A hiperleptinemia experimental por 7 dias altera a função renal dos ratos (2012)
- Authors:
- Autor USP: SOUZA, MARIA OLIVEIRA DE - ICB
- Unidade: ICB
- Assunto: FISIOLOGIA
- Language: Português
- Abstract: Inicialmente acreditava-se que a leptina era um hormônio anti-obesidade, porém diversos estudos apontam para sua participação no processo de hipertensão arterial associada à obesidade. A leptina exerce seus efeitos no rim de maneira direta e indireta. Sendo assim, o objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da hiperleptinemia induzida sobre a pressão arterial e a função renal. Esses parâmetros serão avaliados também em animais tratados com Losartan, para que possamos avaliar a participação do Sistema Renina-Angiotensina II (SRA). Ratos machos Wistar, com idade de 60 dias foram submetidos à implantação de mini-bombas osmóticas (Alzet, 2ML1) para liberação de leptina (0.5 mg/kg/dia) por 7 dias. O grupo controle foi submetido à cirurgia fictícia e o grupo Losartan receberá a droga por injeção subcutânea diária (10 mg/kg/dia). A pressão arterial foi avaliada através de pletismografia de cauda, antes e após os 7 dias de tratamento. Para avaliação da função renal, os animais foram submetidos ao clearance, através da canulação da artéria carótida para coleta de amostras de sangue, da veia jugular para infusão de inulina e para-aminohipurato de sódio (PAH) e da bexiga para coleta de urina. O ritmo de filtração glomerular (RFG, em ml/min/kg) e o fluxo plasmático renal (FPR, em ml/min/kg) foram avaliados por análises das concentrações plasmáticas e urinárias de inulina e PAH, respectivamente. Foram avaliadas também a carga excretada de amônio (CENH4) por método de ELISA e concentrações plasmáticas e urinárias de Na+ e K+, por fotometria de chama. A expressão protéica será realizada através de Western Blot. CEUA no. 150 nas fls 78 do livro 02.O tratamento por 7 dias com leptina induziu um aumento de 11,8 % na pressão arterial (Controle: 105,5 ± 0,66 vs Leptina: 118,0 ± 1,5*). O grupo tratado com leptina apresentou uma queda no FPR (Controle: 20,99 ± 1,47 vs Leptina: 15,52 ± 1,00*) e um aumento no RFG (Controle: 7,53 ± 0,55 vs Leptina: 9,19 ± 0,59*). Consequentemente, houve um aumento significante na fração de filtração (Controle: 36,21 ± 1,28 % vs Leptina: 59,09 ± 2,46 % *). O fluxo urinário também foi significantemente maior no grupo tratado com leptina (Controle: 0,15 ± 0,01 vs Leptina: 0,22 ± 0,01*), e, concomitantemente, houve aumento de 337% na fração de excreção de Na+. Não houve alteração na CENH4+, bem como na fração de excreção de K+ entre os grupos. As osmolaridades plasmáticas e urinárias também não foram diferentes entre os grupos estudados. O tratamento com leptina deslocou a pressão arterial, porém não induziu hipertensão nos animais tratados por 7 dias. O tratamento com leptina também alterou a função renal, levando a uma queda no FPR e aumento no RFG. Esses dados indicam que a leptina tem ação sobre a hemodinâmica renal. Além disso, o hormônio teve um efeito natriurético, aumentando o fluxo urinário e a fração de excreção de Na+, provavelmente por ação tubular. Assim, os estudos de Western Blot são essenciais para elucidar os transportadores de íons envolvidos neste efeito.
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- Título: Resumos
- Conference titles: Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE)
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ABNT
THIEME, Karina e OLIVEIRA-SOUZA, Maria. A hiperleptinemia experimental por 7 dias altera a função renal dos ratos. 2012, Anais.. São Paulo: FeSBE, 2012. . Acesso em: 11 out. 2024. -
APA
Thieme, K., & Oliveira-Souza, M. (2012). A hiperleptinemia experimental por 7 dias altera a função renal dos ratos. In Resumos. São Paulo: FeSBE. -
NLM
Thieme K, Oliveira-Souza M. A hiperleptinemia experimental por 7 dias altera a função renal dos ratos. Resumos. 2012 ;[citado 2024 out. 11 ] -
Vancouver
Thieme K, Oliveira-Souza M. A hiperleptinemia experimental por 7 dias altera a função renal dos ratos. Resumos. 2012 ;[citado 2024 out. 11 ] - Papel da angiotensina II e da proteína quinase C (PKC) na modulação do PH intracelular (PHI) em células renais
- Papel da proteína Kinase C e do cálcio citosólico na velocidade de extrusão de H+ das células MDCK
- Efeito da glicose sobre a interação entre o SGLT2 (Sodium Glucose Cotransporter-2) e o trocador NA+/H+
- Efeito da hipertensão arterial sobre os mecanismos moduladores da função renal.
- O efeito da angiotensina II (ANG II) sobre a regulação do pH intracelular (pHi) é mediado pela translocação do receptor AT1
- Efeito da angiotensina II na regulação do PHI é mediado pela translocação do receptor AT1
- Alterações renais secundárias à hipertrofia cardíaca induzida por isoproterenol
- A glicose modula a atividade do trocador NA+/H+
- Efeito prolongado da angiotensina II (ANG II) sobre as cascatas de sinalização e internalização do receptor AT1-
- Efeito da angiotensina II e do peptídeo atrial natriurético na modulação do PH intracelular de células mdck, em cultura
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