Impacto da leucina e da fonte proteica nas adaptações musculares ao treinamento de força (2021)
- Autor:
- Autor USP: SILVA, HAMILTON AUGUSTO ROSCHEL DA - EEFE
- Unidade: EEFE
- Sigla do Departamento: EFE
- DOI: 10.11606/T.39.2021.tde-02042025-075839
- Subjects: NUTRIÇÃO; SUPLEMENTOS DIETÉTICOS; TREINAMENTO DE FORÇA; METABOLISMO
- Language: Português
- Abstract: A massa muscular é regulada pelo balanço coordenada entre as taxas flutuantes de síntese e degradação proteica muscular. A ingestão alimentar é um aspecto chave no processo de regulação do turnover proteico, e os aminoácidos essenciais, em particular a leucina, exercem papel central na estimulação do anabolismo do músculo esquelético. É sabido que as fontes proteicas (animal e vegetal) diferem em relação às suas disponibilidades de aminoácidos essenciais, de tal forma que não só a suplementação de leucina, como a manipulação das fontes proteicas na dieta têm sido alvo de escrutínio científico em relação às suas capacidades de otimizarem a resposta anabólica ao exercício. Assim, nosso grupo tem se dedicado a conduzir ensaios clínicos controlados em diversas populações potencialmente beneficiadas pela suplementação de leucina ou de proteínas (de diferentes fontes). Nesta tese, são apresentados achados relativos a quatro estudos que investigaram à eficácia da suplementação de leucina ou da manipulação da fonte proteica, sempre combinadas ao treinamento físico, tanto em indivíduos jovens saudáveis quanto em idosos frágeis. No primeiro estudo, a suplementação de 10g/dia leucina por três meses não resultou em ganhos adicionais de massa muscular – expressa pela área de secção transversa do músculo vasto lateral e força muscular dinâmica máxima de membros inferiores (1RM leg-press) em comparação ao grupo placebo (todos p > 0,05) em homens adultos jovens, saudáveis, consumindo quantidades adequadas de proteína na dieta (i.e.; ≥ 1,6 g/kg/dia) e submetidos a um programa supervisionado de treinamento de força. (Continua)(Continuação) No segundo estudo, a suplementação de 7,5 g/dia de leucina em idosas pré-frágeis e frágeis também não resultou em efeitos maiores do que os experimentados pelo grupo placebo em massa muscular (área de secção transversa do vasto lateral), massa magra (total e apendicular), força dinâmica máxima de membros inferiores (1RM leg-press) e superiores (1RM supino), força isométrica máxima (pico de torque) de membros inferiores e funcionalidade (teste de sentar e levantar e teste de levantar e ir) após 4 meses de intervenção (suplementação + treinamento de força supervisionado). No terceiro, a suplementação de proteínas de diferentes fontes (vegetal – proteína isolada da soja ou animal – proteína isolada do soro do leite) oferecidas adicionalmente à dieta omnívora habitual, combinada ao treinamento de força por 4 meses, não resultou em maiores ganhos de massa muscular, massa magra, força e de membros inferiores e superiores e funcionalidade (mesmas variáveis do estudo 2) do que o grupo placebo (todos p > 0,05) em idosas com pré-fragilidade e fragilidade. No último estudo desta tese, observamos que dietas hiperproteicas (alimentos + suplementos proteicos) exclusivamente à base de proteínas de fonte vegetal (indivíduos veganos) são igualmente capazes de dar suporte aos ganhos de massa magra (total e de membros inferiores), massa muscular (área de secção transversa dos músculos vasto lateral e reto femoral) e área da fibra muscular (imuno-histoquímica de amostras de biópsia muscular) quando comparadas com dietas mistas (indivíduos omnívoros) de mesmo aporte proteico. (Continua)(Continuação) Coletivamente, os achados reportados nesta tese não oferecem suporte ao uso da suplementação de leucina isolada para amplificar as adaptações musculares induzidas pelo treinamento de força, tanto em jovens saudáveis quanto em idosas mais vulneráveis, com diferentes aportes proteicos na dieta. Além disso, nossos achados colocam em xeque a assunção de que a fonte proteica exerça papel importante na modulação dos ganhos de massa e força musculares em resposta a um programa de treinamento de força em idosas com pré-fragilidade e fragilidade com aumento moderado do aporte proteico ou em homens jovens, saudáveis, em dieta hiperproteica vegana ou omnívora
- Imprenta:
- Data da defesa: 17.11.2021
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- Cor do Acesso Aberto: gold
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ABNT
ROSCHEL, Hamilton. Impacto da leucina e da fonte proteica nas adaptações musculares ao treinamento de força. 2021. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/39/tde-02042025-075839/pt-br.php. Acesso em: 23 abr. 2025. -
APA
Roschel, H. (2021). Impacto da leucina e da fonte proteica nas adaptações musculares ao treinamento de força (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/39/tde-02042025-075839/pt-br.php -
NLM
Roschel H. Impacto da leucina e da fonte proteica nas adaptações musculares ao treinamento de força [Internet]. 2021 ;[citado 2025 abr. 23 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/39/tde-02042025-075839/pt-br.php -
Vancouver
Roschel H. Impacto da leucina e da fonte proteica nas adaptações musculares ao treinamento de força [Internet]. 2021 ;[citado 2025 abr. 23 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/39/tde-02042025-075839/pt-br.php - Training for Power and Speed: Effects of Increasing or Decreasing Jump Squat Velocity in Elite Young Soccer Players
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Informações sobre o DOI: 10.11606/T.39.2021.tde-02042025-075839 (Fonte: oaDOI API)
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