Avaliação tardia da cirurgia de retalho faríngeo (2015)
- Authors:
- USP affiliated authors: YAMASHITA, RENATA PACIELLO - HRAC ; OLIVEIRA, DEBORA NATALIA DE - HRAC ; ANDREOLI, MARIANA LOPES - HRAC
- Unidade: HRAC
- Subjects: FISSURA LÁBIOPALATINA; INSUFICIÊNCIA VELOFARÍNGEA; DISTÚRBIOS DA FALA
- Language: Português
- Abstract: INTRODUÇÃO: A cirurgia de retalho faríngeo (CRF) é um procedimento indicado para o tratamento da insuficiência velofaríngea, cujo principal sintoma é a hipernasalidade. Para complementar os achados peceptivos dos resultados de fala da CRF são utilizados métodos instrumentais, como a nasometria e a técnica fluxo pressão. OBJETIVOS: Investigar o efeito tardio da CRF sobre a fala. METODOLOGIA: Análise retrospectiva de registros nasométricos e aerodinâmicos (técnica fluxo-pressão) pré e pósoperatórios de 10 pacientes com fissura labiopalatina reparada, ambos os sexos, com idades entre 8 e 39 anos, submetidos à CRF de pedículo superior. Os pacientes foram avaliados, em média, 3 dias antes (PRÉ) e, 9±5 meses (PÓS1) e 79±31 meses (PÓS2) após a cirurgia. A nasalância (correlato acústico da nasalidade) foi determinada durante a leitura de amostras de fala padronizadas, composta exclusivamente por sons orais, utilizando-se um nasômetro 6400 (Kay Elemetrics Corp.). Valores de nasalância superiores a 27% são considerados sugestivos de hipernasalidade. Na avaliação aerodinâmica (sistema PERCI-SARS), o fechamento velofaríngeo (FVF) foi estimado a partir da medida da área de secção transversa mínima velofaríngea obtida durante a produção do fone /p/, inserido no vocábulo “rampa”, permitindo classificálo em: fechamento adequado (0 a 4,9mm2), adequado-marginal (5 a 9,9mm2), marginal-inadequado (10 a 19,9mm2) e fechamento inadequado (≥20mm2), de acordo com classificação de Warren (1997). As diferenças entre os valores pré e pós-operatório foram verificadas pelo teste ANOVA, com nível de significância a 5%. Adicionalmente, foi realizado teste de comparações múltiplas pareadas por meio do teste de Tukey. RESULTADOS: Na avaliação nasométrica, as médias±DP foram de 45±8%, 29±17% e 23±12%, respectivamente, para o PRÉ, PÓS1 e PÓS2, com diferença significante entre PRÉ e PÓS1 eentre PRÉ e PÓS2. Observou-se valor médio sugestivo de hipernasalidade no PÓS1 e normalidade no PÓS2. Na avaliação aerodinâmica, as proporções de pacientes de acordo com o grau de FVF, respectivamente para os três tempos cirúrgicos (PRÉ, PÓS1 E PÓS2) foram de: 10%, 50% e 90%, para o FVF adequado; 0%, 30% e 0%, para o FVF adequadomarginal; 20%, 0% e 0%, para marginalinadequado e 70%, 20% e 10%, para o FVF inadequado. Houve diferença significante entre PRÉ e PÓS1 e entre PRÉ e PÓS2. Em ambos os métodos, não houve diferença entre PÓS1 e PÓS2. CONCLUSÃO: A avaliação tardia dos resultados de fala da CRF mostrou-se semelhante à avaliação em curto prazo. Entretanto, a análise individual dos casos mostra uma tendência a maior adequação da fala no pósoperatório tardio. Salienta-se, assim, a necessidade de realizar o acompanhamento dos resultados em diferentes estágios no pós-cirúrgico, bem como verificar as variáveis que influenciam os resultados em longo prazo. Salientase, assim, a necessidade de acompanhar o paciente em diferentes estágios no póscirúrgico, bem como verificar as variáveis que influenciam os resultados em longo prazo.
- Imprenta:
- Publisher: Universidade de São Paulo, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais
- Publisher place: Bauru
- Date published: 2015
- Source:
- Conference titles: Simpósio Internacional de Fissuras Orofaciais e Anomalias Relacionadas
-
ABNT
ANDREOLI, Mariana Lopes e OLIVEIRA, Débora Natália de e YAMASHITA, Renata Paciello. Avaliação tardia da cirurgia de retalho faríngeo. 2015, Anais.. Bauru: Universidade de São Paulo, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, 2015. Disponível em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/4751ec34-9363-4003-a6d9-10ebf9160fc6/3237206.pdf. Acesso em: 04 dez. 2025. -
APA
Andreoli, M. L., Oliveira, D. N. de, & Yamashita, R. P. (2015). Avaliação tardia da cirurgia de retalho faríngeo. In Anais. Bauru: Universidade de São Paulo, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais. Recuperado de https://repositorio.usp.br/directbitstream/4751ec34-9363-4003-a6d9-10ebf9160fc6/3237206.pdf -
NLM
Andreoli ML, Oliveira DN de, Yamashita RP. Avaliação tardia da cirurgia de retalho faríngeo [Internet]. Anais. 2015 ;[citado 2025 dez. 04 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/4751ec34-9363-4003-a6d9-10ebf9160fc6/3237206.pdf -
Vancouver
Andreoli ML, Oliveira DN de, Yamashita RP. Avaliação tardia da cirurgia de retalho faríngeo [Internet]. Anais. 2015 ;[citado 2025 dez. 04 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/4751ec34-9363-4003-a6d9-10ebf9160fc6/3237206.pdf - Função velofaríngea após cirurgia de retalho faríngeo: influência do tipo de fissura labiopalatina
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| Tipo | Nome | Link | |
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