Tectonic evolution of the Southern Espinhaço Front in Serra do Cipó-MG (2024)
- Autores:
- Autor USP: JONCEW, HENRIQUE CHAVES - IGC
- Unidade: IGC
- Sigla do Departamento: GMG
- DOI: 10.11606/T.44.2024.tde-20062024-092228
- Assuntos: GEOCRONOLOGIA; INCLUSÃO FLUÍDA; GEOLOGIA ESTRUTURAL
- Palavras-chave do autor: Análise de deformação; Cinturão de dobras e cavalgamentos; EBSD; Fold-and-thrust belt; Strain analysis
- Idioma: Inglês
- Resumo: Este trabalho caracteriza a evolução do Front do Espinhaço Meridional na região da Serra do Cipó-MG por meio de mapeamento geológico e análises estruturais de campo, strain, eixos cristalográficos de quartzo por EBSD e inclusões fluidas em veios de quartzo, além de datações radiométricas K-Ar e Rb-Sr in situ em mica e U-Pb em zircões detríticas. A região foi dividida em dois domínios tectônicos: o antepaís (oeste) e o cinturão de dobras e cavalgamentos (leste). O antepaís é composto pela Formação São João da Chapada (Supergrupo Espinhaço) e pelas formações Sete Lagoas e Serra de Santa Helena (Grupo Bambuí). O cinturão de dobras e cavalgamentos é constituído por formações superiores do Supergroup Espinhaço (Galho do Miguel, Santa Rita e Córrego dos Borges). A fronteira entre os domínios é demarcada pelo Front do Espinhaço, um empurrão ou zona de cisalhamento reversa de direção NNW-SSE, e pela inversão estratigráfica das formações Santa Rita e Sete Lagoas. Uma série de falhas de empurrão e zonas de cisalhamento reversas paralelas à estrutura principal ocorrem em ambos os compartimentos, acompanhadas pelo desenvolvimento de foliação de achatamento e lineações de estiramento mergulhantes para leste e por estruturas associadas à deformação como dobras assimétricas e indicadores cinemáticos, invariavelmente apontando vergência para oeste. No Domínio do Antepaís, a Formação São João da Chapada constitui o embasamento rígido do Grupo Bambuí. Essas unidades são separadas por umasuperfície de descolamento. A análise de strain apontou elipsoides de deformação predominantemente oblatos, e planos de achatamento (XY) e direções de estiramento (X) coerentes com o contexto regional. Em nível intracristalino, os eixos [c] e de quartzo sugerem deformação por uma combinação de dissolução por pressão e deslizamento de defeitos intracristalinos. A dissolução por pressão é o principal mecanismo nas frações granulométricas mais finas das rochas, enquanto o deslizamento de defeitos intracristalinos é o mecanismo primário nas frações mais grossas. O sistema romboédrico de deslizamento foi o mais ativo durante a deformação, porém há evidências da ocorrência de deslizamento ao longo do plano basal em rochas do antepaís. Cada domínio tectônico contém sua própria população de inclusões fluidas, sugerindo que os fluidos que originaram os veios de quartzo eram provavelmente salmouras e águas meteóricas intrabacinais. Combinando-se as paragêneses metamórficas e dados de inclusões fluidas, cristalinidade da ilita, e EBSD, é possível estimar que a deformação ocorreu a 300-411 ºC e 1.7-6.0 kbar no antepaís e a 385-450 ºC e 2.8-8.0 kbar no cinturão de dobras e cavalgamentos. Segundo a datação Rb-Sr in situ em muscovita, o pico metamórfico local ocorreu há 548.8 ± 17.1 Ma, e idades de frações finas do mesmo mineral foram datadas entre 510.3 ± 5.3 e 432.6 ± 7.5 Ma, com indicativo de estágios sucessivos de resfriamento. A proposta aqui apresentada é a de que o cinturão dedobras e cavalgamentos evoluiu segundo o modelo de cunha de Coulomb, controlado pelas forças tectônicas geradas pelo espalhamento lateral e pelo empuxo das raízes do edifício orogênico. Nesse contexto, a região de estudo passou por uma sucessão de períodos de espessamento crustal marcado por deformação progressiva até que se alcançasse o ângulo de abertura crítico da cunha, o que, no incremento de deformação posterior, causou a formação das frentes de empurrão que marcam as fases de avanço do cinturão de cavalgamentos sobre o antepaís. O processo permaneceu ativo até o fim da atividade orogênica e o reestabelecimento do equilíbrio isostático
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- Data da defesa: 08.05.2024
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ABNT
JONCEW, Henrique Chaves. Tectonic evolution of the Southern Espinhaço Front in Serra do Cipó-MG. 2024. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2024. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-20062024-092228/. Acesso em: 08 nov. 2024. -
APA
Joncew, H. C. (2024). Tectonic evolution of the Southern Espinhaço Front in Serra do Cipó-MG (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-20062024-092228/ -
NLM
Joncew HC. Tectonic evolution of the Southern Espinhaço Front in Serra do Cipó-MG [Internet]. 2024 ;[citado 2024 nov. 08 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-20062024-092228/ -
Vancouver
Joncew HC. Tectonic evolution of the Southern Espinhaço Front in Serra do Cipó-MG [Internet]. 2024 ;[citado 2024 nov. 08 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-20062024-092228/
Informações sobre o DOI: 10.11606/T.44.2024.tde-20062024-092228 (Fonte: oaDOI API)
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