Avaliação das classificações para fístulas anorretais como indicativas do tratamento cirúrgico realizado e do resultado terapêutico (2023)
- Authors:
- Autor USP: HORA, JOSÉ AMÉRICO BACCHI - FM
- Unidade: FM
- DOI: 10.11606/T.5.2023.tde-23112023-125943
- Subjects: CIRURGIA COLORRETAL; COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS; INCONTINÊNCIA FECAL; RESULTADO DE TRATAMENTO
- Keywords: Anal fistula; Classification; Colorectal surgery; Fecal incontinence; Postoperative complications; Rectal fistula; Treatment outcome
- Language: Português
- Abstract: INTRODUÇÃO: As fístulas anorretais são bastante heterogêneas. Diversas classificações têm sido propostas. A de Parks et al., com quatro tipos anatômicos, é a mais difundida; a preconizada pela American Society of Colon and Rectal Surgeons (ASCRS) categoriza as fístulas entre simples e complexas, conforme o risco de incontinência após fistulotomia; e a do Saint James University Hospital (SJUH) as separa, por ressonância magnética (RM), em cinco graus. Nenhuma consegue, por si só, descrever a doença em sua totalidade e determinar a melhor opção terapêutica. OBJETIVOS: Avaliar a capacidade preditora das classificações de Parks et al., da ASCRS e do SJUH e compará-las em relação tratamento cirúrgico realizado, número de procedimentos e tipo de procedimento inicial; e ao resultado terapêutico do primeiro procedimento definitivo, sucesso e sucesso com preservação da continência. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de coorte, com pacientes submetidos a cirurgia para fístulas anorretais no Serviço de Cirurgia do Cólon, Reto e Ânus do HCFMUSP, entre 13/06/2012 e 13/12/2019, e acompanhamento mínimo de seis meses. Foram excluídos os casos com imunossupressão, doença de Crohn, neoplasia maligna, radioterapia prévia ou tuberculose. Oitenta e nove pacientes foram classificados segundo Parks et al. e ASCRS, e desses, 49 submetidos a RM também, conforme SJUH. Foram analisadas as associações das classificações aos desfechos: número de procedimentos, tipo de procedimento inicial (exame e drenagemexclusivos, fistulotomias sem reconstrução esfincteriana ou "outros procedimentos definitivos"), "sucesso" (cicatrização sem recidiva) e "sucesso" com preservação da continência. RESULTADOS: O seguimento médio foi de 27,6 meses (DP ± 18,6) ), com mediana de 24,7 (mín. 6,2; máx. 86,7). O número de procedimentos por paciente variou de um a oito, com mediana de um e média de 1,7 (DP±1,8), e apresentou associação às classificações de Parks et al. (p = 0,001) e ASCRS (p = 0,004). O tipo de procedimento inicial mostrou associação às classificações de Parks et al. (p < 0,001), ASCRS e SJUH (p = 0,026). A taxa de "sucesso" foi de 87% e foi maior nas fistulotomias sem reconstrução (p < 0,001). Houve associação significativa apenas à escala de Parks et al., com frequência menor nas supraesfincterianas e maior nas interesfincterianas (p = 0,005). Houve piora da continência em 15% dos casos, totalizando 21% de incontinência pós-operatória. A taxa de "sucesso" com preservação da continência foi de 73%, apresentando associação às classificações de Parks et al. (p = 0,008) e ASCRS (p = 0,007), com valores superiores a 90% nos escores mais baixos. CONCLUSÃO: As classificações de Parks et al. e ASCRS apresentaram associação ao tratamento cirúrgico realizado, tanto em relação ao número de procedimentos quanto ao tipo de procedimento inicial, enquanto a do SJUH, apenas ao tipo de procedimento inicial. A classificação de Parks et al. foi associada ao resultado terapêutico do primeiroprocedimento definitivo, tanto em relação ao "sucesso" quanto ao "sucesso" com preservação da continência. A da ASCRS foi associada apenas ao "sucesso" com preservação da continência, e a do SJUH não apresentou associação aos desfechos do resultado terapêutico. A classificação de Parks et al. foi a que demonstrou maior associação significativa aos desfechos estudados
- Imprenta:
- Data da defesa: 03.08.2023
- Este periódico é de acesso aberto
- Este artigo é de acesso aberto
- URL de acesso aberto
- Cor do Acesso Aberto: gold
- Licença: cc-by-nc-sa
-
ABNT
HORA, José Américo Bacchi. Avaliação das classificações para fístulas anorretais como indicativas do tratamento cirúrgico realizado e do resultado terapêutico. 2023. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-23112023-125943/. Acesso em: 11 maio 2025. -
APA
Hora, J. A. B. (2023). Avaliação das classificações para fístulas anorretais como indicativas do tratamento cirúrgico realizado e do resultado terapêutico (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-23112023-125943/ -
NLM
Hora JAB. Avaliação das classificações para fístulas anorretais como indicativas do tratamento cirúrgico realizado e do resultado terapêutico [Internet]. 2023 ;[citado 2025 maio 11 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-23112023-125943/ -
Vancouver
Hora JAB. Avaliação das classificações para fístulas anorretais como indicativas do tratamento cirúrgico realizado e do resultado terapêutico [Internet]. 2023 ;[citado 2025 maio 11 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-23112023-125943/
Informações sobre o DOI: 10.11606/T.5.2023.tde-23112023-125943 (Fonte: oaDOI API)
How to cite
A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas