Efeitos integrativos da tolerância térmica e da desidratação nos estágios iniciais de vida de pererecas neotropicais (2025)
- Authors:
- Autor USP: MOLINA, ESTEFANY CAROLINE GUEVARA - IB
- Unidade: IB
- Sigla do Departamento: BIF
- DOI: 10.11606/T.41.2025.tde-25082025-175012
- Subjects: ANURA; EMBRIÃO; TEMPERATURA; DESIDRATAÇÃO; MUDANÇA CLIMÁTICA
- Keywords: Comportamento embrionário; Eclosão precoce; Plasticidade fenotípica; Tolerância térmica
- Agências de fomento:
- Language: Português
- Sustainable Development Goals (GDS):
14. Life below water
- Abstract: Altas temperaturas e secas prolongadas são condições que afetam diretamente a persistência das populações de anuros. A perereca-de-olhos-vermelhos (Agalychnis callidryas), uma espécie neotropical que deposita seus ovos em desovas gelatinosas expostas, constitui um modelo ideal para investigar as respostas comportamentais embrionárias ao aquecimento ambiental e à desidratação. Embora essa espécie tenha sido estudada por sua capacidade de eclodir cedo em resposta a diversos sinais ambientais, sua sensibilidade térmica embrionária ainda não foi explorada. Esta tese examina a expressão da Temperatura Voluntária Máxima (VTMax), um limiar comportamental, definido como a temperatura na qual um animal em aquecimento se move para escapar do estresse por calor, previamente medido em rãs juvenis e adultas. Aplicamos esse conceito a embriões de uma perereca, como a temperatura na qual eclodem para escapar do aquecimento in ovo. Avaliamos como a VTMax é influenciada pela hidratação, a estrutura da desova, taxa de aquecimento e pelo estágio de desenvolvimento. No Capítulo I, demonstramos a eclosão induzida por calor, mostrando uma VTMax embrionária que varia com a hidratação e a estrutura da desova.Embriões em desovas úmidas eclodiram em temperaturas mais altas do que os que estavam em desovas secas ou grupos de ovos isolados sem geleia. No entanto, como as desovas hidratadas aqueceram mais lentamente do que as secas, os efeitos da hidratação e da taxa de aquecimento na VTMax foram confundidos entre si. Para o Capítulo II, desenvolvemos um novo método para aquecer desovas em taxas controladas, variando o aporte de calor e minimizando a perda de água por evaporação. A desidratação reduziu a VTMax do embrião, enquanto o aporte de calor não a alterou, indicando que a hidratação afeta diretamente a tolerância térmica comportamental. O Capítulo III examinou a capacidade de resfriamento evaporativo das desovas, aquecendo-as com evaporação livre ou restrita. As desovas com evaporação livre aqueceram mais lentamente, perderam mais volume e os embriões eclodiram em temperaturas mais baixas em comparação com as desovas com evaporação restrita. Dados de campo complementares mostraram flutuações térmicas e de umidade, ganhos rápidos na hidratação da desova durante chuvas fortes e temperaturas mais baixas das desovas do que seus substratos foliares.O Capítulo IV explorou a ontogenia da VTMax, revelando que a eclosão induzida pelo calor aparece pela primeira vez no estágio 27, três estágios após o início da competência de eclosão, e a proporção de embriões que eclodem durante o aquecimento aumenta de 3 % para 86 % entre os estágios 27 e 30. Esta tese fornece a primeira evidência abrangente da eclosão induzida pelo calor em embriões de pererecas, enfatizando o papel de fatores ambientais e da estrutura da desova na sobrevivência inicial. As descobertas destacam o valor do isolamento experimental dos efeitos da hidratação, do resfriamento evaporativo e do aquecimento, oferecendo novas compreensões sobre ecologia térmica e ferramentas práticas para avaliar a vulnerabilidade climática em espécies de anuros tropicais nos estágios iniciais da vida.
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- Data da defesa: 24.06.2025
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- Cor do Acesso Aberto: gold
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-
ABNT
MOLINA, Estefany Caroline Guevara. Efeitos integrativos da tolerância térmica e da desidratação nos estágios iniciais de vida de pererecas neotropicais. 2025. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2025. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-25082025-175012/. Acesso em: 27 dez. 2025. -
APA
Molina, E. C. G. (2025). Efeitos integrativos da tolerância térmica e da desidratação nos estágios iniciais de vida de pererecas neotropicais (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-25082025-175012/ -
NLM
Molina ECG. Efeitos integrativos da tolerância térmica e da desidratação nos estágios iniciais de vida de pererecas neotropicais [Internet]. 2025 ;[citado 2025 dez. 27 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-25082025-175012/ -
Vancouver
Molina ECG. Efeitos integrativos da tolerância térmica e da desidratação nos estágios iniciais de vida de pererecas neotropicais [Internet]. 2025 ;[citado 2025 dez. 27 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-25082025-175012/ - Interaction of behavior and physiology of anurans in response to thermal and hydric stress: an approach to understand the vulnerability of anurans to climate change
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Informações sobre o DOI: 10.11606/T.41.2025.tde-25082025-175012 (Fonte: oaDOI API)
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