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Atividade antiepiléptica e neuroprotetora da Parawixina2, toxina inibidora da recaptação de GABA, isolada da aranha Parawixia bistriata, no modelo Lítio-Pilocarpina de Epilepsia do Lobo Temporal (2014)

  • Authors:
  • Autor USP: GODOY, LÍVEA DORNÉLA - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 592
  • Subjects: ARANHAS; VENENOS DE ORIGEM ANIMAL; ANTICONVULSIVANTES; NEUROFARMACOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: A epilepsia do lobo temporal (ELT) acomete cerca de 30% dos pacientes com diagnóstico de epilepsia, sendo o tipo mais comum da doença e o que mais apresenta casos refratários. Desta forma, há uma necessidade de se buscar novas alternativas terapêuticas para o tratamento da ELT, assim como um melhor entendimento das disfunções neurológicas decorrentes desta. Neste contexto, venenos de artrópodes são fontes alternativas de compostos seletivos e específicos para sítios do tecido nervoso. À luz destes fatos, da peçonha da aranha Parawixia bistriata, foi isolada a Parawixina2, a qual atua inibindo o transporte de GABA e de glicina. Demonstrou-se que a Parawixina2 é anticonvulsivante contra crises induzidas por diversos convulsivantes químicos, com bons índices terapêuticos e, além disso, apresenta efeitos ansiolíticos. Com base na potencialidade farmacológica da Parawixina2, objetivamos estudar a atividade neuroprotetora e antiepilética dessa molécula em ratos submetidos ao modelo de ELT experimental com líto-pilocarpina na fase crônica. Este modelo além de mimetizar as características histopatológicas da ELT obervadas em pacientes humanos, é caracterizado pelas três fases comportamentais características deste tipo de epilepsia. Ratos Wistar receberam uma injeção i.p de cloreto de lítio l8 horas antes de receberem uma dose i.p. de hidrocloreto de pilocarpina para indução do SE. No período de 53-55 dias após o SE, foi realizada cirurgia esterotáxica para implantação de eletrodos, para monitoramento eletroencefalográfico do hipocampo e córtex entorrinal, e cânula-guia no vetrículo lateral, para administração dos tratamentos. Após um período de 60 dias a partir da indução do SE, durante o período de Crises Recorrentes Espontâneas (CRE), foi realizado o tratamento por 10 dias por via i.c.v. com o Veículo, a Parawixina2 (0,86 µM) ou Tiagabina (6,4 µM). Durante esteperíodo, também foi realizado o monitoramento eletroencefalográfico e foram avaliadas a frequência, severidade e duração das CRE. Após este período (70 dias após o SE), os animais foram eutanasiados e alterações morfológicas no hipocampo foram avaliadas pelos métodos de Nissl (quantificação neuronial) e Fluoro-Jade C (neurónios em processo de morte celular), além da imunomarcação com Parvalbumina (importante subclasse de interneurônios inibitórios). Foi observada redução na frequência e na severidade das CRE em ratos com a Parawixina2. Também houve redução significativa da perda neuronial dos animais tratados com Parawixina2 nas regiões de CA3 e hilus, e na avaliação pela técnica de Fluoro-Jade C houve uma redução significativa de células imunoreativas também no hilus. Além disso, observou-se que os animais que receberam tratamento com a Parawixina2 apresentaram células Parvalbumina positivas com uma morfologia melhor preservada em comparação com os outros grupos que foram subemtidos ao SE. A Parawixina2, exerce um promissor efeito neuroprotetor e anticonvulsivante, provavelmente através da inibição não seletiva dos transportadores de GABA. Sobretudo, alterações nos circuitos GABAérgicos que surgem no tecido epiléptico têm grande contribuição na geração de atividade epileptiforme. Os potenciais efeitos farmacológicos da Parawixina2 como inibidora da recaptação do neurotransmissor GABA, somados a sua atividade anticonvulsivante e neuroprotetora, tornam esse composto uma ferramenta promissora em pesquisas em neurociências. Nesse sentido, o estudo da Parawixina2 em modelos de ELT pode proporcionar a descoberta de um novo fármaco antiepiléptico contra danos neurais causados por processos epilépticos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 14.02.2014

  • How to cite
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    • ABNT

      GODOY, Lívea Dornela. Atividade antiepiléptica e neuroprotetora da Parawixina2, toxina inibidora da recaptação de GABA, isolada da aranha Parawixia bistriata, no modelo Lítio-Pilocarpina de Epilepsia do Lobo Temporal. 2014. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014. . Acesso em: 27 dez. 2025.
    • APA

      Godoy, L. D. (2014). Atividade antiepiléptica e neuroprotetora da Parawixina2, toxina inibidora da recaptação de GABA, isolada da aranha Parawixia bistriata, no modelo Lítio-Pilocarpina de Epilepsia do Lobo Temporal (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Godoy LD. Atividade antiepiléptica e neuroprotetora da Parawixina2, toxina inibidora da recaptação de GABA, isolada da aranha Parawixia bistriata, no modelo Lítio-Pilocarpina de Epilepsia do Lobo Temporal. 2014 ;[citado 2025 dez. 27 ]
    • Vancouver

      Godoy LD. Atividade antiepiléptica e neuroprotetora da Parawixina2, toxina inibidora da recaptação de GABA, isolada da aranha Parawixia bistriata, no modelo Lítio-Pilocarpina de Epilepsia do Lobo Temporal. 2014 ;[citado 2025 dez. 27 ]


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