSCULO ESQUELÉTICO; METABOLISMO DE PROTEÍNA; CATECOLAMINAS; BAIXA TEMPERATURA
  • Language: Português
  • Abstract: Trabalhos anteriores de nosso laboratório demonstraram que as catecolaminas exercem um tônus inibitório na degradação de proteínas no tecido muscular esquelético de roedores Assim, este trabalho teve por objetivo estudar um modelo “in vivo” em que a atividade do SNS se encontra elevada e, por conseguinte, apresenta um aumento nas concentrações plasmáticas das catecolaminas, a fim de verificar o papel destas moléculas no metabolismo de proteínas em músculo esquelético de rabo. A exposição de ratos machos Wistar (~80g) por 3, 6, 12 e 24 horas ao frio foi o modelo escolhido uma vez que é bem descrito na literatura a hiperativação simpático ocasionada pela exposição de animais homeotérmicos à baixas temperaturas. Além desta alteração, o frio promove no organismo outros ajustes fisiológicos que podem também interferir no metabolismo de proteínas musculares. Ao analisar o perfil hormonal destes animais expostos ao frio, foi observado o aumento nas concentrações plasmáticas de catecolarninas após 3, 6 e 12 horas e, após 24 horas, as concentrações plasmáticas de insulina estavam diminuídas e as de corticosterona e hormônios tireoidianos claramente aumentadas. O estudo da liberação de tirosina para o meio de incubação 'ia vitro" de músculos soleus e extensor digitorum longes (EDL) de animais expostos ao frio mostrou um aumento na degradação de proteínas após 6 horas no soleus e após 12 horas no EDL, sendo que este aumento perdurou em ambos os músculos até 24 horas. Neste último período de exposição, a via dependente de ubiquitina-proteassoma teve sua atividade aumentada tanto no soleus quanto no EDL, mas um aumento proeminente de 3x na atividade do sistema proteolítico dependente de cálcio foi apenas observado no EDL. Este claro aumento da atividade do sistema dependente de cálcio no EDL pode ser atribuído, pelo menos em parte, a um aumento de 98% na expressão da forma autolisadada ‘mü’calpaína após 24 horas de exposição à baixa temperatura. Por outro lado, no soleus, este sistema proteolítico ficou inalterado. O aumento observado de 37% no conteúdo da calpastatina neste músculo, a qual inibe a atividade da calpaína, poderia explicar a ausência de alteração na atividade da via proteolítica dependente de cálcio. Após 24 horas de exposição ao filio, a fosforilação de Akt encontrou-se reduzida em 30% no soleus e 67% no EDL como era esperado devido à queda dos níveis plasmáticos de insulina. A menor fosforilação de Akt neste período repetiu também em uma menor fosforilação de FOXO em ambos os músculos e isso provavelmente levou a .um aumento no conteúdo protéico de MAFbx/Atrogina-1 e MuRF1 em torno de 2 a 3 vezes em ambos os músculos, podendo então explicar a atividade aumentada da via proteolítica dependente de ubiquitina-proteassima. Ainda cirurgia de adrenodemedulacão (ADM) e conseqüente exposição ao frio por 24 horas foi realizada para investigar o papel das catecolaminas neste modelo. Foi interessante o achado do aumento adicional da proteólise no soleus de animais expostos ao frio e submetidos à ADM. A atividade da via dependente de cálcio, que em animais normais expostos ao frio não teve nenhuma alteração, foi a principal responsável pelo aumento adicional na proteólise nos animais ADM e expostos à 4°C. Estes dados reforçam a idéia de que as catecolaminas exercem um tônus inibitório na musculatura esquelética, especialmente em músculos oxidativos, principalmente por inibir a atividade do processo proteolítico dependente de cálcio. A exposição à baixa temperatura por um curto penada promoveu ajustes fisiológicos que culminaram no aumento da degradação de proteínas em músculos esqueléticos de ratos, provavelmente decorrente da ação preponderante dos hormônios catabólicos, como corticosterona e hormônios tireoidianos, embora as catecolaminasparecem ter um papel importante impedindo a perda de proteínas principalmente em músculos oxidativos de ratos submetidos ao frio
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 16.05.2011

  • How to cite
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    • ABNT

      MANFREDI, Leandro Henrique. Efeito da exposição ao frio no metabolismo de proteínas em músculos esqueléticos de ratos. 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. . Acesso em: 28 dez. 2025.
    • APA

      Manfredi, L. H. (2011). Efeito da exposição ao frio no metabolismo de proteínas em músculos esqueléticos de ratos (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Manfredi LH. Efeito da exposição ao frio no metabolismo de proteínas em músculos esqueléticos de ratos. 2011 ;[citado 2025 dez. 28 ]
    • Vancouver

      Manfredi LH. Efeito da exposição ao frio no metabolismo de proteínas em músculos esqueléticos de ratos. 2011 ;[citado 2025 dez. 28 ]


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