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Contribuição à geologia da região de Angatuba, Estado de São Paulo (1967)

  • Authors:
  • Autor USP: FULFARO, VICENTE JOSE - IGC
  • Unidade: IGC
  • Assunto: GEOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: A principal finalidade do presente trabalho constitui no esclarecimento da estrutura da serra do Palmital ou Angatuba. Como as rochas da Formação Estrada Nova ocupam a maior parte de seus flancos, especial devoção foi devotada a esta formação nos estudos estratigráficos. Os trabalhos prévios sobre a área são em pequeno número, restringindo-se os primeiros, realizados no fim do século XIX, a aspectos visíveis somente as margens dos rios Itapetininga e Paranapanema. A fauna fóssil foi objeto de trabalho mais recente por parte de MENDES (1962). A serra em questão, geomorficamente uma crista homoclinal, foi originada pela erosão, que teve como principais agentes os rios Paranapanema, Itapetininga e Guareí. Em seu flanco S, temos, em pequena distância horizontal (5 km), o desenvolvimento de parte da coluna gondwânica da bacia, desde o topo do Grupo Tubarão à base da Formação Botucatu. As rochas mais antigas que afloram na região, pertence ao topo do Grupo Tubarão, representado pela Formação Itapetininga de BARBOSA & ALMEIDA (1949). Em virtude de falhamento, um diamictito pertencente ao tempo de sedimentação glacial do mesmo grupo, aflora na parte meridional da área mapeada (Formação Tietê, op. cit.). O Grupo Passa Dois sucede sem discordância os sedimentos do Tubarão. Representa-se, na área, pelas Formações Irati, inferiormente colocada e Estrada Nova. A Formação Irati compõem-se principalmente de polhelhos negros fétidos, intercalados com leitos de calcário, nãoapresentado na área, o característico "banco" calcário dolomítico da quadrícula de Piracicaba - Rio Claro. A associação dessa formação com as fácies sílticas descritas por MENDES et al. (1966) encontra-se exemplificada na região. A Formação Estrada Nova, ainda indivisa no Estado de São Paulo, inicia-se localmente pela fácies Paranapanema (op. cit.). A parte superior, em Angatuba, é predominantemente constituída por ritmos que se alternas com leitos de ) arenito fino e siltitos aparentemente maciços. Níveis silicificados são constantes na seqüência. A fauna fóssil dessa formação na região, foi objeto de trabalho de MENDES (1962). Localizamos novos jazigos e identificamos e separamos espículas de esponjas monnaxônicas, em amostras desses sedimentos. A Formação Botucatu sucede o grupo precedente em visível discordância erosiva, iniciando-se por uma brecha basal que contém fragmentos de rochas do conjunto sedimentar sotoposto. Regionalmente é constituída por arenitos avermelhados, depositados em ambiente aquoso, caracterizando a fácies Pirambóia dessa mesma formação. Um "sill" de diabásio intrusivo no Arenito Botucatu, por muito tempo considerado como um dos derrames pertencentes ao conjunto inferior da serra Geral, é a causa maior da resistência da estrutura à erosão. A silicificação afeta, em determinados níveis, todas as rochas da coluna, sendo mais evidente, contudo, nos afloramentos da Formação Estrada Nova. Com base em dados de campo e descrições existentes naliteratura sobre gondvâna paulista, pudemos determinar, no mínimo, três épocas de silicificação: a) pré-Irati; b) pré-Botucatu; c) moderna. As rochas intrusivas são representadas por 'sills' e diques de diabásio, numerosos na região. O metamorfismo termal nos sedimentitos encaixantes, sempre pouco evidente na bacia, é localmente extensivo a faixas da Formação Estrada Nova, superiores a 40 metros. A região sofreu um falhamento normal, que deu origem a blocos basculados normalmente para NNW, não sendo raro, no entanto, o desenvolvimento de falhas antitéticas, causando inversão no mergulho regional, dirigido para NW. A área atualmente ocupada pela saliência topográfica da serra, pertence a um desses blocos, no caso específico, rebaixado em relação ao seu antigo nível e basculado para NNW. Com base em dados de campo, determinou-see uma linha de falhamentos dirigida de WSW-ENE, que como ) corolário produziu, nos blocos basculados, como movimentos de compensação, falhamentos dirigidos de NNW-SSE. Esses últimos apresentam movimentos de rotação ao longo dos planos de falha. Baseados em observações de campo, tanto regionais quanto nos próprios estratos falhados e em dados de sondagem da PETROBRÁS S/A (CP-I-SP. GUST-3 SP e GUST-4-SP), concluimos pela existência de no mínimo três idades diferentes para o diastrofismo regional: a) pré-Botucatu; b) contemporâneo ao vulcanismo; c) contemporâneo a uma fase final do mesmo vulcanismo, ou então, mais moderna
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 00.00.1967
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    • ABNT

      FÚLFARO, Vicente José. Contribuição à geologia da região de Angatuba, Estado de São Paulo. 1967. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1967. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-27102015-101401/. Acesso em: 06 maio 2025.
    • APA

      Fúlfaro, V. J. (1967). Contribuição à geologia da região de Angatuba, Estado de São Paulo (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-27102015-101401/
    • NLM

      Fúlfaro VJ. Contribuição à geologia da região de Angatuba, Estado de São Paulo [Internet]. 1967 ;[citado 2025 maio 06 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-27102015-101401/
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      Fúlfaro VJ. Contribuição à geologia da região de Angatuba, Estado de São Paulo [Internet]. 1967 ;[citado 2025 maio 06 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-27102015-101401/


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