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Imunoestimulação pela Lectina KM+: efeito sobre o curso da infecção por Paracoccidioides brasiliensis (2002)

  • Authors:
  • Autor USP: COLTRI, KELY CRISTINE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RBP
  • Subjects: PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS; IMUNOLOGIA CELULAR
  • Language: Português
  • Abstract: A lectina KM+, extraída de sementes de jaca (Artocarpus integrifolia), é dotada de interessantes propriedades biológicas, todas exercidas através de seu domínio de reconhecimento de D-manose. Destaca-se a sua capacidade de induzir macrófagos a. produzir IL-12 e, dessa maneira, inverter o padrão de uma resposta imunitária, de Th2 para Th1, gerando uma forma de intervenção na resposta a certos patógenos, como demonstrado na infecção de camundongos BALB/c com Leishmania major (PANUNTO-CASTELO et al., 2001). Fundamentados em tais observações e em dados da literatura demonstrativos que respostas Thl eficientes são requeridas para conferir resistência à infecção por P. brasiliensis (CANO et al., 1998), buscamos avaliar a interferência da administração de KM+ no curso da paracoccidioidomicose (pcm) experimental. Para tanto, grupos de camundongos BALB/c foram injetados por via SC ou IP (3 injeções com intervalos de 10 dias) com 0.5 µg de KM+, associado ou não a 50 µg de preparação de "cell free antigen" (CFA) de leveduras de P. brasiliensis do isolado Pb 18. Grupos adicionais de camundongos receberam injeções de CFA apenas ou de veículo (PBS). Três dias após a última injeção, os camundongos foram intravenosamente infectados com 10(6) leveduras de P. brasiliensis do isolado Pb 18. Decorridos 30 dias de infecção, os animais foram sacrificados e os seguintes parâmetros, analisados: proliferação de células esplênicas, recuperação de unidades formadoras de colônias (CFU) dotecido pulmonar e histopatologia pulmonar. A depressão da resposta proliferativa frente ao estímulo com Con- A, própria da pcm, foi reproduzida em nossos experimentos. Células esplênicas de animais pré-tratados com PBS e infectados incorporaram 63% menos timidina do que as células de animais pré-tratados com KM+. Depressão equivalente (53%) foi verificada nos animais pré-tratados apenas com CFA. Já nos animais pré-tratados com KM+ associada ou não à ) CFA, não se verificou a depressão da resposta proliferativa de células esplênicas; os índices de incorporação de timidina foram próximos aos proporcionados pelas células de camundongos não infectados. A recuperação de CFU do tecido pulmonar foi significativamente menor nos camundongos pré-tratados com KM+, em relação a todos os demais grupos experimentais. A histopatologia pulmonar revelou ausência ou baixa densidade de granulomas (3 por 10 mm2 de tecido) no grupo de animais pré-tratados com apenas KM+, enquanto os demais apresentaram, em média, 22 granulomas/10 mm2 de tecido. Nos pulmões dos animais pré-tratados com CFA, associado ou não a KM+, os granulomas eram coalescentes e circunscreviam grande quantidade de fungos, caracterizando quadro de lesões mais graves do que as observadas nos demais grupos, incluindo aquele constituído de camundongos pré-tratados com veículo. Esse conjunto de observações permite concluir que a lectina KM+ interfere no curso da paracoccidioidomicose experimental, reforçando a idéia deque ela exerça ação estimulante da imunidade celular. Indica, adicionalmente, que a administração de CFA agrava as manifestações da infecção, contrapondo-se ao efeito benéfico exercido por KM+. O presente trabalho reforça a idéia de que a lectina KM+ de sementes de jaca, como agente imunoestimulante, possa proporcionar uma forma de intervenção no sistema imunitário, capaz de tomar resistentes, hospedeiros que são susceptíveis a certos patógenos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.10.2002

  • How to cite
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    • ABNT

      COLTRI, Kely Cristine. Imunoestimulação pela Lectina KM+: efeito sobre o curso da infecção por Paracoccidioides brasiliensis. 2002. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2002. . Acesso em: 19 set. 2024.
    • APA

      Coltri, K. C. (2002). Imunoestimulação pela Lectina KM+: efeito sobre o curso da infecção por Paracoccidioides brasiliensis (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Coltri KC. Imunoestimulação pela Lectina KM+: efeito sobre o curso da infecção por Paracoccidioides brasiliensis. 2002 ;[citado 2024 set. 19 ]
    • Vancouver

      Coltri KC. Imunoestimulação pela Lectina KM+: efeito sobre o curso da infecção por Paracoccidioides brasiliensis. 2002 ;[citado 2024 set. 19 ]


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