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Protocolo de manejo clínico do quilotórax pediátrico (2025)

  • Authors:
  • Autor USP: PELIZARO, NARELLE NUNES ARANTES - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • DOI: 10.11606/D.17.2025.tde-24062025-141622
  • Subjects: PLEURODESE; PLEURODESE; PNEUMOPATIAS; RECÉM-NASCIDO; CRIANÇAS; ADOLESCENTES
  • Keywords: Chylothorax; Conservative treatment; Diagnosis; Diagnóstico; Ligadura do duto torácico; Pleurodese; Pleurodesis; Quilotórax; Thoracic duct ligation; Tratamento conservador
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: Quilotórax é definido como o acúmulo de linfa no espaço pleural e pode ser decorrente de etiologias não traumáticas e traumáticas. Em crianças é uma patologia relativamente rara e ocorre mais frequentemente como uma complicação após cirurgia cardíaca. O quilotórax é potencialmente fatal, em razão de suas repercussões no sistema respiratório e imunológico, e no estado nutricional. Há na literatura modelos de protocolo para diagnóstico e tratamento dessa condição, todavia, até o momento, nenhum algoritmo de manejo foi universalmente adotado. Objetivo: Propor um protocolo de diagnóstico e manejo do quilotórax em pacientes pediátricos internados no CTIP do HCFMRP-USP, de forma a promover o diagnóstico precoce e o tratamento adequado dessa patologia. Metodologia: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo e de revisão da literatura. A análise bibliográfica foi realizada pela busca de artigos sobre quilotórax pediátrico nas plataformas PubMed, Up-to-date e ResearchGate, com a seleção de revisões sistemáticas, estudos randomizados controlados e observacionais de coorte prospectivos e retrospectivos, assim como estudos caso-controle, séries de casos e trabalhos de revisão. Foram revisados os prontuários de todos os pacientes de 0 a 18 anos de idade que tiveram o diagnóstico de quilotórax durante o período de internação no CTIP do HCFMRP-USP no período do estudo. Resultados: Entre 01/01/2012 e 31/12/2022, houve 1036 cirurgias cardíacas em nosso serviço; 32 pacientes tiveram diagnóstico de quilotórax em período pós-operatório de cirurgia cardíaca, o que demonstra incidência de quilotórax de 3,1%. Foram incluídos no estudo 29 pacientes que evoluíram com quilotórax no pós-operatório de cirurgia cardíaca durantea internação no CTIP do HCFMRP-USP, cuja mediana de idade foi de 3 meses; 41% dos pacientes tinham síndrome de Down e 27,5% tiveram trombose venosa profunda intratorácica associada ao quilotórax. Todos os pacientes incluídos no estudo preencheram pelo menos um critério diagnóstico de quilotórax: 25/29 (86%) pacientes tinham celularidade no líquido pleural maior que 1000 células/mm3, 11/29 (38%) tinham porcentagem maior que 80% de linfócitos no líquido pleural, 25/29 (86%) tinham TG no líquido pleural > 110 mg/dl e 18/29 (62%) tinham relação de TG líquido pleural/ TG sérico > 1. A comparação dos pacientes com quilotórax de baixo débito (< 20 ml/kg/dia) (n=17) com aqueles de alto débito ( ≥20 ml/kg/dia) (n=12) mostrou menor número mínimo de linfócitos no sangue periférico e maior tempo de permanência do dreno de tórax, tempo de jejum e de uso de nutrição parenteral e maior duração de internação na UTI nos pacientes com quilotórax de alto débito em comparação aos de baixo débito. Metade dos pacientes com quilotórax de alto débito foram submetidos ao tratamento intervencionista (pleurodese e/ou ligadura do duto torácico), enquanto todos os pacientes com quilotórax de baixo débito foram manejados de forma conservadora (jejum e nutrição parenteral total, seguidos de dieta com triglicerídeos de cadeia média). A octreotida foi utilizada em apenas três pacientes, um com quilotórax de baixo débito e dois com quilotórax de alto débito, que ainda necessitaram de tratamento intervencionista por falha terapêutica. A taxa de mortalidade dentre os pacientes com quilotórax observada em nosso estudo foi extremamente elevada (37,9%), mais do que 4 vezes a taxa de mortalidade média do serviçono período (8,9%). A causa mortis foi choque séptico em 10 pacientes e choque cardiogênico em um paciente. A porcentagem de linfócitos no líquido pleural foi significativamente maior nos pacientes que morreram em comparação aos sobreviventes e, dentre os pacientes cuja causa mortis foi choque séptico (n=10), o número de linfócitos no sangue periférico foi significativamente menor nos pacientes que morreram em comparação aos que sobreviveram. É proposto protocolo de diagnóstico do quilotórax pediátrico e de seu manejo, de acordo com o volume médio de drenagem na primeira semana após o diagnóstico (alto ou baixo débito), que inclui jejum e nutrição parenteral total por 5 a 7 dias, seguida por dieta com triglicerídeos de cadeia média por 14 a 28 dias ou uso de octreotida por 5 dias, seguido de manejo intervencionista, de acordo com a resposta do paciente. Conclusão: A uniformização do cuidado ao paciente pediátrico com quilotórax pode promover a melhora da morbimortalidade relacionada a essa condição
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 19.03.2025
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/D.17.2025.tde-24062025-141622 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      PELIZARO, Narelle Nunes Arantes. Protocolo de manejo clínico do quilotórax pediátrico. 2025. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2025. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-24062025-141622/. Acesso em: 04 dez. 2025.
    • APA

      Pelizaro, N. N. A. (2025). Protocolo de manejo clínico do quilotórax pediátrico (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-24062025-141622/
    • NLM

      Pelizaro NNA. Protocolo de manejo clínico do quilotórax pediátrico [Internet]. 2025 ;[citado 2025 dez. 04 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-24062025-141622/
    • Vancouver

      Pelizaro NNA. Protocolo de manejo clínico do quilotórax pediátrico [Internet]. 2025 ;[citado 2025 dez. 04 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-24062025-141622/

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