A vivência do tempo em universitárias deprimidas em situação de crise a partir da psicopatologia fenômeno-estrutural (2024)
- Authors:
- Autor USP: PAIÃO, ARIANE VOLTOLINI - IP
- Unidade: IP
- Sigla do Departamento: PSC
- DOI: 10.11606/D.47.2024.tde-02042025-163005
- Subjects: TEMPO (FILOSOFIA); DEPRESSÃO; ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS; COVID-19; PSICOPATOLOGIA; FENOMENOLOGIA
- Keywords: Depression; Phenomeno-structural psychopathology; Psicopatologia fenômeno-estrutural; Time; University
- Agências de fomento:
- Language: Português
- Abstract: O tempo foi amplamente investigado por diversas áreas do conhecimento científico. Eugène Minkowski retomou o conceito de Henri Bergson de tempo vivido, que considera a introspecção e a experiência de vida dos indivíduos. A observação da desagregação da noção do tempo na melancolia esquizofrênica levou Minkowski a compreender os pacientes com transtornos mentais na perspectiva fenomenológica do tempo, o que influenciou a compreensão da experiência depressiva. Além dessa experiência, a vivência do tempo pode se manifestar de forma alterada em outras situações, incluindo a pandemia de Covid-19. Tendo isso em vista, o objetivo deste estudo foi investigar a vivência do tempo em universitárias deprimidas nessa situação de crise por meio do estudo de casos com três estudantes universitárias. A vivência do tempo das jovens foi captada em 30 atendimentos clínicos, compreendidos pela psicopatologia fenômeno-estrutural, desenvolvida por Minkowski. Considerando as vivências predominantes na psicoterapia, Mariana apresentou uma vivência do tempo marcada pela antecipação e pela aceleração, utilizando o presente como um meio de sacrifício para alcançar o futuro, que parecia ser um credor e carecia de um sentido autêntico. Lara sentia o futuro em uma perspectiva fechada, não parecia vinculada ao presente nem presa ao passado, parecia estar desapropriada do tempo. Olívia apresentou uma vivência do presente de forma expandida, o passado foi vivido como pesar e o futuro como ameaça e portadorde catástrofes. Esses resultados mostraram que a alteração na vivência do tempo pela pandemia não se manifestou de forma direta na linguagem das pacientes. No entanto, a relação interpessoal estabelecida com a terapeuta mostrou que, apesar de as jovens apresentarem vivências do tempo singulares, a vivência do futuro não sentido como abertura foi comum entre elas, o que pode ter sido consequência da pandemia, período permeado por um futuro incerto. Dessa forma, é possível dizer que esse aspecto temporal da pandemia pode ter relação com a experiência de depressão percebida nas jovens
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- Data da defesa: 22.11.2024
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- Cor do Acesso Aberto: gold
- Licença: cc-by-nc-sa
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ABNT
PAIÃO, Ariane Voltolini. A vivência do tempo em universitárias deprimidas em situação de crise a partir da psicopatologia fenômeno-estrutural. 2024. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2024. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-02042025-163005/. Acesso em: 04 ago. 2025. -
APA
Paião, A. V. (2024). A vivência do tempo em universitárias deprimidas em situação de crise a partir da psicopatologia fenômeno-estrutural (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-02042025-163005/ -
NLM
Paião AV. A vivência do tempo em universitárias deprimidas em situação de crise a partir da psicopatologia fenômeno-estrutural [Internet]. 2024 ;[citado 2025 ago. 04 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-02042025-163005/ -
Vancouver
Paião AV. A vivência do tempo em universitárias deprimidas em situação de crise a partir da psicopatologia fenômeno-estrutural [Internet]. 2024 ;[citado 2025 ago. 04 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-02042025-163005/ - A vivência do tempo em universitárias deprimidas em situações de crise a partir do método fenômeno-estrutural
- As consultas terapêuticas na prevenção do suicídio
- O olhar disruptivo da psicopatologia fenomenológica para o adoecimento mental
- A vivência do tempo em universitárias deprimidas em situações de crise a partir do método fenômeno-estrutural
Informações sobre o DOI: 10.11606/D.47.2024.tde-02042025-163005 (Fonte: oaDOI API)
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