A imunização com EhMSP-1 protege hamsters do abcesso hepático amebiano (2014)
- Autores:
- Autor USP: RONCOLATO, EDUARDO CROSARA - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: RBI
- Assuntos: ENTAMOEBA HISTOLYTICA; METALOPROTEINASES; VACINAS; IMUNIZAÇÃO; AMEBÍASE; HAMSTERS
- Idioma: Português
- Resumo: A amebíase, doença gerada pelo parasita intestinal Entamoeba histolytica, acomete em torno de 50 milhões de pessoas em todo mundo, causando aproximadamente 70 mil mortes por ano. A infecção inicia-se pela ingestão de água ou alimentos contaminados com os cistos do parasita e, quase sempre, está associada a condições sanitárias precárias. Segundo a Organização Mundial de Saúde 2,5 bilhões de pessoas viviam sem condições sanitárias mínimas em 2013 e, 700 milhões delas, sequer tinham acesso à água tratada. A forma ideal de conter a disseminação da amebíase é garantir o saneamento básico a toda população mundial, entretanto, esta é também uma alternativa praticamente inatingível. Diante desse quadro, o desenvolvimento de uma vacina eficaz no combate a essa parasitose tem sido motivo de intensa busca. Recentemente foi identificada uma metaloproteinase na superficie da E. histolytica, que foi denominada EhMSP-l. Essa protease está envolvida na regulação da adesão e motilidade do parasita. A capacidade de colonização e migração através das mucosas é fundamental para a evolução de amebíase intestinal para extraintestinal. Seu importante papel no ciclo do parasita, associado à expressão dessa molécula somente pela E. histolytica, conferem à EhMSP-1 potencial uso como antígeno vacinal contra a amebíase. Buscando testar essa possibilidade, o gene da porção extracelular dessa enzima foi clonado em quatro fragmentos sequenciais, não sobreponíveis. Posteriormente tais fragmentos foram expressos em Escherichia coli e purificados. Uma mistura dessas preparações foi utilizada para a imunização de hamsters. Os animais imunizados produziram anticorpos que, purificados, foram capazes de reconhecer os trofozoítos de E. histolytica. O desafio de hamsters imunizados com a inoculação intra-hepática de uma preparação de parasitas virulentos mostrou que os animais foramprotegidos da formação de quadros mais graves do abcesso amebiano. A análise histopatológica dos ligados dos animais controle demonstrou áreas abcedadas maiores que aquelas observadas nos órgãos dos hamsters vacinados. Outra importante evidência de proteção foi a atividade das transaminases hepáticas, aumentada nos animais não vacinados. Com o propósito de identificar um possível mecanismo capaz de gerar a proteção observada, foi avaliada a lise dos trofozoítos de E. histolytica pelo sistema complemento. Observou-se que amebas, previamente incubadas com a IgG anti-EhMSP-1 e expostas à ação do complemento, foram mais sensíveis à lise do que aquelas previamente incubadas com IgG inespecífica. A via clássica do sistema complemento foi, assim, identificada como possível mecanismo que contribuiu para o menor grau de lesão observado nos animais imunizados. Nosso trabalho propõe a adição da EhMSP-1 a um conjunto de diferentes moléculas para a construção de uma vacina complexa e, talvez, efetiva na profilaxia da amebíase
- Imprenta:
- Local: Ribeirão Preto
- Data de publicação: 2014
- Data da defesa: 17.07.2014
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ABNT
RONCOLATO, Eduardo Crosara. A imunização com EhMSP-1 protege hamsters do abcesso hepático amebiano. 2014. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014. . Acesso em: 19 set. 2024. -
APA
Roncolato, E. C. (2014). A imunização com EhMSP-1 protege hamsters do abcesso hepático amebiano (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Roncolato EC. A imunização com EhMSP-1 protege hamsters do abcesso hepático amebiano. 2014 ;[citado 2024 set. 19 ] -
Vancouver
Roncolato EC. A imunização com EhMSP-1 protege hamsters do abcesso hepático amebiano. 2014 ;[citado 2024 set. 19 ]
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