(Des)construindo a negação afixal: uma abordagem morfossintática e semântica de formações com prefixos negativos do português brasileiro (2024)
- Authors:
- Autor USP: MONTEIRO, BEATRICE NASCIMENTO - FFLCH
- Unidade: FFLCH
- Sigla do Departamento: FLL
- DOI: 10.11606/T.8.2024.tde-18022025-112703
- Assunto: MORFOSSINTAXE
- Keywords: Affixal negation; Morfossemântica; Morphosemantics; Negação afixal
- Agências de fomento:
- Language: Português
- Abstract: Esta tese tem o objetivo de investigar a expressão de diferentes nuances semânticas da negação afixal por meio da análise de palavras com afixos negativos do Português Brasileiro. Para isso, analisamos os comportamento morfossemântico e morfossintático de afixos negativos, mais especificamente os prefixos a-, in- e des-, sob o viés do modelo teórico da Morfologia Distribuída. Com base nos resultados encontrados, desenvolvemos uma análise formal para as diferentes configurações estruturais em que esses afixos podem ser utilizados na formação de palavras, correlacionando aspectos formais a aspectos semânticos. A nossa análise demonstrou que o prefixo a- é usado no Português Brasileiro atual, de maneira bastante restrita, em algumas formações adjetivais. Propusemos, então, que esse afixo é especificado para a categoria adjetival e para algumas raízes específicas. Quanto ao prefixo in-, verificamos que ele é utilizado em contextos nos quais há um significado estativo envolvido: em adjetivos estativos, nomes com significação estativa, verbos estativos ou que expressem mudança de estado (caso em que o in- modifica a formação internamente, alterando a significação do estado-alvo). Assim, propomos que o in- é especificado para o traço semântico [state].Já o prefixo des- é utilizado em uma diversidade de contextos: em adjetivos, nominalizações, verbos de atividade, verbos que denotam mudança e formações avaliativas, tomando diferentes escopos. Essa distribuição ampla nos leva a defender que o des- é subespecificado, constituindo a realização default da negação afixal do Português Brasileiro. Propomos que esses prefixos funcionam como modificadores, alterando a interpretação semântica dos elementos sobre os quais tomam escopo para a significação oposta. Assumimos que os afixos negativos têm, em comum, o traço mínimo [neg] e que a diferenciação entre os afixos negativos é dada pela combinação (ou não) do traço [neg] com outras especificações. A nossa análise mostrou, ainda, que as diferentes nuances semânticas sobre as quais a literatura sobre negação afixal tem tratado constituem diferentes leituras geradas pela inserção do modificador negativo em configurações estruturais específicas
- Imprenta:
- Data da defesa: 04.10.2024
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ABNT
MONTEIRO, Beatrice Nascimento. (Des)construindo a negação afixal: uma abordagem morfossintática e semântica de formações com prefixos negativos do português brasileiro. 2024. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2024. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-18022025-112703/. Acesso em: 10 maio 2025. -
APA
Monteiro, B. N. (2024). (Des)construindo a negação afixal: uma abordagem morfossintática e semântica de formações com prefixos negativos do português brasileiro (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-18022025-112703/ -
NLM
Monteiro BN. (Des)construindo a negação afixal: uma abordagem morfossintática e semântica de formações com prefixos negativos do português brasileiro [Internet]. 2024 ;[citado 2025 maio 10 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-18022025-112703/ -
Vancouver
Monteiro BN. (Des)construindo a negação afixal: uma abordagem morfossintática e semântica de formações com prefixos negativos do português brasileiro [Internet]. 2024 ;[citado 2025 maio 10 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-18022025-112703/
Informações sobre o DOI: 10.11606/T.8.2024.tde-18022025-112703 (Fonte: oaDOI API)
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