Influência da epicatequina no músculo esquelético e cardíaco de ratos, submetidos à ação da hidroxicloroquina. Análise morfométrica e imuno-histoquímica in vivo e in vitro (2024)
- Authors:
- Autor USP: BORGO, IRIS JASMIN SANTOS GERMAN - FOB
- Unidade: FOB
- Sigla do Departamento: BAE
- DOI: 10.11606/T.25.2024.tde-31032025-121708
- Subjects: MÚSCULO ESQUELÉTICO; ATROFIA MUSCULAR; FLAVONOIDES
- Keywords: Atrofia muscular; Catechin; Catequinas; Dexametasona; Dexamethasone; Muscle; Muscular atrophy; Músculo cardíaco; Músculo esquelético; Myocardium; MyoD protein; Proteína MyoD; Skeletal
- Language: Português
- Abstract: Os mecanismos que envolvem a fisiopatologia da atrofia muscular inclui processos inflamatórios e oxidativos, além da ativação de várias vias de sinalização que inclui o sistema autofágico, a proteína alvo da rapamicina em mamíferos (mTOR) e o Sistema Ubiquitina Proteasoma (UPS). A atrofia muscular representa uma preocupação no sistema econômico e afeta o âmbito social e a qualidade de vida dos indivíduos. Com isso, estratégias nutricionais têm sido investigadas sobre o consumo de substâncias bioativas na atrofia da musculatura esquelética e cardíaca. As catequinas pertencem à família dos flavonoides e estão presentes em várias frutas e vegetais. O consumo destes polifenóis tem sido associado a vários efeitos positivos em doenças que envolvem o estresse oxidativo, como a diabetes, doenças cardiovasculares e degenerativas. Apesar dos efeitos positivos, existem inconsistências em relação ao protocolo para atingir os efeitos terapêuticos esperados. Nesse contexto, o propósito dessa tese é estudar as catequinas no tecido ósseo, no músculo esquelético e cardíaco. Material e métodos: No artigo 1, foram avaliados os mecanismos moleculares e os protocolos clínicos da epicatequina (EC) na atrofia muscular por meio de uma revisão sistemática que abordou uma análise qualitativa dos estudos publicados nas bases de dados, PubMed/MEDLINE, Embase, Cochrane Library e Web of Science. A epicatequina mostrou efeitos positivos na ativação da folistatina, e inibiu a miostatina, além de ter ação na fosforilação da principal via de sinalização das proteínas, a via AKT/mTORC1 (proteína quinase B/Proteína alvo da rapamicina em mamíferos) e conseguiu estimular os fatores miogênicos, o fator miogênico 5 (Myf5), a proteína de diferenciação miogênica (MyoD) e a miogenina. Adicionalmente, a EC inativou os genes autofágicos associados as vias catabólicas, como são a proteína da atrofia muscular F-box (MAFbx), o fator detransição forkhead (FOXO) e a proteína RING-finger de músculo (MuRF1), promoveu a biogênese mitocondrial e a capilaridade. No artigo 2, foi possível explorar a ação das catequinas na diferenciação osteoblástica, incremento do volume ósseo, aumento da expressão das proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs) osteonectina e osteoprotegerina, além de reduzir enzimas pro-inflamatórias, IL-6 (Interleucina-6), Factor nuclear kappa B (NF-B), fator de necrose tumoral alfa (TNF-) e suprimiu a osteoclastogênese pelo ativador do receptor do ligante do fator nuclear kappaB (RANKL), inclusive no osso alveolar. Na bioengenharia tecidual, as catequinas, especialmente a galato de epigalocatequina (EGCG), tem mostrado propriedades indutivas, principalmente quando associada às esponjas de colágeno com hidroxiapatita, promovendo a regeneração óssea. No artigo 3, foi avaliado o efeito da epicatequina e hidroxicloroquina na musculatura cardíaca e esquelética, usando a dexametasona como modelo de atrofia muscular em ratos da linhagem Sprague-Dawley. Os resultados da análise morfométrica mostraram uma maior espessura do ventrículo esquerdo no grupo epicatequina, e as menores medias foram obtidas pelo grupo hidroxicloroquina e dexametasona. A interrupção da hidroxicloroquina aumentou o diâmetro das fibras do músculo diafragma. O MuRF foi marcado significativamente no grupo dexametasona. Esta droga afetou o diâmetro do digástrico e o músculo extensor longo dos dedos (EDL) e a área e o diâmetro do diafragma. Em relação ao biomarcador MyoD, foi significativamente maior no grupo epicatequina (GE), no coração e no diafragma. Em conclusão, a epicatequina apresentou propriedades que beneficiam a miogênese e osteoblastogênese, podendo ser considerada com uma estratégia nutricional promissora, principalmente em pacientes com doenças associadas à atrofiamuscular e doenças ósseas. No entanto, existe a necessidade de avaliar as catequinas em nanodeliveries, o que pode ser a chave para compensar a baixa disponibilidade e instabilidade destes compostos
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- Data da defesa: 13.12.2024
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ABNT
BORGO, Iris Jasmin Santos German. Influência da epicatequina no músculo esquelético e cardíaco de ratos, submetidos à ação da hidroxicloroquina. Análise morfométrica e imuno-histoquímica in vivo e in vitro. 2024. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Bauru, 2024. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-31032025-121708/. Acesso em: 13 jun. 2025. -
APA
Borgo, I. J. S. G. (2024). Influência da epicatequina no músculo esquelético e cardíaco de ratos, submetidos à ação da hidroxicloroquina. Análise morfométrica e imuno-histoquímica in vivo e in vitro (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Bauru. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-31032025-121708/ -
NLM
Borgo IJSG. Influência da epicatequina no músculo esquelético e cardíaco de ratos, submetidos à ação da hidroxicloroquina. Análise morfométrica e imuno-histoquímica in vivo e in vitro [Internet]. 2024 ;[citado 2025 jun. 13 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-31032025-121708/ -
Vancouver
Borgo IJSG. Influência da epicatequina no músculo esquelético e cardíaco de ratos, submetidos à ação da hidroxicloroquina. Análise morfométrica e imuno-histoquímica in vivo e in vitro [Internet]. 2024 ;[citado 2025 jun. 13 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-31032025-121708/ - Polyphenols, alkaloids, and terpenoids against neurodegeneration: evaluating the neuroprotective effects of phytocompounds through a comprehensive review of the current evidence
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Informações sobre o DOI: 10.11606/T.25.2024.tde-31032025-121708 (Fonte: oaDOI API)
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