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Efeitos de drogas ativadoras da via NO-GMPc nas alterações vasculares associadas à hipertensão experimental 2R1C (2014)

  • Authors:
  • Autor USP: GUIMARÃES, DANIELLE APARECIDA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RFA
  • Subjects: FÁRMACOS (SISTEMA CARDIOVASCULAR); ESTRESSE OXIDATIVO; METALOPROTEINASES
  • Language: Português
  • Abstract: A hipertensão arterial é uma condição clínica caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial (≥140/90 mmHg) que acomete mais de um quarto da população adulta mundial. A causa da hipertensão arterial é bastante heterogênea, e alguns mecanismos moleculares representados pelo estresse oxidativo e aumento da ativação de fatores pró-fibróticos, conjuntamente contribuem para as alterações estruturais e funcionais vasculares observadas durante a hipertensão. As espécies reativas do oxigênio (ERO) funcionam como segundos mensageiros intracelulares e, por exemplo, ativam as metaloproteinases da matriz extracelular (MMPs) e o fator de crescimento transformador (TGF-β), responsáveis pela degradação e deposição dos componentes da matriz extracelular, e subsequente remodelamento vascular. Adicionalmente, o aumento das concentrações de ERO diminui a biodisponibilidade do óxido nítrico (NO) e causa a disfunção endotelial associada à hipertensão. Atualmente, tem sido demonstrado grande interesse clínico nos benefícios cardiovasculares induzidos pelo tratamento com estatinas ou com sildenafil. As estatinas reduzem a produção do colesterol. Já o sildenafil é amplamente utilizado no tratamento da disfunção erétil e é um inibidor de fosfodiesterase (PDE5). Em comum, os dois fármacos produzem similares efeitos benéficos pleiotrópicos em doenças cardiovasculares. Dentre estes efeitos inclui-se: melhoria na função endotelial, redução na pressão arterial, aumento da biodisponibilidade de NO, bem como efeitos antioxidantes. Assim, como a expressão/atividade das MMPs pode ser regulada pelo estresse oxidativo, as hipóteses do estudo são: 1) o tratamento com atorvastatina e o sildenafil reduzem as alterações vasculares provocados pela ativação das MMPs e do estresse oxidativo, ocorridos durante a hipertensão; 2) a associação destas drogas produz efeitosaditivos em relação às suas ações quando administradas isoladamente. Para estudar tais mudanças utilizamos o modelo de hipertensão experimental 2 rins e 1 clipe (2R1C), dependente da ativação do sistema renina-angiotensina. Os animais foram tratados com veículo, atorvastatina (50 mg/kg), sildenafil (45 mg/kg) ou ambos por 8 semanas. A pressão arterial sistólica foi aferida por pletismografia de cauda. Anéis de aorta foram isolados para avaliar o relaxamento dependente e independente do endotélio. As concentrações de nitrito na aorta e no plasma foram determinadas por quimioluminescência. Por meio dos parâmetros área de secção transversal e média/lúmen, foi avaliado o remodelamento vascular. Os níveis de MMP-2 foram avaliados por zimografia in situ e em gel, western blot e imunofluorescência. Os níveis de TGF-β foram avaliados por imunofluorescência. O estresse oxidativo foi avaliado tanto no plasma quanto na aorta por diferentes técnicas. Foi determinado o efeito das drogas sobre a proliferação de células musculares lisas. Os tratamentos exerceram efeito antihipertensivo e reverteram a disfunção endotelial e o remodelamento vascular induzidos pela hipertensão 2R1C, bem como a proliferação celular. Os animais tratados com atorvastatina ou com a combinação, apresentaram maiores concentrações de nitrito na aorta e no plasma em relação aos animais controles. O sildenafil não elevou as concentrações de nitrito. Houve aumento dos níveis, atividade e expressão da MMP-2 na aorta dos animais hipertensos e os tratamentos atenuaram estes parâmetros. Esta redução parece não ser um efeito sobre a MMP-2, pois as drogas não inibiram diretamente a atividade da MMP-2 recombinante humana. Os níveis de TGF-β estavam elevados nos animais 2R1C veículo em relação aos controles, e a atorvastatina, o sildenafil e a associação reduziram estes efeitos. Os tratamentos ainda atenuaramas concentrações de ERO nas aortas e no plasma dos animais 2R1C. Desta forma, concluímos que os efeitos antioxidantes produzidos pela atorvastatina e pelo sildenafil, bem como pela associação dos mesmos, podem inibir a ativação das MMPs e do TGF-β, durante a hipertensão 2R1C, prevenindo assim o remodelamento vascular observado. A atorvastatina, mas não o sildenafil, é capaz de elevar os estoques de nitrito, embora ambas as drogas melhorem a função vascular. A associação de ambas as drogas não produziu efeitos aditivos quando comparada com os tratamentos de cada droga administrada separadamente.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 25.11.2014

  • How to cite
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    • ABNT

      GUIMARÃES, Danielle Aparecida. Efeitos de drogas ativadoras da via NO-GMPc nas alterações vasculares associadas à hipertensão experimental 2R1C. 2014. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014. . Acesso em: 03 out. 2024.
    • APA

      Guimarães, D. A. (2014). Efeitos de drogas ativadoras da via NO-GMPc nas alterações vasculares associadas à hipertensão experimental 2R1C (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Guimarães DA. Efeitos de drogas ativadoras da via NO-GMPc nas alterações vasculares associadas à hipertensão experimental 2R1C. 2014 ;[citado 2024 out. 03 ]
    • Vancouver

      Guimarães DA. Efeitos de drogas ativadoras da via NO-GMPc nas alterações vasculares associadas à hipertensão experimental 2R1C. 2014 ;[citado 2024 out. 03 ]


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