An autoethnographic approach on auditing: a Brazilian investigation (2023)
- Authors:
- Autor USP: CARMO, LIEGE MORAES DO - FEA
- Unidade: FEA
- Sigla do Departamento: EAC
- DOI: 10.11606/T.12.2023.tde-25052023-192823
- Subjects: CONTABILIDADE; CARREIRA PROFISSIONAL; SEXISMO
- Keywords: Audit professional; Carreira de mulheres; Feminine resistance; Inequalities regimes; Regimes de inequidade; Resistência feminina; Shame resilience theory; Women's careers
- Language: Inglês
- Abstract: Nesta tese, discutimos o ambiente social da carreira de auditoria em São Paulo, sob a perspectiva de uma recém-chegada à profissão, com o objetivo de explorar questões como diversidade, equidade, políticas de inclusão, gênero, raça e sexualidade. O estudo dos aspectos sociais da carreira de auditoria é motivado pela necessidade de aprofundar a compreensão de como a esfera social molda o desenvolvimento da carreira de auditores, neste caso, a carreira das mulheres. A literatura contábil existente descreve o campo da auditoria como marcado pela cristalização de ritos e símbolos masculinos e masculinizados. Assim, as trabalhadoras que não se comportam como "trabalhadores ideais", ou seja, a partir do padrão esperado (encaixando-se no molde), sofrem impactos na progressão de sua trajetória profissional (entrada, progressão e saída). Nesse sentido, estudos têm demonstrado obstáculos e dificuldades, abordando diversos temas de conflitos para grupos não-hegemônicos de empregados (mulheres, comunidade LGBTQIAP+, por exemplo). Assim, o estudo é baseado em três artigos que discutem: (i) a socialização de uma mulher recém-chegada ao campo da auditoria com base nos regimes de inequidade de Joan Acker; (ii) o processo de enfrentamento de uma situação conflituosa relacionada à violência contra a mulher e a manifestação a partir de uma posição hierárquica inferior, baseando nossa discussão em "solidariedade afetiva" e "resistência feminista" (Hemmings, 2012; Vachhani & Pullen, 2019);(iii) por fim, propomos uma contribuição metodológica com foco em como as "histórias do campo" podem ajudar os sujeitos da pesquisa (e participantes) a refletir sobre suas próprias experiências e o que elas significam, com base na Shame Reslience Theory. Nossa concepção metodológica utilizou uma abordagem autoetnográfica baseada nas experiências vividas pela autora enquanto trabalhava para uma empresa Big Four em São Paulo. Assim, primeiro, o corpus da pesquisa foi construído como um grande relato de memórias. Em segundo lugar, ele foi organizado em um conjunto de vinhetas curtas que contam tais histórias a partir de um processo de filtragem das situações mais difíceis vivenciadas. Essas vinhetas tratavam de sexismo, homofobia, transfobia e racismo. Usando essas vinhetas, refletimos os sentimentos Nesse sentido, foi possível observar o (i) aprimoramento da compreensão da socialização de uma trabalhadora não-ideal e o desenvolvimento de mecanismos de enfrentamento para resistir a não "se encaixar no molde" e, por fim, promover a luta pela justiça social no local de trabalho; (ii) também, no segundo artigo, construímos a partir de uma perspectiva "outsider within" (pesquisador/estagiário) sobre a compreensão do processo de " denunciar" e se tornar uma aliada em uma situação de discriminação no local de trabalho, e suas repercussões (profissionais e pessoais); e por último, (iii) no terceiro artigo, propomos que o compartilhamento de experiências, embora seja umprocesso desconfortável (ser vulnerável, demonstrar vulnerabilidade), pode levar a reflexões e ressignificações, promovendo uma possível mudança no ambiente de trabalho. Assim, a reflexão coletiva torna-se uma alternativa para o desenvolvimento de resistência, opondo-se ao silêncio e ao desconforto. O estudo conta a história de mulheres que ocupam cargos em um setor que inicialmente não as queria lá e que ainda as repele. Nossa contribuição reside na exploração da experiência de uma mulher nos estágios iniciais da carreira de auditoria, visando como as vulnerabilidades podem apoiar a compreensão da socialização de trabalhadores não-ideais, ou seja, aqueles que não se encaixam no molde e, por isso, vivenciam o inferno da auditoria
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- Data da defesa: 30.03.2023
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-
ABNT
CARMO, Liege Moraes do. An autoethnographic approach on auditing: a Brazilian investigation. 2023. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-25052023-192823/. Acesso em: 28 dez. 2025. -
APA
Carmo, L. M. do. (2023). An autoethnographic approach on auditing: a Brazilian investigation (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-25052023-192823/ -
NLM
Carmo LM do. An autoethnographic approach on auditing: a Brazilian investigation [Internet]. 2023 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-25052023-192823/ -
Vancouver
Carmo LM do. An autoethnographic approach on auditing: a Brazilian investigation [Internet]. 2023 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-25052023-192823/ - "It takes a village": value conflicts and fear at the beginning of an auditing career
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Informações sobre o DOI: 10.11606/T.12.2023.tde-25052023-192823 (Fonte: oaDOI API)
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