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Estratégias de defesa em pacientes com transtorno de ansiedade social avaliadas pelo questionário do comportamento defensivo em seres humanos (2009)

  • Autores:
  • Autor USP: MESQUITA, STELLA CRISTINA VASCONCELLOS - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RNP
  • Assuntos: ANSIEDADE SOCIAL; TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE; COMPORTAMENTO
  • Idioma: Português
  • Resumo: Introdução: Seres humanos guardam semelhanças com animais não-humanos nas estratégias defensivas adotadas mediante estímulo de ameaça. A reação adequada a uma situação é condição que influencia na sobrevivência do animal. As emoções representam padrões de respostas moldadas pela seleção natural para oferecer vantagens adaptativas. Logo, a ansiedade social pode ser apropriada e o Transtorno de Ansiedade Social (TAS) seria resultante de sua disfunção. Hipotetizou-se que o portador de TAS mostraria diferenças na adoção de estratégias defensivas aos cenários do Questionário do Comportamento Defensivo em Seres Humanos (QCD), comparando-se a indivíduos saudáveis. Objetivos: Pretendeu-se verificar a freqüência de respostas defensivas aos 12 cenários de ameaça coespecífica, em indivíduos com TAS, em comparação a saudáveis, controlando-se o sexo, e se características clínicas como gravidade dos sintomas e subtipo do TAS interferem em tais respostas. Sujeitos e Métodos: Gravidade clínica foi avaliada pelo Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Fobia Social (SPIN) e Escala Breve de Fobia Social (BSPS). O diagnóstico foi confirmado através da Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV (SCID). Dos 198 voluntários, 110 eram casos de TAS e 88, controles saudáveis. Respostas ao QCD e a caracterização clínico-demográfica foram comparadas pelo Teste Exato de Fischer; aplicou-se ANOVA de uma via, para idades e escores médios de escalas de avaliação degravidade. Resultados: Não houve diferença significativa com relação ao sexo, estado civil, cor da pele e idade média, entre grupos caso e controle. A maioria dos voluntários é solteira, de pele branca, distribuindo-se em 18 cursos universitários. Entre os casos de TAS, independente do sexo, a idade média de início da doença foi de 11,38 anos; o tempo médio de evolução, de 10,55 anos. Não foram observadas diferenças significativas, entre os sexos, quanto ao subtipo, gravidade pelo DSM-IV, temores de falar em público, comer e escrever sob a visão de um terceiro, escores médios da BSPS, SPIN e de suas subescalas. Escores médios do BAI mostraram diferença significativa entre os sexos. Diferenças na adoção de estratégias defensivas em sete dos doze cenários: "Árvore", "Elevador", "Semáforo", "Traseira", "Praça", "Agarrão", "Barulho", indicando diferença à direita. Tais cenários caracterizam-se por ameaça proximal, com rota de fuga ("Árvore","Semáforo","Elevador"); características semelhantes, porém, proteção em ambiente seguro, no cenário "Traseira". Situação de captura, "Agarrão" mostrou diferenças mais marcantes quanto ao sexo. "Praça" representa ameaça clara, de alta intensidade, com possibilidade de fuga intermediária. O único cenário descritivo de ameaça distal, dentre os supracitados, foi "Barulho". Condutas diferentes, nem sempre mais urgentes, foram escolhidas por casos de TAS. Não houve diferençassignificativas nas respostas defensivas de acordo com o subtipo e a gravidade do TAS, independente de sexo. Conclusão: As respostas estão de acordo com as hipóteses da literatura animal não-humana e mostram que houve confirmação da hipótese do estudo de que portadores de TAS apresentam diferenças na adoção de estratégias defensivas, em comparação aos saudáveis. A gravidade da doença não interferiu nas escolhas de estratégias defensivas, mas houve diferenças significativas entre os sexos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 07.10.2009

  • Como citar
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    • ABNT

      MESQUITA, Stella Cristina Vasconcellos. Estratégias de defesa em pacientes com transtorno de ansiedade social avaliadas pelo questionário do comportamento defensivo em seres humanos. 2009. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2009. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Mesquita, S. C. V. (2009). Estratégias de defesa em pacientes com transtorno de ansiedade social avaliadas pelo questionário do comportamento defensivo em seres humanos (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Mesquita SCV. Estratégias de defesa em pacientes com transtorno de ansiedade social avaliadas pelo questionário do comportamento defensivo em seres humanos. 2009 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Mesquita SCV. Estratégias de defesa em pacientes com transtorno de ansiedade social avaliadas pelo questionário do comportamento defensivo em seres humanos. 2009 ;[citado 2024 abr. 19 ]

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