A África e suas jornadas: a utopia de duas nações (2002)
- Authors:
- Autor USP: PAVAO, SUZANA RODRIGUES - FFLCH
- Unidade: FFLCH
- Sigla do Departamento: FLC
- Subjects: NAÇÃO; UTOPIA
- Language: Português
- Abstract: Duas Nações e a utopia de uma geração. Através da análise da obra Jornada de África de Manuel Alegre e a Geração da Utopia de Pepetela nos propusemos a fazer em estudo sobre os conceitos de nação e utopia, aplicados na trajetória das duas narrativas. De Thomas More a Lamartine, de Hegel a Karl Mannhein, chegamos ao pensamento que transformará o conceito de utopia. Das transformações de nação na era moderna ao pensamento de teóricos como Hobsbawn e Benedict Anderson na contemporaneidade, construímos nosso caminho pelo projeto de construção e transformação das nações portuguesa e angolana. Através de um estudo comparativo, analisaremos as duas obras em busca da temática que é um elemento dominante em ambos os autores. Uma identidade política os une e uma trajetória de vida os identifica. Sebastião, o alferes, personagem principal do romance de Manuel Alegre apresenta-nos a utopia de uma geração que deseja reconstruir a nação portuguesa e o espírito de identidade nacional a partir de uma nova concepção de nação através da busca de um estado nacional livre e democrático onde o passado não seja esquecido e que a história ajude a concretizar o sonho de uma nova nação. Sebastião e seus companheiros de Jornada representam colonizadores e conquistadores ao avesso. Colonizadores que não desejam colonizar e conquistadores que abominam a conquista. Lutam em uma guerra onde não encontram os inimigos e do conflito desejam extrair a paz que trará com adescolonização uma nova nação portuguesa, marcada pelo retorno às origens, e nascerá uma nação livre dos jugos do colonizador. Ao lado dos colonizadores do avesso encontramos uma geração de angolanos que ) começarão o seu aprendizado para a luta convivendo na Casa dos Estudantes do Império em Lisboa. Do convívio com os colonizadores, freqüentando as escolas da metrópole, aprenderam a se ver diferentes e a lutar pelo que desejam: construir uma nação única, autônoma e livre, onde as diferenças e etnias irão conviver unidas pela compreenção e respeito. A utopia de Aníbal e seus companheiros transforma-se no projeto social de Angola. Um projeto ainda em construção e que embora nos deparemos com o descrédito e a decepção dos personagens, os passos estão a ser dados e o futuro certamente semeado. Um fantasma não pode mais ser o rei de Portugal e à sombra da árvore sagrada os anciãos saberão ouvir a voz dos ancestrais. É o ciclo da vida, o eterno recomeçar. A literatura nos leva a ver o mundo e a despertar para a transformação da sociedade
- Imprenta:
- Data da defesa: 22.03.2002
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ABNT
PAVÃO, Suzana Rodrigues. A África e suas jornadas: a utopia de duas nações. 2002. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002. . Acesso em: 24 abr. 2024. -
APA
Pavão, S. R. (2002). A África e suas jornadas: a utopia de duas nações (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Pavão SR. A África e suas jornadas: a utopia de duas nações. 2002 ;[citado 2024 abr. 24 ] -
Vancouver
Pavão SR. A África e suas jornadas: a utopia de duas nações. 2002 ;[citado 2024 abr. 24 ]
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