Microbiota fecal e mediadores inflamatórios de cães com hipersensibilidade alimentar manejados com dieta hipoalergênica a base de proteína hidrolisada (2024)
- Authors:
- Autor USP: AMARAL, ANDRESSA RODRIGUES - FMVZ
- Unidade: FMVZ
- Sigla do Departamento: VCM
- DOI: 10.11606/T.10.2024.tde-17042025-161500
- Subjects: DERMATITE; HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR; INFLAMAÇÃO
- Keywords: Allergic dermatites; Dysbiosis; Food allergy; Inflammation
- Agências de fomento:
- Language: Português
- Abstract: A alergia alimentar (HA) constitui de 10 a 49% das respostas alérgicas em cães, e é a terceira em importância quanto à frequência. A patogenia da HA ainda não está claramente elucidada, embora a hipótese atualmente mais aceita fundamenta-se no comprometimento dos mecanismos de tolerância oral no trato gastrintestinal em indivíduos geneticamente predispostos. O diagnóstico e tratamento fundamenta-se no fornecimento de alimento com características hipoalergênicas, como aqueles com proteína hidrolisada. Evidências científicas apontam que a disbiose intestinal relaciona-se com o desenvolvimento e gravidade da alergia alimentar. Assim, o presente estudo objetivou avaliar o efeito do fornecimento de dieta hipoalergênica com proteína hidrolisada sobre a microbiota fecal, perfil imunológico e resposta clínica de cães com dermatite alérgica durante os testes diagnósticos de eliminação e provocação com trofoalérgico. Para tal, cães com suspeita diagnóstica de HA foram incluídos neste estudo, realizaram coleta de sangue e fezes (T0) para triagem de comorbidades, quantificação e interleucinas 10 e 31 e sequenciamento de microbiota fecal pelo método Illumina. Estes realizaram o teste alimentar para diagnóstico com alimento a base de proteína hidrolisada de frango e duração de 60 dias (T60), seguido de provocação com seu alimento usual anterior. A triagem alimentar identificou 19 animais com HA, os quais apresentaram redução de 85,16% do escore global de alergia e estes foram comparadoscom 20 cães saudáveis e não alérgicos (CO) que seguiram o mesmo protocolo. As variáveis peso, ECC, EMM, CADESI-4, prurido, triglicérides e colesterol foram analisadas por modelo linear misto geral. As variáveis IL-10 e IL-31 foram analisadas pelo mesmo modelo, utilizando função de ligação logarítmica e considerando distribuição Gama. Estas análises contemplaram os efeitos fixos de Tratamento (CO vs. HA), Tempo (T0 vs, T60), Interação Tratamento x Tempo, além dos efeitos aleatórios de animal e resíduo. Para as análises de microbiota, foi utilizado o mesmo modelo, mas utilizando função de ligação logística e distribuição binomial. O modelo estatístico considerou as abundâncias observadas para cada táxon e animal do momento T60 com variáveis dependentes e o efeito fixo de Tratamento (CO vs. HA) e abundância inicial (T0) observada para o respectivo táxon e animal, incluída como covariável, foram consideradas como variáveis independentes, além dos efeitos aleatórios de animal e resíduo. Todas as análises foram realizadas com o programa Statistical Analysis System. A IL-31 foi maior no grupo HA em comparação ao grupo CO, mas não diferiu entre T0 e T60 e a IL-10 não foi diferente entre grupos e tempos. Os animais do grupo HA apresentaram menor índice de diversidade Chao 1, maior abundância de bactérias proteolíticas. O perfil de microbiota foi semelhante ao encontrado em situações de disbioses com maior abundância de Bacteroidaceae e Enterobacteriaceae, Fusobacteria,Fusobacterium, Alloprevotella, além de espécies patogênicas de Bacteroides e menor abundância de Erysipelotrichaceae e Turicibacter. Conclui-se que o alimento foi eficaz em reduzir os sinais clínicos nos cães com HA e, nestes, a IL-31 aparenta diferenciá-los do grupo CO, mas o período de 60 dias não propiciou redução clínica significativa deste IL. Cães com HA tem perfil microbiano fecal distinto de cães CO com abundâncias que refletem possível disbiose
- Imprenta:
- Data da defesa: 13.12.2024
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- Cor do Acesso Aberto: gold
- Licença: cc-by-nc-sa
-
ABNT
AMARAL, Andressa Rodrigues. Microbiota fecal e mediadores inflamatórios de cães com hipersensibilidade alimentar manejados com dieta hipoalergênica a base de proteína hidrolisada. 2024. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2024. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-17042025-161500/. Acesso em: 28 dez. 2025. -
APA
Amaral, A. R. (2024). Microbiota fecal e mediadores inflamatórios de cães com hipersensibilidade alimentar manejados com dieta hipoalergênica a base de proteína hidrolisada (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-17042025-161500/ -
NLM
Amaral AR. Microbiota fecal e mediadores inflamatórios de cães com hipersensibilidade alimentar manejados com dieta hipoalergênica a base de proteína hidrolisada [Internet]. 2024 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-17042025-161500/ -
Vancouver
Amaral AR. Microbiota fecal e mediadores inflamatórios de cães com hipersensibilidade alimentar manejados com dieta hipoalergênica a base de proteína hidrolisada [Internet]. 2024 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-17042025-161500/ - Microbiota e produtos de fermentação fecal de cães com doença inflamatória intestinal suplementados com β-glucanos
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Informações sobre o DOI: 10.11606/T.10.2024.tde-17042025-161500 (Fonte: oaDOI API)
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