Caracterização radiométrica de rochas ígneas na Antártica Marítima: aplicações pedológicas (2023)
- Authors:
- Autor USP: DEMATTE, JOSE ALEXANDRE MELO - ESALQ
- Unidade: ESALQ
- Subjects: GÊNESE DO SOLO; INTEMPERISMO; PEDOLOGIA; RADIOMETRIA; ROCHAS ÍGNEAS
- Keywords: Gamaespectrometria
- Agências de fomento:
- Language: Português
- Abstract: Estudos radiométricos em pedologia podem fornecer respostas sobre processos de intemperismo e pedogênese, permitindo modelar, inclusive, vários atributos dos solos. Contudo, esses estudos ainda são pouco utilizados em ciência do solo, principalmente na criosfera Antártica. Com base nisso, foi conduzida uma caracterização radiométrica (radionuclídeos: urânio, tório e potássio-40) em diferentes litologias ígneas na Península Keller. Os teores de radionuclídeos foram quantificados com uso do sensor portátil gama-espectrômetro, modelo Radiation Solution RS 230. As leituras foram realizadas em 62 pontos sobre as seguintes litologias: Basalto: 19; Andesito: 8; Diorito: 15; Tufito; 6; Andesito-Piritizado: 14. Em cada ponto, as leituras foram efetuadas com o sensor em contato direto sobre a respectiva rocha, durante 3 minutos no modo “essay”, que fornece a maior precisão dos valores. O sensor quantifica os valores de urânio e tório em ppm e potássio 40 em %. Foi realizada uma análise de estatística descritiva no software R 4.1, onde os valores médios por geologia foram analisados. Os resultados demonstram que os maiores valores médios de urânio ocorreram sobre Tufito (1,6 ppm), de tório e potássio 40 sobre o Diorito (8,5 ppm e 1.9 %, respectivamente). Por outro lado, os menores valores médios de urânio e tório foram constatados sobre Andesito (1 e 6 ppm, respectivamente) e, os menores teores de potássio 40 foram verificados sobre o Andesito-Piritizado (0,6 %). O basalto apresentou valores intermediários para os três radionuclídeos (1,5 ppm de urânio, 6,8 ppm de tório e 1,5 % de potássio-40).Os teores relativamente baixos de tório e elevados de potássio-40 apresentados estão de acordo com a literatura, que indica maiores valores desses radionuclídeos em rochas ígneas félsicas, em nosso caso o Andesito. Isso se deve ao maior teor de minerais ricos em potássio e enriquecimento de tório na formação e cristalização do magma. Além disso, esses valores indicam baixa intensidade de intemperismo químico e pedogênese. O teor de urânio apresentou a maior variabilidade dentre as litologias estudadas. O Andesito-Piritizado apresentou o menor teor de potássio-40, comparado ao Andesito, indicando a maior taxa de intemperismo químico, devido a sulfurização pela oxidação da pirita, que aumentou a intensidade de hidrólise sobre essa litologia. Concluímos que o Diorito apresentou os maiores teores de tório e potássio em função de sua formação e menor susceptibilidade dessa rocha ao intemperismo. A sulfurização sobre o Andesito-Piritizado reduziu os teores de potássio-40 via hidrólise e lixiviação. O elevado teor de urânio no Tufito pode ser residual devido a menor susceptibilidade dessa rocha ao intemperismo em função de sua estrutura. A maior variabilidade do basalto nos teores de radionuclídeos é devido à influência do magma mais andesítico. A caracterização radiométrica na Antártica tem elevado potencial para aferir a intensidade de intemperismo e pedogênese
- Imprenta:
- Publisher place: Viçosa, MG
- Date published: 2023
- Source:
- Título: Química e mineralogia do solo: bases e aplicações para a produção e sustentabilidade ambiental. Anais ...
- Volume/Número/Paginação/Ano: 83 p
- Conference titles: Simpósio Mineiro de Ciência do Solo
-
ABNT
OLIVEIRA, Isabelle de Angeli et al. Caracterização radiométrica de rochas ígneas na Antártica Marítima: aplicações pedológicas. 2023, Anais.. Viçosa, MG: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, 2023. Disponível em: https://smcs.ufv.br/sem-categoria/anais-vii-smcs/. Acesso em: 24 maio 2025. -
APA
Oliveira, I. de A., Mello, D. C. de, Moquedace, C. M., Francelino, M. R., & Demattê, J. A. M. (2023). Caracterização radiométrica de rochas ígneas na Antártica Marítima: aplicações pedológicas. In Química e mineralogia do solo: bases e aplicações para a produção e sustentabilidade ambiental. Anais ... Viçosa, MG: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo. Recuperado de https://smcs.ufv.br/sem-categoria/anais-vii-smcs/ -
NLM
Oliveira I de A, Mello DC de, Moquedace CM, Francelino MR, Demattê JAM. Caracterização radiométrica de rochas ígneas na Antártica Marítima: aplicações pedológicas [Internet]. Química e mineralogia do solo: bases e aplicações para a produção e sustentabilidade ambiental. Anais .. 2023 ;[citado 2025 maio 24 ] Available from: https://smcs.ufv.br/sem-categoria/anais-vii-smcs/ -
Vancouver
Oliveira I de A, Mello DC de, Moquedace CM, Francelino MR, Demattê JAM. Caracterização radiométrica de rochas ígneas na Antártica Marítima: aplicações pedológicas [Internet]. Química e mineralogia do solo: bases e aplicações para a produção e sustentabilidade ambiental. Anais .. 2023 ;[citado 2025 maio 24 ] Available from: https://smcs.ufv.br/sem-categoria/anais-vii-smcs/ - Caracterização de solos desenvolvidos da Formação Barreiras, Amapá, por meio de geotecnologias
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