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Estudo da regulação transcricional do locus roughest de Drosophila melanogaster e caracterização molecular das reversões de seu alelo roughest dominant (‘RST POT. D’) (2010)

  • Authors:
  • Autor USP: MACHADO, MAIARO CABRAL ROSA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RBP
  • Subjects: DROSOPHILA; EXPRESSÃO GÊNICA
  • Language: Português
  • Abstract: A organização das células em uma configuração espacial específica requer adesões celulares seletivas. Durante o desenvolvimento da retina de Drosophila melanogaster as omatídias vizinhas são separadas pelas células interomatidiais (IOCs). A reorganização das IOCs em uma única camada, etapa essencial para a eliminação das células em excesso que permite a emergência do arranjo omatidial extremamente preciso do olho composto adulto, é regulada pela adesão preferencial entre esta e as células pigmentares primarias mediadas pelas proteínas Hibris (Hbs) e Roughest (Rst) através de interações heterofílicas (Bao e Cagan, 2005). Defeitos neste processo resultam em olhos com aparência "rugosa" devido à presença de um maior número de células que desorganizam a estrutura hexagonal extremamente regular das omatídias. Rst é uma proteína transmembranar unipasso da superfamília das imunoglobulinas de Drosophila e membro prototípico do Módulo de Reconhecimento Celular (Irre Cell Recognition Module - IRM), um pequeno grupo de proteínas da superfamília das Imunoglobulinas que incluem também kirre e sns, parálogos de rst e hibris respectivamente, que funcionam em conjunto, frequentemente de maneira funcionalmente redundante, em diversas interações celulares durante o desenvolvimento embrionário e pós-embrionário e apresentam ortólogos desde C. elegans até humanos (Fischbach et al., 2009). Importantes informações sobre as funções do gene roughest (rst) foram obtidas através de estudos de um alelo regulatório semidominante de rst denominado ‘RST POT. D’, cuja mutação está associada a um rearranjo genômico localizado aproximadamente 18-19 kb a montante do putativo sitio de inicio de transcrição do lócus. Este mutante apresenta um atraso na onda de morte celular programada, disparada pela redistribuirão intracelular fisiológico de Rst nas IOCs (Araujo et al, 2003). Um doscomportamentos fenotípicos mais intrigantes deste alelo é a capacidade de reverter o seu fenótipo de olho "rugoso" original para indivíduos com fenótipo de olhos aparentemente normais. A caracterização prévia dos revertantes mostrou que eles têm comportamento genético e molecular diferente. Neste trabalho foi inicialmente realizada uma análise temporal comparativa dos níveis de mRNA dos lóci rst e kirre, por meio de RT-PCR quantitativo, durante o desenvolvimento do olho composto em indivíduos selvagens (C S), no mutante regulatório ‘RST POT. D’ e em seus revertantes (RWTx) com olho selvagem. Em retinas CS e ‘RST POT. D’, a expressão rst aumenta rapidamente atingindo seu pico durante a fase de "cell sorting", quando cai de forma rápida apenas em CS, passando pela fase de morte celular programada com níveis mais baixos. Surpreendentemente, apesar dos RWTXs apresentarem olho selvagem, não existe um resgate da expressão selvagem de mRNA rst. A expressão de mRNA kirre nos RWTXs com olho selvagem varia inversamente à queda da expressão de mRNA rst em cada fase. O aumento de mRNA Erre é visto também em experimentas de silenciamento gênico de rst por RNAi no olho composto. Estes resultados demonstram pela primeira vez uma evidência direta de corregulação entre rst e kirre no olho composto, sugerindo uma redundância regulada póstranscricionalmente. Além disso, foi realizado o perfil de expressão de rst na glândula salivar larval selvagem, que demonstrou um aumento expressivo dos níveis de mRNA rst selvagem após o segundo pico do hormônio ecdisona, 10 horas após a formação do pupário (AFP), atingindo seu pico em 12 horas APF, seguido de uma rápida diminuição em seus níveis em 13 horas AFP. Entretanto, no mutante ‘RST POT. D’, os níveis de mRNA em 13 horas APF estão aumentados em relação aos os níveis selvagens e não foi visto, no revertante selvagem RWT6, nenhumaalteração no padrão de expressão em relação ao selvagem, apesar de permanecerem sempre abaixo. Os níveis de mRNA de kirre na glândula salivar larval selvagem aumentam rapidamente somente após a queda dos níveis de mRNA de roughest, assim como o que foi visto para os níveis de mRNA de kirre na retina em desenvolvimento. Juntos, estes resultados, contribuem para um entendimento mais abrangente dos mecanismos relacionados com a regulação dos genes roughest e kirre durante o desenvolvimento de Drosophila
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.11.2010

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    • ABNT

      MACHADO, Maiaro Cabral Rosa. Estudo da regulação transcricional do locus roughest de Drosophila melanogaster e caracterização molecular das reversões de seu alelo roughest dominant (‘RST POT. D’). 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2010. . Acesso em: 17 out. 2024.
    • APA

      Machado, M. C. R. (2010). Estudo da regulação transcricional do locus roughest de Drosophila melanogaster e caracterização molecular das reversões de seu alelo roughest dominant (‘RST POT. D’) (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Machado MCR. Estudo da regulação transcricional do locus roughest de Drosophila melanogaster e caracterização molecular das reversões de seu alelo roughest dominant (‘RST POT. D’). 2010 ;[citado 2024 out. 17 ]
    • Vancouver

      Machado MCR. Estudo da regulação transcricional do locus roughest de Drosophila melanogaster e caracterização molecular das reversões de seu alelo roughest dominant (‘RST POT. D’). 2010 ;[citado 2024 out. 17 ]


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