Estudo do metabolismo da trealose no fungo termotolerante Rhizopus microsporus var. rhizopodiformis: determinação das propriedades bioquímicas das trealases intracelular e extracelular (2005)
- Authors:
- Autor USP: AQUINO, ANA CARLA MEDEIROS MORATO DE - FFCLRP
- Unidade: FFCLRP
- Sigla do Departamento: 592
- Subjects: BIOQUÍMICA MICROBIANA; BIOLOGIA
- Language: Português
- Abstract: Trealose é um dissacarídeo amplamente difundido entre leveduras e fungos , filamentosos, cuja função é atuar como um carboidrato de reserva e ainda como um açúcar protetor em situações de estresse. É hidrolisado pela trealase, uma enzima altamente específica para o seu substrato. Dois tipos de trealases têm sido descritos: a neutra, com baixa estabilidade térmica, que pode ser ativada por fosforilação via cAMP, responsável pela hidrólise da trealose intracelular; e a ácida, uma glicoproteína de alta estabilidade, não regulatória e responsável pela hidrólise de trealose exógena. O fungo Rhizopus microsporus var. rhizopodijormis apresentou melhor crescimento e produção trealásica em meio complexo, a '40 GRAUS' C, sob agitação, utilizando-se glicose ou trealose como fontes de carbono. Substratos amiláceos também induziram a produção da enzima. A síntese dos dois tipos de trealases (ácida e neutra) foi confirmada e apresentaram pH ótimos de 4,5 e 7,0 e temperatura ótima de '40 GRAUS' C e '50 GRAUS' C, respectivamente. As trealases não apresentaram aparente dependência por ions. A trealase neutra foi inibida por ATP e EDTA e aparentemente não foi ativada por fosforilação dependente de AMPc. Esta trealase foi encontrada preferencialmente na fração intracelular, enquanto que a trealase ácida estava presente no interior da célula, na parede celular e também foi secretada para o meio de cultivo. O fungo acumulou trealose e glicogênio somente durante a esporulação, aqual só ocorreu em tempos longos de crescimento e em condições estacionárias. Observou-se que dependendo do meio de cultivo utilizado o fungo secretou mais de uma trealase ácida extracelular. Após purificação cromatográfica, as trealases ácidas foram denominadas Vg, A1 ou A2, dependendo do meio de cultivo (Vogel ou Adams). As três formas apresentaram temperatura e pH ótimos de '45 GRAUS' C e 4,5, respectivamente. As massas moleculares em SDS-PAGE das ... formas Vg, A1 e A2 foram estimadas em 60, 76 e 64kDa, respectivamente. As massas moleculares em coluna de filtração Sephacryl S-200 foram estimadas em 105, 101 e 118 kDa, para Vg, A1 e A2, respectivamente. Este resultado sugeriu que as trealases ácidas extracelulares eram homodímeros. As trealase provenientes do meio Adams foram mais termoestáveis que Vg. As formas A1, A2 e Vg apresentaram ponto isoelétrico de 6,3,5,9 e 6,7. A constante de Michaelis-Mentem e velocidade máxima para as enzimas purificadas foram, respectivamente, 0,168 mM e 0,731 'mü' moles glicose/min/mg prot para a forma A1, 0,134 mM e 0,2 'mu' moles glicose/min/mg prot para a forma A2 e 0,2 mM e 0,045 'mü' moles glicose/min/mg prot para a forma Vg. O conteúdo de carboidrato foi estimado em 72% para Vg, 50% para A1 e 62% para A2. Quando deglicosilada, a forma V g apresenta uma redução de 33% em sua massa molecular. Imunolocalização utilizando-se anticorpos policlonais produzidos contra a forma A2 demonstrouque essa trealase ácida se dispõe na parede celular/membrana plasmática das hifas e conídios e na porção apical dos tubos germinativos. Experimentos de amplificação do gene da trealase neutra evidenciaram um fragmento de ~600pb, tamanho esperado utilizando-se primers degenerados que foram desenhados em regiões conservadas nas trealases neutras de outros fungos. O sequenciamento e alinhamento deste fragmento com as seqüências conhecidas de trealase neutra demonstraram que a seqüência polipeptídica está deslocada em relação à localização dos primers utilizados na reação de amplificação. Tal resultado não pode ser descartado já e se trata de uma trealase neutra de um fungo termotolerante e que esses organismos possuem enzimas que nem sempre se comportam bioquimicamente e fisiologicamente como as de organismos mesofílicos
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2005
- Data da defesa: 12.05.2005
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ABNT
AQUINO, Ana Carla Medeiros Morato de. Estudo do metabolismo da trealose no fungo termotolerante Rhizopus microsporus var. rhizopodiformis: determinação das propriedades bioquímicas das trealases intracelular e extracelular. 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. . Acesso em: 26 dez. 2025. -
APA
Aquino, A. C. M. M. de. (2005). Estudo do metabolismo da trealose no fungo termotolerante Rhizopus microsporus var. rhizopodiformis: determinação das propriedades bioquímicas das trealases intracelular e extracelular (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Aquino ACMM de. Estudo do metabolismo da trealose no fungo termotolerante Rhizopus microsporus var. rhizopodiformis: determinação das propriedades bioquímicas das trealases intracelular e extracelular. 2005 ;[citado 2025 dez. 26 ] -
Vancouver
Aquino ACMM de. Estudo do metabolismo da trealose no fungo termotolerante Rhizopus microsporus var. rhizopodiformis: determinação das propriedades bioquímicas das trealases intracelular e extracelular. 2005 ;[citado 2025 dez. 26 ] - Purificação e determinação de propriedades bioquímicas das atividades glucoamilase e 'alfa'-Amilase produzidas pelo fungo termofílico Scytalidium thermophilum 15.1
- Purificação e determinação de propriedades bioquímicas das atividades glucoamilase e 'alfa'-amilase produzidas pelo fungo termofílico Scytalidium thermophilum 15.1
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