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Uma Suprema Corte do Facebook? A experiência do Comitê de Supervisão da Meta na governança privada de conteúdo online (2024)

  • Authors:
  • Autor USP: ARAÚJO, CAROLINA FREITAS GOMIDE DE - FD
  • Unidade: FD
  • Sigla do Departamento: DES
  • DOI: 10.11606/D.2.2024.tde-25112024-155030
  • Subjects: MÍDIAS SOCIAIS; INTERNET; POLÍTICA DE INFORMAÇÃO; GOVERNANÇA CORPORATIVA; LIBERDADE DE EXPRESSÃO; DIREITOS HUMANOS
  • Keywords: Comitê de Supervisão da Meta; Content governance; Direitos fundamentais; Facebook; Facebook; Freedom of expression; Fundamental rights; Governança de conteúdo; Liberdade de expressão; Oversight Board
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: O Comitê de Supervisão da Meta é o mais complexo experimento de moderação privada de conteúdo realizado até hoje. Muitas vezes comparado a uma Suprema Corte, o Comitê é um órgão composto por especialistas do mundo inteiro e responsável por interpretar os valores e os padrões de comunidade da Meta, com base nos direitos humanos, para tomar decisões, em última instância e de forma vinculante, sobre os casos mais difíceis de moderação de conteúdo. Este trabalho tem como objeto a produção do Comitê e tem como objetivo traduzir e publicizar sua experiência organizacional e decisória, com a esperança de contribuir com os debates doutrinários e legislativos sobre os possíveis modelos de entidades de autorregulação que podem compor o sistema de autorregulação regulada. Assim, a pergunta que se pretende responder é: enquanto um dos agentes responsáveis pela governança privada de conteúdo, como o Comitê de Supervisão da Meta se estruturou e decidiu nos três primeiros anos de produção. Para tanto, a metodologia da pesquisa incluiu uma revisão bibliográfica, análise documental e, principalmente, uma análise quantitativa e qualitativa das 73 decisões proferidas pelo Comitê entre 2020 e 2023. A pesquisa se dividiu em quatro capítulos. No primeiro capítulo, foi traçada a ideação, consolidação e composição do Comitê, que conta com 22 membros, respeitada a paridade de gênero na nomeação. O segundo capítulo é dedicado a entender o procedimento decisório do órgão, destacando como os casos sãoencaminhados, a partir de quais critérios são selecionados para análise e destacando os quatro tipos diferentes de decisões por ele proferidas: as padrões; sumárias; expressas e os pareceres consultivos de política. No terceiro capítulo, foi realizada uma análise quantitativa e qualitativa das decisões visando entender o seu procedimento decisório na prática. Apresentam-se detalhes quantitativos sobre as decisões analisadas, bem como se destaca quais são as fontes primárias e secundárias que embasam suas decisões. Por fim, o último capítulo buscou mapear, de forma sistêmica, os diferentes impactos das decisões do Comitê no modelo de governança da Meta, concluindo que o Comitê tem sido bem sucedido em influenciar a alteração em políticas da empresa e, principalmente, em jogar luz às práticas da Meta até então pouco divulgadas ou compreendidas. O Comitê de Supervisão da Meta não é uma Suprema Corte e analogias como essa podem ofuscar o debate sobre o seu real papel. No sistema de governança de conteúdo online, a jurisdição não é suficiente, muito menos dispensável. E se ainda é cedo para concluir de que forma o Comitê poderá interagir com outros agentes moderadores de conteúdo no sistema de autorregulação regulada, entende-se que as entidades de autorregulação, dentro do seu escopo de atuação, possuem função importante e distinta daquela exercida por tribunais constitucionais no que tange à regulação do discurso
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 10.09.2024
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/D.2.2024.tde-25112024-155030 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      ARAÚJO, Carolina Freitas Gomide de. Uma Suprema Corte do Facebook? A experiência do Comitê de Supervisão da Meta na governança privada de conteúdo online. 2024. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2024. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2134/tde-25112024-155030/. Acesso em: 28 dez. 2025.
    • APA

      Araújo, C. F. G. de. (2024). Uma Suprema Corte do Facebook? A experiência do Comitê de Supervisão da Meta na governança privada de conteúdo online (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2134/tde-25112024-155030/
    • NLM

      Araújo CFG de. Uma Suprema Corte do Facebook? A experiência do Comitê de Supervisão da Meta na governança privada de conteúdo online [Internet]. 2024 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2134/tde-25112024-155030/
    • Vancouver

      Araújo CFG de. Uma Suprema Corte do Facebook? A experiência do Comitê de Supervisão da Meta na governança privada de conteúdo online [Internet]. 2024 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2134/tde-25112024-155030/

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