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Avaliação do papel dos polimorfismos de citocinas e moléculas não clássicas do HLA na gravidade de lesão hepática, suscetibilidade à infecção e formas evolutivas da doença em pacientes com infecção crônica pelo vírus da hepatite B (HBV) (2014)

  • Autores:
  • Autor USP: FERREIRA, SANDRO DA COSTA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Assuntos: CITOCINAS; HEPATITE B; HEPATOPATIAS
  • Idioma: Português
  • Resumo: Introdução: A infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) representa um problema mundial de saúde pública principalmente nos países em desenvolvimento. Interações entre a resposta imune do hospedeiro e o HBV resultam em diferentes espectros da doença Polimorfismos dos genes do fator de necrose tumoral (TNF), da interleucina-18 (IL-18), do interferon-garna (IFN-γ) e dos 14 pares de bases (14pb) do HLA-G resultam em alterações na expressão destas citocinas e na estabilidade do HLA-G, podendo desempenhar um papel na gravidade da lesão hepática e suscetibilidade à infecção crônica pelo HBV. Objetivos: Determinar possível associação dos polirnorfisrnos dos genes da IL-18 (-607 C/A e -137 C/G), IFN-γ (+874 A/T) e TNF (-238 A/G e -308 A/G) e polimorfismos de inserção/deleção(I/D) dos 14pb do HLA-G com:1) suscetibilidade à infecção crônica pelo HBV; 2) gravidade da lesão hepática; 3) diferentes formas evolutivas da doença (hepatite B crônica HBeAg negativo, hepatite B crônica HBeAg positivo e portadores inativos do HBV. Métodos: Foram determinados SNPs dos genes de citocinas: IL-18 (-607 C / A e -137 C / G), IFNγ (+874 A / T), TNF (-238 A / G e -308 A /G) e dos 14 pb (I/D) do HLA-G por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), com iniciadores de sequência específica em 259 pacientes com infecção crônica pelo HBV, seguidas no HCFMRP-USP, e em 202 controles saudáveis provenientes da mesma área geográfica. Biópsia hepática foi realizada em 217 pacientes com infecção crônica pelo HBV. Fibrose hepática e atividade necroinflamatória (IAH) foram graduadas pela classificação de Knodell et al. 1981, modificada por Desmet et al. 1994, sendo consideradas fibroso grave os graus 3 e 4 e atividade necroinfiamatória grave IAH>12. Resultados: O alelo -308 A [ P=0,0007, OR 2,08, 95% CI =1,35-3,22] e o genótipo 308 AA do gene do TNF [P = 0,0263, OR = 3,83, 95% CI = 1,08-13,54] foram maisfrequentes no grupo de pacientes com infecção pelo HBV, quando comparados ao grupo de controles saudáveis. Associação significativa foi observada entre fibrose hepática grave em comparação à fibrose leve e os seguintes polimorfismos: alelos IL-18 -137 G (P = 0,00044, OR = 3,45, 95% IC = 1,30-4,15), TNF-308 A (P = 0,0022, OR = 2,91, 95% IC = 1,47-5,75) e IFN-γ +874 T (P = 0,0291, OR = 1,85, 95% IC = 1,08-2,92) e IL-18 -137 genótipo GG (P =0,0095, OR = 3,70, 95% CI = 1,28-5,23). O alelo -137 G (P = 0,0283, OR = 2,64, 95% IC = 1,16-6,02), o genótipo-137 genótipo GG (P =0,0118, OR = 4,20, 95% CI = 1,47-11,93) da IL-18 e o alelo-308 A [ P=0,0169, OR: 2,48, 95% CI =1,19-5,20] do TNF foram mais frequentes no grupo de pacientes com atividade necroinflamatória grave (IAH>12), quando comparados àqueles com atividade necroinflamatória leve (IAH:1-8). Não se observa associação entre os polimorfismos dos 14 pb (I/D) do HLA-G com a gravidade da lesão hepática ou suscetibilidade à infecção crônica pelo HBV. Em relação às diferentes formas evolutivas da doença, constata-se que o alelo D [P=0,0460, OR: 1,58 IC (95%): 0,98-2,53] e o genótipo DD [P=0,0356, OR: 2,08 IC (95%): 1,05-4,09] dos 14 pb do HLA-G foram mais frequentes no grupo de pacientes com hepatite B crônica HBeAg positivo, em relação ao grupo de pacientes com hepatite B crônica HBeAg negativo. Não se observa associação entre os polimorfismos das diferentes citocinas, em relação às formas evolutivas da infecção crônica pelo HBV. Conclusões: Os resultados sugerem que SNPs dos genes da IL-18-137C/G, do TNF-308 G /A e do LFN-γ +874 A/T podem conferir suscetibilidade à lesão hepática mais grave em pacientes com infecção crônica pelo HBV. Alelo -308 A e genótipo 308 AA do TNF podem desempenhar papel na suscetibilidade à infecção crônica pelo HBV. Alelo D e genótipo DD dos 14 pb do HLA-G foram associados com hepatite Bcrônica HBeAg positivo.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 09.10.2014

  • Como citar
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    • ABNT

      FERREIRA, Sandro da Costa. Avaliação do papel dos polimorfismos de citocinas e moléculas não clássicas do HLA na gravidade de lesão hepática, suscetibilidade à infecção e formas evolutivas da doença em pacientes com infecção crônica pelo vírus da hepatite B (HBV). 2014. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014. . Acesso em: 20 set. 2024.
    • APA

      Ferreira, S. da C. (2014). Avaliação do papel dos polimorfismos de citocinas e moléculas não clássicas do HLA na gravidade de lesão hepática, suscetibilidade à infecção e formas evolutivas da doença em pacientes com infecção crônica pelo vírus da hepatite B (HBV) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Ferreira S da C. Avaliação do papel dos polimorfismos de citocinas e moléculas não clássicas do HLA na gravidade de lesão hepática, suscetibilidade à infecção e formas evolutivas da doença em pacientes com infecção crônica pelo vírus da hepatite B (HBV). 2014 ;[citado 2024 set. 20 ]
    • Vancouver

      Ferreira S da C. Avaliação do papel dos polimorfismos de citocinas e moléculas não clássicas do HLA na gravidade de lesão hepática, suscetibilidade à infecção e formas evolutivas da doença em pacientes com infecção crônica pelo vírus da hepatite B (HBV). 2014 ;[citado 2024 set. 20 ]


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