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Má-nutrição no Brasil 2006-2021: tendências e desigualdades em intersecções de gênero, raça/cor da pele e classe social (2025)

  • Authors:
  • Autor USP: PASTORELLO, CLÁUDIA CRISTINA VIEIRA - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HNT
  • DOI: 10.11606/T.6.2025.tde-17122025-150325
  • Subjects: OBESIDADE; DESNUTRIÇÃO; DESIGUALDADES EM SAÚDE; ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS; INQUÉRITOS EPIDEMIOLÓGICOS; VIGILÂNCIA NUTRICIONAL
  • Keywords: Baixo Peso; Desigualdades em Saúde; Estudos de Séries Temporais; Inquéritos Epidemiológicos; Obesidade
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução -- A má-nutrição, que inclui tanto o baixo peso quanto a obesidade, constitui um dos principais desafios de saúde pública no Brasil. Objetivos (1) analisar e quantificar mudanças nos padrões de crescimento das prevalências de excesso de peso e obesidade em adultos das capitais brasileiras e do Distrito Federal entre 2006 e 2021; (2) descrever a evolução temporal das desigualdades de raça/cor da pele no estado nutricional (baixo peso e obesidade) da população adulta de ambos os sexos entre 2011 e 2021; e (3) estimar, em 2019, as prevalências de obesidade em adultos brasileiros segundo intersecções de sexo, raça/cor da pele e renda, e de sexo, raça/cor da pele e escolaridade, além de analisar desigualdades relativas na obesidade conforme o acúmulo progressivo de vulnerabilidades sociais (raça/cor preta ou parda, baixa renda e baixa escolaridade). Métodos -- Cada objetivo foi respondido em um manuscrito científico. Para o objetivo 1, foram utilizados dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), representando as capitais e o Distrito Federal, de 2006 a 2021 (n=811.753). Avaliaram-se mudanças de tendência do excesso de peso e obesidade, estimados a partir de peso e altura autorreferidos, por meio de análises de Joinpoint na população geral e por sexo e escolaridade. Para o objetivo 2, também com dados do Vigitel, foram estimadas tendências das desigualdades absolutas (medidas pela Variância Entre Grupos) erelativas (pelo Índice de Theil) para baixo peso e obesidade entre 2011 e 2021 (n=453.546), estratificadas por sexo e categorias de raça/cor da pele. Para o objetivo 3, utilizaram-se dados representativos da população brasileira da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 (n=86.347) para avaliar desigualdades absolutas de obesidade calculada a partir de dados de peso e altura autorreferidos), segundo intersecções entre sexo, raça/cor da pele, escolaridade e renda, bem como segundo bem como segundo o Índice de Acúmulo de Vulnerabilidades. Resultados -- (1) A obesidade apresentou taxa média de crescimento anual de 5,8% (IC95% 4,7-7,0%) entre 2006 e 2012, desacelerando para 2,7% (IC95% 2,1-3,3%) entre 2012 e 2021. O excesso de peso cresceu 2,9% ao ano (IC95% 2,7-3,2%) de 2006 a 2013, e 1,3% ao ano (IC95% 1,1-1,5%) entre 2013 e 2021, com maior desaceleração entre mulheres com baixa escolaridade. (2) Entre 2011 e 2021, as desigualdades raciais absolutas na obesidade aumentaram entre mulheres, com a variância entre grupos passando de 3,1 (IC95% 2,7-3,5) para 10,3 (IC95% 9,6-10,9), e reduziram entre homens, com a mesma estimativa passando de 2,4 (IC95% 1,9-2,8) para 0,1 (IC95% -0,8-1,0). As desigualdades relativas permaneceram estáveis na obesidade. Para o baixo peso, tanto desigualdades absolutas quanto relativas caíram entre mulheres, mas cresceram entre homens, com destaque para o Índice de Theil, que saltou de 7,5 (IC95% 5,5-9,5) para 108,9 (IC95% 91,9-126,0).(3) Em 2019, a maior prevalência de obesidade ocorreu entre mulheres negras de baixa escolaridade (27,1%; IC95% 25,7-28,5%), enquanto a menor prevalência foi entre homens negros de baixa escolaridade (15,9%; IC95% 4,8-16,9%). A prevalência da obesidade é diretamente proporcional ao acúmulo de vulnerabilidades nas mulheres, e inversamente proporcional nos homens. Conclusões -- A má nutrição no Brasil expressou desigualdades significativas e com influências não lineares em intersecções de gênero, raça/cor da pele e classe social. A desaceleração do crescimento da obesidade reforça a importância da manutenção das políticas públicas nacionais já implementadas, ao passo que a persistência e o agravamento de desigualdades em grupos específicos exigem respostas intersetoriais, sustentadas por vigilância alimentar e nutricional contínua e orientadas por uma perspectiva interseccional
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 30.10.2025
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2025.tde-17122025-150325 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
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    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      PASTORELLO, Cláudia Cristina Vieira. Má-nutrição no Brasil 2006-2021: tendências e desigualdades em intersecções de gênero, raça/cor da pele e classe social. 2025. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2025. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-17122025-150325/. Acesso em: 24 dez. 2025.
    • APA

      Pastorello, C. C. V. (2025). Má-nutrição no Brasil 2006-2021: tendências e desigualdades em intersecções de gênero, raça/cor da pele e classe social (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-17122025-150325/
    • NLM

      Pastorello CCV. Má-nutrição no Brasil 2006-2021: tendências e desigualdades em intersecções de gênero, raça/cor da pele e classe social [Internet]. 2025 ;[citado 2025 dez. 24 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-17122025-150325/
    • Vancouver

      Pastorello CCV. Má-nutrição no Brasil 2006-2021: tendências e desigualdades em intersecções de gênero, raça/cor da pele e classe social [Internet]. 2025 ;[citado 2025 dez. 24 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-17122025-150325/


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