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Avaliação da transmissão de Staphylococcus aureus em unidade de terapia intensiva neonatal (2023)

  • Authors:
  • Autor USP: SILVA, CAMILA DE ALMEIDA - FM
  • Unidade: FM
  • DOI: 10.11606/T.5.2023.tde-26052023-111522
  • Subjects: CLOREXIDINA; FATORES DE RISCO; RECÉM-NASCIDO; TESTES DE SENSIBILIDADE MICROBIANA
  • Keywords: Chlorhexidine; Microbial Sensitivity Tests; Mupirocin; Neonatal intensive care unit; Newborn; Risk factors; Staphylococcus aureus
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: O S. aureus é o segundo agente infeccioso mais prevalente em unidades de terapia intensiva neonatais (UTIN), causando morbidade significativa. Nas UTIN estudadas, tornou-se endêmico, causando surtos esporádicos, a despeito de vigilância e descolonização com clorexidina e mupirocina. Objetivos: Avaliar o impacto de uma nova estratégia de banho com clorexidina para descolonização e mudança na precaução de contato na densidade de infecção por S. aureus. Determinar os fatores associados à colonização por S. aureus, avaliar a eficácia da descolonização, determinar o perfil de sensibilidade à clorexidina e mupirocina e clonalidade dos isolados de S. aureus na UTIN. Metodologia: Este estudo de intervenção quasi-experimental avaliou uma nova rotina de banho com toalha umedecida com clorexidina 2% nos recém-nascidos (RN) colonizados com S. aureus, iniciada em janeiro/2018. Precauções de contato para S. aureus resistente à meticilina (MRSA) foram mantidas até a alta hospitalar. Estas mudanças substituíram o banho com solução líquida de clorexidina 2% e a suspensão da precaução baseada em culturas. A densidade de infecção (DI) por S. aureus foi comparada antes (janeiro/2016 dezembro/2017) e pós-intervenção (janeiro/2018-dezembro/2020). Foi realizado seguimento prospectivo de uma coorte de RN, seus pais e profissionais de saúde (PS) durante o ano de 2018. Para avaliação de fatores de risco, análises bivariadas e multivariadas foram utilizadas. Testes fenotípicos egenotípicos foram realizados para caracterização dos isolados de S.aureus. A presença de genes de virulência e do Staphylococcal Cassette Chromosome mec (SCCmec) foi determinada por PCR multiplex. A Eletroforese em gel de campo pulsado foi utilizada para análise do perfil clonal. A avaliação da sensibilidade à clorexidina foi realizada através de ágar diluição e à mupirocina pelo método de disco difusão. Resultados: A análise de série temporal demonstrou tendência à redução da DI após as novas intervenções realizadas. Durante o seguimento da coorte, 13,2% dos RN apresentaram colonização por S. aureus, 5,12% MRSA e 8% S. aureus sensível à meticilina (MSSA). Os pais foram mais colonizados por MSSA (24,6%) que as mães (10%). Uma mãe (0,34%) e um pai (0,40%) estavam colonizados por MRSA. Dentre os PS, 50% estavam colonizados por MSSA e 6,5% por MRSA. O único fator independente na análise multivariada para colonização dos RN por MRSA foi o uso de nutrição parenteral (OR, 3,5; 95% IC, 1,07-11,39; P < 0,045). Não houve fatores de risco associados para pais e PS. Para as mães, a idade foi relacionada. Nos RN descolonizados, a taxa de sucesso foi de 81,2% para MSSA e 90% para MRSA. A incidência de infecção por MSSA foi superior a MRSA, sendo sepse a mais prevalente. A taxa de infecção por S. aureus nos RN colonizados foi de 15% e 0,9% nos não colonizados. Os dois pais e 82% dos PS foram descolonizados para MRSA com sucesso. Identificamos 16 tipos de Pulsed Field Types (PFT) de MRSAe 67 PFT de MSSA circulando na UTIN. Não houve similaridade entre isolados de MRSA de PS e RN, mas de isolados de pais e RN, que não seus filhos. Entre MSSA, não houve similaridade entre RN e seus pais, mas isolados de PS e RN foram relacionados. Foram identificados clusters distintos entre os RN e PS. Os SCCmec tipo I e V predominaram entre os RN. Dentre os PS, encontramos um SCCmec tipo V e dois SCCmec tipo IVa. O gene de virulência LukDE foi encontrado em 86% dos MRSA. Não houve efeitos colaterais associados a descolonização. Nenhum dos isolados de S. aureus apresentou resistência à mupirocina. Não houve suscetibilidade reduzida à clorexidina entre os MRSA. Dois MSSA isolados de RN apresentaram suscetibilidade reduzida com concentração inibitória mínima (CIM) de 8g/ml e redução de CIM após adição de inibidor de bomba de efluxo (CCCP). Conclusão: Um programa de vigilância e descolonização parece ser importante mesmo em cenários endêmicos. Observamos que a transmissão contínua de S. aureus foi secundária à introdução constante de novas cepas na UTIN e fontes não comuns são focos de persistência na unidade. A formação de clusters entre os RN sugere disseminação através das mãos de PS. A descolonização foi segura e eficaz e, apesar da preocupação com a resistência, encontramos baixa taxa de suscetibilidade reduzida à clorexidina, sem resistência à mupirocina
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 14.02.2023
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.5.2023.tde-26052023-111522 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

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    • ABNT

      SILVA, Camila de Almeida. Avaliação da transmissão de Staphylococcus aureus em unidade de terapia intensiva neonatal. 2023. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-26052023-111522/. Acesso em: 02 out. 2024.
    • APA

      Silva, C. de A. (2023). Avaliação da transmissão de Staphylococcus aureus em unidade de terapia intensiva neonatal (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-26052023-111522/
    • NLM

      Silva C de A. Avaliação da transmissão de Staphylococcus aureus em unidade de terapia intensiva neonatal [Internet]. 2023 ;[citado 2024 out. 02 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-26052023-111522/
    • Vancouver

      Silva C de A. Avaliação da transmissão de Staphylococcus aureus em unidade de terapia intensiva neonatal [Internet]. 2023 ;[citado 2024 out. 02 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-26052023-111522/

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