Explorando padrões ecomorfológicos e a evolução da forma em Stomiiformes (Actinopterygii: Teleostei): um estudo de adaptações de peixes de águas profundas (2023)
- Authors:
- Autor USP: GOMES, AMANDA ALVES - IO
- Unidade: IO
- Sigla do Departamento: IOB
- Subjects: PEIXES MARINHOS; PEIXES DE ÁGUA SALGADA; OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA
- Language: Inglês
- Abstract: Stomiiformes é um grupo monofilético e diverso de peixes mesopelágicos e batipelágicos que inclui 457 espécies válidas classificadas em 52 gêneros e cinco famílias, incluindo os peixes- boca-de-cerda, os peixes-machadinha e os peixes-dragão. O objetivo deste estudo é investigar os padrões de evolução da forma do corpo e da forma do crânio entre os Stomiiformes usando morfometria geométrica em duas e três dimensões em um contexto ecológico e filogenético. Para a análise da forma do corpo, um total de 473 espécimes pertencentes a 55 espécies diferentes foram fotografados, e posteriormente, quatorze landmarks e 50 semilandmarks foram definidos nas imagens digitais. Para a investigação da forma do crânio, um total de 29 táxons de Stomiiformes foi escaneado usando um microtomógrafo, e posteriormente 33 landmarks foram marcados nas reconstruções tridimensionais. Os dados morfométricos foram submetidos à análise de componentes principais (PCA) e à análise de métodos comparativos (disparidade morfológica e ANOVA de Procrustes) para visualizar diferenças de variância entre clados, classes alimentares, profundidade, proporções cranianas e características dentárias, em seguida, relacionados com uma filogenia do grupo e testado quanto ao sinal filogenético. No geral, todos os clados de Stomiiformes variam em termos de formato do crânio e do corpo, mas a disparidade morfológica foi maior entre os peixes-dragão (Stomiidae) e peixes-machadinha (Sternoptychidae). Em relação à forma do corpo, os principais eixos da PCA descrevem uma transição de espécies com nadadeira dorsal no meio do corpo, nadadeira anal longa e corpo fusiforme ou alto para espécies com a nadadeira dorsal posicionada mais posteriormente no corpo e paralela a uma nadadeira anal curta, em um corpo alongado.(Continua)(Continuação) Em relação à forma do crânio, o eixo principal de variação total descreve uma transição de um crânio alto para um crânio alongado e com maxilas grandes. Existe uma tendência de alongamento do corpo em relação à profundidade, com as espécies meso-batipelágicas apresentando corpos mais alongados do que aquelas restritas à zona mesopelágica. Além disso, as espécies piscívoras e generalistas exibem maior disparidade morfológica quanto à forma do corpo quando comparadas aos zooplanctívoros. No entanto, quando inserido a filogenia, a disparidade morfológica da forma do corpo não foi significativa. Em contraste, considerando apenas o crânio, não houve correlação significativa entre a forma do crânio e as características ecológicas, com ou sem a adição da filogenia. Além disso, houve um sinal filogenético significativo e forte na forma do crânio e do corpo entre os Stomiiformes, com táxons intimamente relacionados tendendo a se agrupar no filomorfoespaço, como resultado da história evolutiva compartilhada, que é frequentemente interpretada como conservadorismo evolutivo ou filogenético. Este é o primeiro estudo a investigar quantitativamente as mudanças no formato do corpo e do crânio dos Stomiiformes. Embora os Stomiiformes tenham uma notável disparidade morfológica nas formas do corpo e do crânio, a evolução da forma dentro dos táxons é explicada principalmente pela filogenia do grupo, como resultado de um padrão de ancestralidade compartilhado. É improvável que características ecológicas, como dieta, profundidade do oceano e migração vertical diária, desempenhem um papel importante na formação da evolução morfológica dos Stomiiformes. Outra hipótese possível é que os dados selecionados não tenham sido capazes de detectar a importância da ecologia na amostragem táxon aqui escolhida.
- Imprenta:
- Data da defesa: 19.10.2023
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ABNT
GOMES, Amanda Alves. Explorando padrões ecomorfológicos e a evolução da forma em Stomiiformes (Actinopterygii: Teleostei). 2023. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.21.2023.tde-07022024-124619. Acesso em: 04 ago. 2025. -
APA
Gomes, A. A. (2023). Explorando padrões ecomorfológicos e a evolução da forma em Stomiiformes (Actinopterygii: Teleostei): um estudo de adaptações de peixes de águas profundas (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.21.2023.tde-07022024-124619 -
NLM
Gomes AA. Explorando padrões ecomorfológicos e a evolução da forma em Stomiiformes (Actinopterygii: Teleostei): um estudo de adaptações de peixes de águas profundas [Internet]. 2023 ;[citado 2025 ago. 04 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.21.2023.tde-07022024-124619 -
Vancouver
Gomes AA. Explorando padrões ecomorfológicos e a evolução da forma em Stomiiformes (Actinopterygii: Teleostei): um estudo de adaptações de peixes de águas profundas [Internet]. 2023 ;[citado 2025 ago. 04 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.21.2023.tde-07022024-124619 - A new species of the rare deep-sea genus Sciadonus Garman, 1899 (Teleostei, Bythitidae) from off Brazil, with a discussion of the evolution of troglomorphism and miniaturization in the aphyonid clade
- Body-Shape Evolution among the Dragonfishes and Their Allies (Teleostei: Stomiiformes)
- Diversidade Morfológica dos Peixes da Ordem Stomiiformes (Actinopterygii)
- First report of deep-sea litter on the Brazilian continental slope, Southwestern Atlantic
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