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Revisão sistemática e análise cladística dos gêneros Vitalius Lucas, Silva Júnior & Bertani, 1993; Nhandu Lucas, 1981; Proshapalopus Mello-Leitão, 1923 e Eupalaestrus Pocock, 1901 (Araneae, Theraphosidae) (1998)

  • Authors:
  • Autor USP: BERTANI, ROGÉRIO - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIZ
  • Assunto: ZOOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: Os gêneros Vitalius, Nhandu, Proshapalopus e Eupalaestrus são revisados e considerados monofiléticos. Um único cladograma mais parcimonioso, com o comprimento de 87 passos, índice de consistência = 49 e índice de retenção = 75, foi obtido; o qual é expresso a seguir, em linguagem parentética: (( Aphonopelma seemani + Sphaerobothria hoffmani ) (( Cyrtopholis portoricae ( Phormictopus cancerides ( Acanthoscurria geniculata + Acanthoscurria sternalis ))) (( Eupalaestrus campestratus + Eupalaestrus weijenberghi ) (( Proshapalopus nom. nov. 1 ( Proshapalopus anomalus + Proshapalopus multicuspidatus )) (( Lasiodora spp.) ((( Pamphobeteus sp. + Xenesthis immanis) ( Brachypelma emilia + Theraphosa blondi)) (( Nhandu sp. n. 3( Nhandu carapoensis ( Nhandu sp. n. 1 + Nhandu sp. n. 2))) (( Vitalius sp. n. 2) (( Vitalius sorocabae) ( Vitalius wacketi + Vitalius sp. n. 1) ( Vitalius dubius + Vitalius sp. n. 3 ) ( Vitalius sp. n. 4 ( Vitalius vellutinus + Vitalius roseus))))))))))). Foram estabelecidas homologias primárias entre estruturas presentes nos bulbos copuladores em espécies de Theraphosinae e encontrados quatro grupos básicos de quilhas para os quais é proposta a seguinte terminologia: quilha retrolateral inferior superior, para duas quilhas, geralmente paralelas, encontradas na região retrolateral; quilha apical, para a quilha localizada antes do ápice do êmbolo, ventralmente; quilha subapical, para a quilha anterior, contígua à quilha; e quilha prolateral,para a quilha presente na face prolateral, originando-se na região apical e estendendo-se para trás. A utilização da morfologia dos pêlos urticantes em trabalhos de taxonomia depemnde de um maior conhecimento das variações encontradas em cada espécie, uma vez que o tamanho e as proporções entre as diferentes regiões morfológicas desses pêlos variam nas diferentes áreas do abdômen de um mesmo indivíduo. Há um aumento no comprimento total dos pêlos urticantes ) em um mesmo indivíduo, no sentido anterior/posterior e lateral/médio. No entanto, em indivíduos que possuem dois tipos diferentes de pêlos urticantes, cada tipo está segregado a uma àrea distinta do abdômen da aranha. Foi constatado dimorfismo sexual em relação ao tipo de pêlo urticante. Em algumas espécies, os machos possuem pêlos urticantes do tipo I e III e as fêmeas somente do tipo I. Um tipo morfológico intermediário entre os tipos I e III foi encontrado em alguns machos do gênero Vitalius. Ausência de apófises tibiais em machos, apomorfia tradicionalmente considerada de "valor genérico" em Theraphosidae e autapomorfia do gênero Nhandu; é considerada autapomorfia da espécie Hnandu carapoensis. São reconhecidas como novas sete espécies do Brasil: quatro em Vitalius (localidades-tipo: Candói/Mangueirinha, Curitiba e Foz do Iguaçú, no Paraná e Juquitiba, em São Paulo); e três em Nhandu (localidades-tipo: Belém, no Pará; Porto Nacional, no Tocantins; e Alto Paraíso de Goiás, em Goiás). O gêneroProshapalopus Mello-Leitão, 1923 e as espécies Eupalaestrus spinosissimus Mello-Leitão, 1923 são considerados válidos. As seguintes combinações novas são propostas: Lasiodora cristata (Mello-Leitão, 1923); Proshapalopusanomalus Mello-Leitão, 1923; Proshapalopus multicuspidatus (Mello-Leitão, 1929); Proshapalopus nom. nov. 1; Vitalius wacketi (Mello-Leitão, 1923); Vitalius dubius (Mello-Leitão, 1923) e Vitalius vellutinus (Mello-Leitão, 1923). São sinônimos: Eupalaestrus tarsicrassus Bücherl, 1947 e Pamphobeteus Holophaeus Mello-Leitão, 1923, com Eupalaestrus spinosissimus Mello-Leitão, 1923; e Pamphobeteus cesteri Mello-Leitão, 1923 com Vitalius dubius (Mello-Leitão, 1923). Pamphobeteus communis Piza, 1939 é sinônimo-júnior de Vitalius dubius (Mello-leitão, 1923), não de Vitalius sorocabe Mello-Leitão, 1923; Pamphobeteus insularis Mello-Leitão, 1923, Pamphobeteus masculus Piza, 1939 e Pamphobeteus ) litoralis Piza, 1976 são sinônimos-júniores de Vitalius wacketi (Mello-Leitão, 1923), não de Vitalius platyomma (Mello-Leitão, 1923); Pamphobeteus cucullatus Mello-Leitão, 1923, Pamphobeteus urbanicolus Soares, 1941, Pamphobeteus ypirangensis Soares, 1941 e Pamphobeteus mus Piza, 1944 são sinônimos-júniores de Vitalius dubius (Mello-Leitão, 1923), não de Vitalius cesteri (Mello-Leitão, 1923); Pamphobeteus cephalopheus Piza, 1944 é sinônimo-júnior de Vitalius vellutinus (Mello-Leitão, 1923), não de Vitalius roseus (Mello-Leitão, 1923). As fêmeas das espécies Proshapalopusanomalus Mello-Leitão, 1923, Proshapalopus multicuspidatus (Mello-Leitão, 1929), Proshapalopus nom. nov. 1 e o macho da espécie Vitalius roseus (Mello-Leitão, 1923), são descritos. São consideradas "species inquirenda": Lasiodora benedenii Bertkau, 1880; Pamphobeteus rondoniensis Mello-Leitão, 1923; Pamphobeteus tetracanthus Mello-Leitão, 1923; Pamphobeteus exsul Mello-Leitão, 1923; Pamphobeteus platymma Mello-Leitão, 1923, Pamphobeteus piracicabensis Piza, 1933 e Proshapalopus variegatus Di Caporiacco, 1955. São apresentadas chaves para a identificação de Gêneros e espécies. As espécies estudadas apresentam alto grau de endemismo. São consideradas áreas de endemismo: Áreas florestadas: o extremo nordeste do Pará em conjunto com o noroeste do Maranhão; o vale do rio Araguaia, do Mato Grosso do Sul ao Sul do Pará; o norte do estado de Mato Grosso em conjunto com o sul do Pará; a floresta Atlântica do sul da Bahia até a Paraíba; a região serrana, do sul do Rio de Janeiro ao rio Doce, no Espírito Santo, incluindo o extremo leste do estado de Minas Gerais; o planalto ocidental do estado de São Paulo; a serra da Mantiqueira; a serra de Paranapiacaba; a região litorânea, do sul do Rio de Janeiro ao sul de Santa Catarina; o norte e noroeste do Paraná; o centro-sul do Paraná em conjunto com o centro-sul do estado de Santa Catarina; ) o centro-oeste do Rio Grande do Sul. Áreas abertas: o norte do estado de Goiás; a depressão periférica da borda leste da bacia doParaná; o Mato Grosso do Sul, extremo sul do Mato Grosso, pequenas áreas de cerrado de São Paulo e o Paraguai, podendo ainda ser incluídas pequenas áreas abertas dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; o Uruguai, o extremo sudoeste do Rio Grande do Sul e o nordeste da Argentina
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.05.1998

  • How to cite
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    • ABNT

      BERTANI, Rogério. Revisão sistemática e análise cladística dos gêneros Vitalius Lucas, Silva Júnior & Bertani, 1993; Nhandu Lucas, 1981; Proshapalopus Mello-Leitão, 1923 e Eupalaestrus Pocock, 1901 (Araneae, Theraphosidae). 1998. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. . Acesso em: 30 maio 2025.
    • APA

      Bertani, R. (1998). Revisão sistemática e análise cladística dos gêneros Vitalius Lucas, Silva Júnior & Bertani, 1993; Nhandu Lucas, 1981; Proshapalopus Mello-Leitão, 1923 e Eupalaestrus Pocock, 1901 (Araneae, Theraphosidae) (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Bertani R. Revisão sistemática e análise cladística dos gêneros Vitalius Lucas, Silva Júnior & Bertani, 1993; Nhandu Lucas, 1981; Proshapalopus Mello-Leitão, 1923 e Eupalaestrus Pocock, 1901 (Araneae, Theraphosidae). 1998 ;[citado 2025 maio 30 ]
    • Vancouver

      Bertani R. Revisão sistemática e análise cladística dos gêneros Vitalius Lucas, Silva Júnior & Bertani, 1993; Nhandu Lucas, 1981; Proshapalopus Mello-Leitão, 1923 e Eupalaestrus Pocock, 1901 (Araneae, Theraphosidae). 1998 ;[citado 2025 maio 30 ]


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