Treinamento físico aeróbio protege contra a resistência insulínica, mas não previne a inflamação e o aumento da adiposidade visceral induzidos pela restrição alimentar de sódio em camundongos dislipidêmicos (2024)
- Authors:
- Autor USP: BENTO, VANESSA DEL BIANCO DE - FM
- Unidade: FM
- DOI: 10.11606/D.5.2024.tde-03092025-114143
- Subjects: DISLIPIDEMIAS; RESISTÊNCIA À INSULINA; TECIDO ADIPOSO
- Keywords: Adipose tissue; Aerobic exercise training; Dietary sodium restriction; Dyslipidemia; Insulin resistance; Restrição alimentar de sódio; Treinamento físico aeróbio
- Language: Português
- Abstract: A restrição alimentar de sódio é uma abordagem populacional para redução da pressão arterial (PA) e eventos cardiovasculares. Entretanto, estudos recentes evidenciam que tal conduta modifica adversamente fatores de risco cardiovasculares aumentando a trigliceridemia, colesterolemia, resistência insulínica e atividade dos sistemas renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e nervoso simpático (SNS). Os efeitos da ligação da angiotensina II (ANG II) ao receptor de ANG II tipo-1 (AT1) estão associados à resistência insulínica, inflamação e inibição da adipogênese. O treinamento físico aeróbio (TFA) melhora a resistência insulínica, inflamação, insultos oxidativos e aterogênicos induzidos pela sinalização do receptor AT1. O presente estudo investigou o efeito da restrição alimentar crônica de sódio sobre a adiposidade, inflamação e sensibilidade insulínica no tecido adiposo e se o TFA previne ou mitiga a alteração de tais parâmetros. Camundongos knockout para o receptor de lipoproteína de densidade baixa (LDLR KO) foram alimentados com dieta normossódica (NS; 1,27% de NaCl) ou hipossódica (HS; 0,15% de NaCl) e submetidos ao TFA em esteira rolante, 5 vezes/sem, 60 min/dia, 15 m/min, durante 90 dias, ou mantidos sedentários. Os animais foram divididos em 4 grupos: 1) NS e sedentário (NS-S); 2) NS e treinado (NS-T); 3) HS e sedentário (HS-S); 4) HS e treinado (HS-T). No início e final do protocolo experimental foram determinadas massa corporal, capacidade máxima de exercício, PAcaudal, hematócrito, concentração plasmática de colesterol total (CT), triglicérides (TG) e glicose. Ao final do protocolo foram avaliados excreção de sódio urinário de 24 h (UNa), sensibilidade insulínica e perfil de lipoproteínas. Após eutanásia, houve excisão do tecido adiposo periepididimal para análises histopatológicas, de transcrição gênica, conteúdo lipídico e expressão de proteínas envolvidas na inflamação e sensibilidade insulínica. Os resultados foram avaliados por ANOVA de dois fatores. A PA caudal, hematócrito, consumo alimentar e CT foram iguais entre os grupos. O TFA aumentou a capacidade máxima de exercício em comparação ao período basal e aos animais sedentários. Quando comparada a dieta NS, a restrição alimentar crônica de sódio promoveu resistência insulínica periférica, aumentou a massa corporal e as concentrações circulantes de glicose, TG, LDL-C e VLDL-TG; reduziu UNa, HDL-C e o HDL-TG. No tecido adiposo periepididimal, evidenciou-se maior massa tecidual, conteúdo de TG, CT, receptor AT1, macrófagos pró-inflamatórios e área de adipócitos; diminuição do conteúdo de macrófagos anti-inflamatórios, proteínas associadas à sinalização insulínica (AKT total, p-AKT e GLUT4) e transcrição de genes relacionados à sensibilidade insulínica (Slc2a4 e Adipoq). O TFA preveniu a resistência insulínica, mas não protegeu contra a dislipidemia, perfil pró-inflamatório, aumento de massa tecidual, expressão de receptor AT1 e concentrações de TG e CT no tecido adiposoperiepididimal, secundários à restrição alimentar de sódio
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- Data da defesa: 08.11.2024
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- Cor do Acesso Aberto: gold
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ABNT
BENTO, Vanessa Del Bianco de. Treinamento físico aeróbio protege contra a resistência insulínica, mas não previne a inflamação e o aumento da adiposidade visceral induzidos pela restrição alimentar de sódio em camundongos dislipidêmicos. 2024. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2024. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-03092025-114143/. Acesso em: 26 dez. 2025. -
APA
Bento, V. D. B. de. (2024). Treinamento físico aeróbio protege contra a resistência insulínica, mas não previne a inflamação e o aumento da adiposidade visceral induzidos pela restrição alimentar de sódio em camundongos dislipidêmicos (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-03092025-114143/ -
NLM
Bento VDB de. Treinamento físico aeróbio protege contra a resistência insulínica, mas não previne a inflamação e o aumento da adiposidade visceral induzidos pela restrição alimentar de sódio em camundongos dislipidêmicos [Internet]. 2024 ;[citado 2025 dez. 26 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-03092025-114143/ -
Vancouver
Bento VDB de. Treinamento físico aeróbio protege contra a resistência insulínica, mas não previne a inflamação e o aumento da adiposidade visceral induzidos pela restrição alimentar de sódio em camundongos dislipidêmicos [Internet]. 2024 ;[citado 2025 dez. 26 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-03092025-114143/
Informações sobre o DOI: 10.11606/D.5.2024.tde-03092025-114143 (Fonte: oaDOI API)
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