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Comportamento da pressão arterial como indicador de estresse entre profissionais de enfermagem atuantes em Centro de Terapia Intensiva (2013)

  • Authors:
  • Autor USP: GIRÃO, FERNANDA BERCHELLI - EERP
  • Unidade: EERP
  • Sigla do Departamento: ERG
  • Subjects: PRESSÃO SANGUÍNEA; EQUIPE DE ENFERMAGEM
  • Keywords: Arterial pressure; Equipe de enfermagem; Estresse fisiológico; Nursing; Physiological Stress; Team
  • Language: Português
  • Abstract: O estresse é entendido como o produto da relação do homem com o meio ambiente. Um evento estressor pode desencadear um conjunto de reações fisiológicas capazes de levar ao desequilíbrio do organismo. Os serviços de saúde proporcionam condições de trabalho reconhecidamente tensiógenas. O trabalho da equipe de enfermagem em Centro de Terapia Intensiva se revela potencialmente estressante e os profissionais podem apresentar risco acentuado para sofrer desgastes biopsíquicos, com alteração de parâmetros fisiológicos e consequente elevação tensional. A detecção das variações de pressão arterial e de outros parâmetros hemodinâmicos ao longo dos períodos de trabalho e de descanso pode ser de extrema valia na detecção do risco cardiovascular nesta população. Este estudo de abordagem quantitativa, do tipo descritivo e transversal, teve por objetivo identificar o efeito do estresse laboral sobre o comportamento da pressão arterial de profissionais de enfermagem atuantes em um Centro de Terapia Intensiva por meio da avaliação de parâmetros clínicos obtidos pela Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial. Fizeram parte da amostra os integrantes da equipe de enfermagem lotados no Centro de Terapia Intensiva de um hospital do interior paulista. As variáveis investigadas foram: idade, gênero, cor da pele, escolaridade, situação familiar conjugal, profissão, ocupação, peso, estatura, circunferência abdominal, carga pressórica, média pressórica, pressões arteriais máximas e mínimas, frequência cardíaca, pressão de pulso e estresse percebido. A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial foi realizada em dois momentos, sendo feito um exame no período de descanso e outro no período do trabalho. A frequência de estresse auto-referido foi verificada por meio da utilização da Escala Visual de Faces, nos períodos de trabalho e descanso. As análises descritivas, comcálculo de frequências absolutas e porcentagens, foram realizadas por meio do pacote estatístico Statistical Package for Social Science - SPSS, versão 15.0. Foi utilizado o teste de Wilcoxon para amostras pareadas. Os resultados foram expressos como médias ± erros padrões das médias (EPM) e as diferenças consideradas estatisticamente significantes para p<0,05. A coleta de dados foi realizada no período de agosto a outubro de 2012. Participaram do estudo 14 integrantes da equipe de enfermagem (28,6% enfermeiros, 21,4% técnicos de enfermagem e 50% auxiliares de enfermagem). A média de idade dos participantes foi igual a 33,14 ± 1,83 anos. O tempo de formação profissional foi de 9,14 ± 1,80 anos e o tempo de atuação em Centro de Terapia Intensiva igual a 6,09 ± 1,81 anos. A carga horária de trabalho semanal foi equivalente a 34,00 ± 1,50 horas/indivíduo. A média dos valores de Índice de Massa Corporal foi igual a 34,57± 2,19 Kg/m2 . Em relação aos valores de circunferência abdominal, a maioria dos indivíduos foi classificada na categoria "risco substancialmente aumentado", com média de 105,2 ± 7,03 cm. No período de trabalho, observou-se elevação da pressão arterial média, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, frequência cardíaca, pressão arterial sistólica máxima e mínima e pressão arterial diastólica máxima e mínima, com diferença estatisticamente significante (p<0,05) quando os valores foram comparados aos parâmetros obtidos no período de descanso. Sinais positivos de estresse foram referidos apenas no período de trabalho, por 29% dos entrevistados. Os resultados desse estudo evidenciaram que, durante o período de trabalho em Centro de Terapia Intensiva, os profissionais de enfermagem apresentam alterações de parâmetros clínicos e frequência aumentada de sinais positivos de estresse percebido. A elevação dos indicadores clínicos,atrelada ao relato de maior estresse no período de trabalho, sugere que os fatores ambientais são impactantes e amplificam o risco cardiovascular destes trabalhadores
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 28.08.2013
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      GIRÃO, Fernanda Berchelli. Comportamento da pressão arterial como indicador de estresse entre profissionais de enfermagem atuantes em Centro de Terapia Intensiva. 2013. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-14012014-151510/. Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Girão, F. B. (2013). Comportamento da pressão arterial como indicador de estresse entre profissionais de enfermagem atuantes em Centro de Terapia Intensiva (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-14012014-151510/
    • NLM

      Girão FB. Comportamento da pressão arterial como indicador de estresse entre profissionais de enfermagem atuantes em Centro de Terapia Intensiva [Internet]. 2013 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-14012014-151510/
    • Vancouver

      Girão FB. Comportamento da pressão arterial como indicador de estresse entre profissionais de enfermagem atuantes em Centro de Terapia Intensiva [Internet]. 2013 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-14012014-151510/


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