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Cinesioterapia supervisionada do assoalho pélvico em gestantes com incontinência urinária: ensaio clínico aleatorizado controlado (2015)

  • Authors:
  • Autor USP: CRUZ, CAMILA DA SILVA - EE
  • Unidade: EE
  • Sigla do Departamento: ENP
  • Subjects: GRAVIDEZ; FORÇA MUSCULAR; INCONTINÊNCIA URINÁRIA; PERÍNEO; TERAPIA POR EXERCÍCIO; ENSAIO CLÍNICO
  • Keywords: Clinical Trial; Exercise Therapy; Muscle Strength; Perineum; Pregnancy; Urinary Incontinence
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: Durante o período gestacional, os músculos do assoalho pélvico (AP) sofrem alterações que predispõem a mulher a desenvolver incontinência urinária (IU). Objetivos: 1. Avaliar o efeito da cinesioterapia (CT) supervisionada do AP na incontinência urinária e a interferência da IU na vida da gestante; 2. Avaliar o efeito da CT supervisionada do AP na força dos músculos do AP (FMAP) em gestantes incontinentes. Método: Ensaio clínico paralelo, controlado e aleatorizado, aninhado a uma coorte de gestantes, realizado em um serviço do setor suplementar de saúde, em Guarulhos, SP. A população constituiu-se de gestantes incluídas na referida coorte, que apresentaram IU entre 20 e 27 semanas de gestação. O tamanho amostral foi estimado em 74 gestantes, distribuídas nos grupos experimental (GE=37) e controle (GC=37), com nível de significância de 5% e o poder do teste de 80%. Mas, com a amostra final obtida de 53 gestantes (GE=31 e GC=22), o poder do teste foi de 41%. A intervenção no GE consistiu de seis sessões quinzenais de CT do AP, supervisionadas por fisioterapeuta. As gestantes de ambos os grupos foram orientadas, verbalmente e por escrito, a realizarem os mesmos exercícios perineais em casa. Os dados foram coletados antes e após a intervenção, utilizando o International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) e a perineometria (Peritron), no segundo e terceiro trimestre da gestação. Foi realizada análise descritiva, inferencial e multivariada.Resultados: 96 gestantes foram consideradas elegíveis, 17 recusaram-se a participar e 79 foram alocadas aleatoriamente no GE (n=43) e GC (n=36). Ao final do estudo, foram avaliadas 31 gestantes no GE e 22 no GC. No GE, 18 (58,1%) gestantes deixaram de apresentar IU e no GC foram 10 (45,5%), sem diferença estatisticamente significante. No entanto, a redução da IU foi significante (p=0,028) entre as gestantes do GE que frequentaram, pelo menos, quatro sessões de CT do AP, indicando que cada sessão reduziu 24% a chances de IU (OR=0,76; 95%IC 0,62-0,95; p=0,014). As gestantes de ambos os grupos que realizaram exercícios perineais em casa, regularmente (pelo menos, duas vezes por semana), apresentaram menos queixa de IU no terceiro trimestre (=0,014). No início do estudo, o escore do ICIQ-SF foi 8,7 (d.p.=3,1) e 7,6 (d.p.=4,9) nos grupos experimental e controle, respectivamente. No terceiro trimestre da gestação, este escore foi 7,7 (d.p.=3,9) no GE e 9,3 (d.p.=4,6) no GC, sem diferenças estatisticamente significantes para o efeito de grupo ou trimestre gestacional. Em relação à FMAP, no segundo trimestre da gestação, a média no GE foi 26,3 (d.p.=16,8) cmH2O e no GC foi 25,7 (d.p.=14,8) cmH2O. Considerando apenas as gestantes do GE que frequentaram pelo menos, quatro sessões de CT do AP, no terceiro trimestre da gestação, a média da FMAP foi 29,1 (d.p.=17,6) e 23,7 (d.p.12,8) cmH2O, nos grupos experimental e controle, respectivamente, com diferença estatisticamente significante (p=0,013).As gestantes com sobrepeso e obesidade apresentaram FMAP menor (p=0,013), independente do grupo e do trimestre gestacional. Não houve associação estatisticamente significante entre FMAP e IU, no terceiro trimestre da gestação. Conclusão: O efeito da CT supervisionada do AP na redução da IU na gestação depende do número de sessões. Exercícios perineais realizados em casa, regularmente, têm efeito na redução da IU e no aumento da FMAP. O sobrepeso e a obesidade na gestação têm efeitos na redução da FMAP
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 26.02.2015
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    • ABNT

      CRUZ, Camila da Silva. Cinesioterapia supervisionada do assoalho pélvico em gestantes com incontinência urinária: ensaio clínico aleatorizado controlado. 2015. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-11052015-153149/. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Cruz, C. da S. (2015). Cinesioterapia supervisionada do assoalho pélvico em gestantes com incontinência urinária: ensaio clínico aleatorizado controlado (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-11052015-153149/
    • NLM

      Cruz C da S. Cinesioterapia supervisionada do assoalho pélvico em gestantes com incontinência urinária: ensaio clínico aleatorizado controlado [Internet]. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-11052015-153149/
    • Vancouver

      Cruz C da S. Cinesioterapia supervisionada do assoalho pélvico em gestantes com incontinência urinária: ensaio clínico aleatorizado controlado [Internet]. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-11052015-153149/

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