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Avaliação de microinfartos corticais em pacientes com síndrome de Down (2023)

  • Authors:
  • Autor USP: ARANHA, MATEUS ROZALEM - FM
  • Unidade: FM
  • DOI: 10.11606/T.5.2023.tde-07032024-125206
  • Subjects: DEMÊNCIA; DOENÇA DE ALZHEIMER; SÍNDROME DE DOWN
  • Keywords: Alzheimer Disease; Cerebral Amyloid Angiopathy; Cognitive Impairment; Cortical Microinfarcts; Dementia; Down Syndrome; Magnetic Resonance Imaging
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: Microinfartos corticais (MIC) são pequenas lesões isquêmicas no córtex cerebral que até recentemente eram invisíveis em imagens de ressonância magnética (RM) e apenas detectáveis em estudos post-mortem. No entanto, o desenvolvimento da RM 7T permitiu sua detecção in-vivo. Recentemente, diretrizes estabelecidas para a detecção visual de MIC em RM 3T permitiram o estudo dessas lesões em grandes coortes, relacionando MIC a fatores de risco vascular, disfunção cardíaca, hipoperfusão cerebral, acidente vascular cerebral e demência vascular. Além disso, alguns estudos sugerem que MIC são lesões comuns na angiopatia amilóide cerebral, juntamente com micro-hemorragias cerebrais e siderose superficial. Diferenciar as possíveis causas de MIC na população em geral é desafiador devido à frequente sobreposição de patologias. No entanto, na síndrome de Down (SD), a prevalência de fatores de risco vascular é baixa, enquanto a prevalência de angiopatia amiloide cerebral é alta (devido à produção excessiva de proteína precursora amiloide e maior deposição de peptídeo -amiloide no parênquima e capilares cerebrais). A combinação dessas características faz da SD um ótimo modelo para estudar a patologia amiloide como possível causa de MIC. No entanto, nenhum estudo avaliando MIC nesta população foi realizado até o momento. Hipótese: Hipotetizamos que em SD os MIC estão relacionados à angiopatia amiloide cerebral, dada a amiloidose cerebral onipresente e a baixa prevalência de fatoresde risco vasculares nesta população. Objetivos: Nosso objetivo foi caracterizar os MIC na SD investigando sua a prevalência de acordo com a idade e ao longo do espectro clínico da doença de Alzheimer (DA), sua distribuição topográfica e sua associação com fatores de risco vascular, outros achados vasculares por neuroimagem, sexo, haplotipo APOE, biomarcadores AT(N) no líquido cefalorraquidiano e no plasma, e desempenho cognitivo. Métodos: Este estudo transversal com RM 3T incluiu participantes das coortes DABNI e SPIN. A coorte SPIN é uma coorte para descoberta e validação de biomarcadores que inclui voluntários saudáveis e participantes com diferentes doenças neurodegenerativas. A coorte DABNI faz parte do estudo SPIN e é uma coorte de base populacional de adultos com SD e biomarcadores multimodais da DA. O presente estudo incluiu 364 participantes com RM 3T, sendo 195 adultos com SD (126 assintomáticos, 29 com DA prodrômica e 40 com demência por DA), 63 com pacientes DA esporádica sintomática (43 com DA prodrômica e 20 com demência por DA) e 106 controles cognitivamente normais. Um neurorradiologista (cego aos dados e diagnósticos dos participantes) analisou visualmente imagens de RM 3T para detectar MIC (usando um previamente protocolo validado), avaliar a carga de hiperintensidades de substância branca em FLAIR, a presença de lacunas, de grandes infartos corticossubcorticais, de micro-hemorragias e de siderose superficial. Resultados: MIC foram observados em 11,8% dosparticipantes com SD (6.7% de indivíduos assintomáticos e 17.4% de indivíduos com DA sintomática), 4,7% dos controles e 17,5% dos participantes com DA esporádica (p=0.061). A prevalência de MIC aumentou com a idade e ao longo do espectro clínico da DA em SD. Em SD, os MIC foram observados predominantemente nos lobos parietais, enquanto em participantes euploides, os MIC se observam ao longo das linhas parassagitais. Em SD, participantes com MIC apresentaram maiores níveis plasmáticos de NfL do que participantes sem MIC (p=0,044). Neste grupo, participantes com MIC apresentam maior número de lacunas (p=0,026) e de infartos corticossubcorticais (p=0,004) comparados com participantes sem MIC. Foi observada ainda uma tendência de maior prevalência de hiperintensidades de substância branca em FLAIR (Fazekas2) em participantes com MIC (p=0,054). Entretanto, a presença de MIC não apresentou relação com fatores de risco vasculares, lesões hemorrágicas, sexo, haplotipo APOE ou desempenho cognitivo em participantes com SD, com DA esporádica ou em controles cognitivamente normais. Conclusão: Os resultados do presente estudo apoiam nossa hipótese principal de que MIC em SD estão relacionados a angiopatia amiloide cerebral, possivelmente associados a um fenótipo de imagem não hemorrágico da doença
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 07.11.2023
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.5.2023.tde-07032024-125206 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      ARANHA, Mateus Rozalem. Avaliação de microinfartos corticais em pacientes com síndrome de Down. 2023. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-07032024-125206/. Acesso em: 28 set. 2024.
    • APA

      Aranha, M. R. (2023). Avaliação de microinfartos corticais em pacientes com síndrome de Down (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-07032024-125206/
    • NLM

      Aranha MR. Avaliação de microinfartos corticais em pacientes com síndrome de Down [Internet]. 2023 ;[citado 2024 set. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-07032024-125206/
    • Vancouver

      Aranha MR. Avaliação de microinfartos corticais em pacientes com síndrome de Down [Internet]. 2023 ;[citado 2024 set. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-07032024-125206/


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