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Síndrome das pernas inquietas na ataxia espinocerebelar tipo 3: prevalência e fatores determinantes (2009)

  • Autores:
  • Autor USP: GITAÍ, LÍVIA LEITE GÓES - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RNP
  • Assuntos: SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS; DEGENERAÇÕES ESPINOCEREBELARES; NEUROLOGIA
  • Idioma: Português
  • Resumo: A síndrome das pernas inquietas (SPI) é uma desordem prevalente cuja fisiopatologia ainda não está bem esclarecida. A ataxia espinocerebelar tipo 3 (AEC 3) é uma doença neurodegenerativa que compromete várias áreas do sistema nervoso central (SNC) e periférico potencialmente envolvidas na fisiopatologia da SPI. Há evidências de maior prevalência de SPI na AEC 3, mas ainda não são conhecidos os fatores determinantes dessa associação. Nossa pesquisa objetivou determinar a prevalência de SPI em pacientes com AEC 3; verificar se os seguintes parâmetros exercem influência nessa prevalência: características dos pacientes, número de repetições CAG, características clínicas relacionadas à AEC 3, ferritina sérica, e alterações encefálicas detectadas por relaxometria ou Voxel-based Morphometry (VBM); estabelecer as características da macroestrutura do sono e dos movimentos periódicos de membros em pacientes com AEC 3 e estabelecer as características do teste de imobilização sugerida (TIS) em pacientes com AEC 3. Para isso foram submetidos à entrevista clínica, no período de fevereiro a agosto de 2006, 40 pacientes com AEC 3, diagnosticados e acompanhados no ambulatório de Neurogenética do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP (HCFMRP) e 40 controles. Entre esses, 27 pacientes com AEC 3 e 16 controles foram submetidos, no período de fevereiro de 2006 a abril de 2009, a avaliação clínica detalhada, eletroneuromiografia, exames sanguíneos,polissonografia, TIS e ressonância magnética. A SPI está presente em 27,5% dos pacientes com AEC 3 e 2,5% dos controles normais (p=0,003). Os fatores significativamente relacionados à SPI em pacientes com AEC 3 foram sexo feminino, idade de início das manifestações da ataxia acima de 30 anos, presença de neuropatia periférica e presença de deficiência de ferro. Em relação aos controles, os pacientes com AEC 3 apresentam menor densidade de substância cinzenta em tronco cerebral e cerebelo, prolongamento do tempo de relaxometria em substância cinzenta e bulbo, tendência a encurtamento desse tempo em núcleos caudados (p=0,08), menor tempo total de sono, menor eficiência de sono, maior tempo de vigília, maior índice de microdespertar, maiores índices de movimentos periódicos de membros (iMPM) e maior iMPM no TIS. No grupo de pacientes com AEC 3, os pacientes com SPI apresentaram nível mais alto de escore máximo de desconforto no TIS em relação aos pacientes sem SPI. A associação entre SPI e AEC 3, portanto, existe e parece derivar de uma combinação de fatores cuja identificação pode melhorar a qualidade de assistência prestada a esses pacientes e contribuir para a compreensão sobre a fisiopatologia da SPI
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 23.10.2009

  • Como citar
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    • ABNT

      GITAÍ, Lívia Leite Góes. Síndrome das pernas inquietas na ataxia espinocerebelar tipo 3: prevalência e fatores determinantes. 2009. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2009. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Gitaí, L. L. G. (2009). Síndrome das pernas inquietas na ataxia espinocerebelar tipo 3: prevalência e fatores determinantes (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Gitaí LLG. Síndrome das pernas inquietas na ataxia espinocerebelar tipo 3: prevalência e fatores determinantes. 2009 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Gitaí LLG. Síndrome das pernas inquietas na ataxia espinocerebelar tipo 3: prevalência e fatores determinantes. 2009 ;[citado 2024 abr. 19 ]

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